“Cinco por cento de jovens na região africana sofre de perturbações
mentais”, diz a
OMS
Bissau, 09 Out 18
(ANG) – A Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que cinco por cento de
jovens com idade compreendida entre 15 e 29 anos sofrem de uma perturbação
mental.
A revelação foi feita
em comunicado à imprensa hoje divulgada no quadro das celebrações, amanhã, 10
de Outubro, do dia Mundial da Saúde Mental, que este ano decorre sob o lema: “
Os Jovens e a Saúde mental no mundo em Mudança”.
Segundo o comunicado,
10 a 20 por cento das crianças e
adolescentes no mundo sofrem de perturbações mentais.
O suicídio foi indicado como a principal causa
da morte entre jovens de 15 a 29 anos e a depressão é a terceira.
Em relação a
Guiné-Bissau, o comunicado refere que a saúde mental constitui um dos problemas
de saúde pública, embora num patamar inferior em relação as outras doenças
comuns, mas que isso não impede que se tenha em atenção o fenómeno.
De acordo com documento,
o Centro Mental de Bissau se depara com muitas dificuldades de ordem material e
equipamentos para dar uma resposta
eficaz à questões mentais.
“A OMS e outros
parceiros têm apoiado a colmatar algumas carências mas é necessário maior
envolvimento do governo e de outros sectores para a criação de condições de
tratamento ideais aos doentes”, refere.
De um modo global, a OMS reconhece o progresso alcançado pelos países africanos,
mas considera que é preciso fazer mais
para construir uma resiliência mental desde os primeiros anos, ajudando assim a
se prevenir o sofrimento mental, e permitir a recuperação dos adolescentes e
jovens doentes.
Refere-se no
comunicado que metade de todas as doenças mentais começa aos
14 anos de idade, mas que a maioria dos casos não é detetada e tratada, e
provoca danos mentais ao longo prazo.
No documento OMS chama
a atenção de que no mundo em mudança, a
expansão das tecnologias on-line traz, sem dúvidas, muitos benefícios, mas que também
pode exercer uma pressão adicional quando as pessoas sentem necessidade de
estar constantemente conectadas.
“As crianças e os
adolescentes em contexto humanitários são particularmente vulneráveis ao sofrimento
e à doença mental. O consumo de bebidas alcoólicas e das drogas de forma ilícitas
nos adolescentes contribui para comportamentos de riscos, tais como a
violência, sexo inseguro e a condução perigosa,” refere o comunicado.
O documento indica
que as adolescentes e as crianças com perturbações mentais se deparam
geralmente com estigma e acesso limitado à cuidados de saúde e educação, em violação dos seus direitos
humanos.
A OMS disse ter desenvolvido
ferramentas de apoio os países, os prestadores de cuidados e professores na
construção de competências de vida nas crianças e adolescentes, que os ajudem a
lidar com desafios do quotidiano.
Por isso, recomenda o
aperfeiçoamento contínuo dos profissionais de saúde primária, detecção e gestão
dos problemas comuns de saúde mental em contextos comunitários.
ANG/JD/LPG//SG
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