Ex-presidente Ellen Johnson Sirleaf vencedora do Prémio Ibrahim
Bissau,
15 Fev 18 (ANG) - A ex-presidente da Libéria Ellen Johnson Sirleaf foi recentemente
anunciada como a quinta vencedora do prémio Ibrahim para a Excelência na
Liderança Africana, que esteve vários anos sem ser atribuído.
Ellen
Johnson Sirleaf, presidente da Libéria durante dois mandatos, entre 2006 a
2017, foi distinguida pela liderança excecional e transformadora na recuperação
da Libéria após muitos anos de guerra civil.
O
presidente do Comité do Prémio, Salim Ahmed Salim, afirmou: "Ellen Johnson
Sirleaf tomou o comando da Libéria após o país ter sido completamente destruído
pela guerra civil e conduziu um processo de reconciliação concentrado na
construção da unidade nacional e de fortes instituições democráticas. Ao longo
de seus dois mandatos, ela trabalhou incansavelmente em nome do povo da
Libéria".
Mesmo
se foram cometidas algumas falhas nestes 12 anos, refere, o comité considera
que a antiga chefe de Estado "lançou as bases sobre as quais a Libéria
pode agora construir um futuro melhor".
Desde
2006, a Libéria é o único país a melhorar em todas as categorias e
subcategorias do Índice Ibrahim de Governança Africana, tendo subido dez
lugares na classificação geral do Índice, para 28.º lugar em 58 países.
Todos
os anos, são candidatos ao prémio ex-chefes de Estado ou de governo africanos
que cessaram funções nos três últimos anos civis (neste caso, entre 2014 e
2016) após terem sido democraticamente eleitos e cumprido o seu mandato de
acordo com a constituição do país.
O
objetivo do Prémio Ibrahim visa distinguir líderes que, durante o seu mandato,
ajudaram a desenvolver os seus países, fortalecendo a democracia e os direitos
humanos e estimulando o desenvolvimento sustentável.
O
prémio foi lançado em 2006, mas até agora só foi atribuído cinco vezes, duas
das quais a antigos chefes de Estado lusófonos: Joaquim Chissano, de
Moçambique, em 2007, e Pedro Pires, de Cabo Verde, em 2011.
Festus
Mogae, do Botsuana (2008), e Hifikepunye Pohamba, da Namíbia (2014), foram os
dois outros laureados, enquanto Nelson Mandela foi distinguido como vencedor
honorário inaugural, em 2007.
No júri
fazem parte Graça Machel, presidente da Fundação para o Desenvolvimento da
Comunidade (FDC), Aïcha Diallo, ex-ministra da Educação da Guiné, Martti
Ahttisaari, ex-presidente da Finlândia, Mohamed ElBaradei, antigo diretor-geral
da Agência Internacional de Energia Atómica, a ex-presidente da Irlanda Mary
Robinson, Festus Mogae e Horst Köhler, ex-presidente da Alemanha.
Criado
pela Fundação Mo Ibrahim, financiada pelo empresário sudanês com o mesmo nome,
o prémio pretende oferecer segurança monetária a dirigentes africanos que
abandonem o poder.
O valor
do prémio, no valor total de cinco milhões de dólares norte-americanos (quatro
milhões de euros no câmbio atual), é distribuído durante dez anos, período após
o qual os vencedores passam a receber 200 mil dólares (163 mil euros) por ano. ANG/DN
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