sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Moçambique


Renamo suspende negociações de paz
Bissau, 26 out 18 (ANG) – A Renamo suspendeu as negociações de paz com o governo e apela ao Presidente para que seja reposta a verdade eleitoral, contestando a vitória da Frelimo em 44 dos 53 municípios de Moçambique, o que o partido considera uma "autêntica farsa".
Tribunais distritais indeferiram o recurso interposto pela Renamo, contestando os resultados provisórios das eleições autárquicas de 10 de Outubro, que atribuiam a vitória da Frelimo nos municípios de Monapo na província de Nampula, Alto Molocué na Zambézia, Marromeu em Sofala, Moatize em Tete e na cidade da Matola em Maputo.
A Comissão Nacional de Eleiçoes anunciou  quarta-feira  os resultados definitivos deste escrutínio, que confirmam os dados apurados pelas comissões distritais e atribuem vitória da Frelimo em 44 dos 53 conselhos autárquicos, incluindo nos 5 contestados pela Renamo, o maior partido da oposição que conquistou 8 municípiosenquanto o MDM mantém o da Beira.
A partir da serra da Gorongosa o Coordenador  da Comissão Política da Renamo, Ossufo Momade, exige uma comissão de inquérito independente para averiguar o processo eleitoral nesses 5 municípios e apela à intervenção do Presidente Filipe Nyusi, para repôr a verdade eleitoral.
"Convidar o Presidente, mais uma vez, o chefe de Estado na sua qualidade de mais alto magistrado da Nação, para urgentemente pôr termo ao problema que afecta o nosso país, sob pena de caírmos no retrocesso das presentes negociações de paz, que estão a decorrer num ambiente de tréguas e entendimentos, que nos levará a uma paz efectiva", referiu.
Ossufo Momade reclama a reposição da justiça eleitoral :"exigimos uma comissão de inquérito independente, que irá trazer a verdade eleitoral nos municípios de Monapo, Alto Molocué, Marromeu, Moatize e na cidade da Matola".
Também na quarta-feira , o mandatário da Renamo André Magibire, afirmou à agência Lusa que "o partido vai interromper provisoriamente as negociações de paz, para gerir o conflito eleitoral".
Já o Presidente do Movimento Democrático de Moçambique - MDM - Daviz Simangoconsidera que o país não pode continuar a assistir fraudes eleitorais, organizadas pelos órgãos eleitorais a favor do partido no poder que, indiferente às criticas festeja a vitória anunciada nas eleições autárquicas de 10 de Outubro.
A 6 de Outubro o Presidente Filipe Nyusi anunciou o início do processo de Desmobilização, Desmilitarização e Reintegração do braço armado da Renamono âmbito das negociações em curso, cujo cronograma prevê que tudo esteja concluído até Março de 2019 e que as eleições gerais agendadas para 15 de Outubro decorram sem partidos armados.
ANG/RFI


1 comentário:

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