sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Pecuária


“Sector pecuário contribui com pouco mais de 20 por cento ao PIB”, diz Bernardo Cassamá

Bissau, 26 Oct 18 (ANG) – O Director Geral da Pecuária afirmou hoje que este sector contribui com 20 por cento ao Produto Interno Bruto(PIB) do país que correspondem a  pouco mais de 210 mil milhões de francos CFA por ano.
Imagem Ilustrativo

Em entrevista exclusiva à ANG, Bernardo Cassamá afirmou que dantes, a contribuição de recursos animais ao Produto Interno Bruto (PIB), era de 17 por cento, mas com o último recenseamento feito pelos técnicos em 2009/10 chegou-se  a conclusão que a contribuição dos recursos animais subiram para 20 por cento do PIB ,ronda  210 bilhões de FCFA.

Cassamá sublinhou que o sector da pecuária precisa de incrementar mais parcerias para acompanhar as novas regras tecnológicas, de forma a poder se relançar para os níveis de  outros países.

Sustentou  que  a estratégia de desenvolvimento de qualquer país é delineada através de parcerias mundiais.

“Anteriormente, a agricultura era a prioridade dos nossos parceiros, porque investiram muito dinheiro no sector e que lhe permitia funcionar condignamente. Mas, infelizmente, o paradigma se inverteu, porque a política dos parceiros hoje está virada à outras áreas de desenvolvimento”, disse o Director Geral da Pecuária.

Acrescentou que apesar de as dificuldades que o sector enfrenta, o governo continuou a dar o seu máximo para criar parcerias que garantam operacionalidade à Direcção Geral da Pecuária.

“Como exemplo, neste momento um grupo de profissionais brasileiros se encontram no país, para estabelecer contactos com o governo através do Ministro da Agricultura, com o intuito de apoiar as actividades de criação de raças locais, entre os quais as vacas, cabras entre outras, para dar mais performances à estes animais”, declarou 

De acordo com Bernardo Cassamá, a Direcção Geral da Pecuária tem funcionado nos últimos tempos com apoios de alguns parceiros como, a União Monetária Oeste Africana (UEMOA), ONGs que trabalham ligado ao sector, Projecto de Saúde Única, e a Rede de Vigilância Etimológica de Doenças na África Ocidental (REDISSE).

“Á REDISSE é uma rede que agora presta grande apoio a pecuária, nomeadamente, na reabilitação da sua sede central e das regiões e vai ainda conceder bolsas de formação para Portugal, à 16 jovens no domínio da veterinária”, revelou Bernardo Cassamá.    
      
Acrescentou  que o problema que está a afectar o sector da pecuária é idêntica ao de  outros sectores do país . Condierou  que os sucessivos governos que passaram no país, não têm cabeça fria para resolvê-los, porque nos últimos anos a política tem dominado a atenção de todos.

Questionado sobre a contribuição da pecuária para o crescimento da economia do país, o Director Geral da Veterinária destacou que, a contribuição para a economia nacional é muito vasto, porque se trata de recursos animais.

E no que diz respeito a não produção local de rações alimentícios como anteriormente, o Director da Veterinária disse que tem a ver com a política de privatização daquele centro de produção.

“O governo herdou dos colonialistas alguns centros de produção alimentícios para animais, e depois da independência criou-se mais centros como ENAVID que mais tarde mudou-se para SUINAVE, cujo objectivo era produção de ovos, frangos, rações de porcos para dar acesso fácil à população em termos de carne ao preço acessível no mercado”, referiu Cassama.

Contou  que, com a imposição de Banco Mundial nas décadas de 80, para tirar o Estado na esfera da produção deste produto alimentício, os respectivos centros foram privatizados, e a Direcção da Pecuária passou a ocupar-se simplesmente da parte técnica para apoiar os criadores e proprietários dos centros avícolas assim como qualquer pessoa que pretende investir no sector, produzindo regulamentos e leis  para enquadram os investidores. 

ANG/LLA/ÂC//SG
     

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