Funcionários de Guichet Único exigem do governo pagamento
dos subsídios em atraso
Bissau, 8 Out 18
(ANG) – Os funcionários do Guichet Único de exportação de castanha de caju
iniciaram hoje uma greve com duração de 22 dias reivindicando o pagamento dos
subsídios de três meses.
Numa entrevista
exclusiva à ANG, o Porta−voz da Comissão de Greve, Braima Buaro disse que a paralisação
iniciada hoje vai seguir até ao dia 30 do corrente mês, se o governo não
atender as suas exigências de pagamento dos três meses de subsídios no valor de 73 milhões
de fcfa.
"Este gabinete
recolhe mais de 20 bilhões de fcfa durante a campanha de exportação da castanha
de cajú e como é possível que os nossos subsídios não estão a ser pagos”,
questionou Mamadu Buaro.
Buaro ainda apontou o
risco de as castanhas se estragarem devido a humidade nos contentores durantes
os dias da greve e as consequências que o país pode sofrer.
Informou que ainda se
encontram dezenas de contentores de castanha a espera de serem exportadas mas que,
com a greve, tudo fica parado até que a situação fosse resolvida.
Segundo Buaro,
trata-se da quarta onde de paralisação daqueles serviços sem que haja por parte
do governo uma manifestação do interesse de as partes iniciarem negociações com
vista ao encontro de uma solução.
"Estamos abertos
a uma negociação séria e não com antiga proposta do governo que se comprometeu a
pagar só 20 milhões de francos CFA numa dívida global de 73 milhões. Essa
proposta foi rejeitada porque nem sequer atingiu cinquenta por cento"
afirmou o Porta−voz da Comissão de Guichet Única de exportação.
O caju é o principal produto de exportação
nacional e a campanha deste ano, segundo o FMI, teve impacto negativo no
crescimento económico, impossibilitando o alcance dos 6 por cento de crescimento
económico previsto no ano passado. A
economia guineense cresceu apenas 4 por cento este ano, em consequência da má
campanha de comercialização do caju.
ANG/CP/ÂC//SG
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