ADI em
dificuldades para formar governo
Bissau, 26 out 18 (ANG) - O partido no poder ADI,
iniciou quinta-feira o ciclo de
contactos com representantes do corpo diplomático, forças políticas, sociedade
civil e igrejas, na perspectiva da formação do próximo governo.
A Aliança Democrática Independente - ADI - venceu as eleições legislativas
de 7 de Outubro com maioria simples de 25 dos 55 deputados, seguida
pelo MLSTP-PSD com 23, a
coligação PCD-MDFM-UDD obteve 5 deputados
e o Movimento de Cidadãos
Independentes 2.
Segundo o porta-voz
da ADI, Abnildo de Oliveira, o seu partido pretende formar o novo executivo
como força politica vencedora das últimas eleições e na base de consensos .
"Manifestamos
junto das Nações Unidas a nossa abertura
em poder dialogar com outras forças políticas, no sentido de
encontrarmos entendimento, para que haja essa estabilidade dos dois lados",disse.
Por outro lado, a oposição, constituída por MLSTP-PSD e a coligação PCD-MDFM-PCD,
continua a reivindicar o direito de governar o país, por dispor da
sustentabilidade parlamentar de 28 deputados,na base de um acordo de incidência
parlamentar concluído entre ambas as forças políticas.
Em conferência de imprensa na quarta-feira (24/10), Jorge Bom Jesus, líder do MLSTP-PSD,
afirmou: "a
oposição está em condições de governar este país, é alternativa credível e vai
poder garantir sustentabilidade e
solução para este país".
A oposição solicitou ao chefe de Estado, Evaristo Carvalho uma audiência com carácter de urgência,
para lhe pedir que acelere os expedientes com vista à formação do próximo
governo, de forma a se ultrapassar o actual impasse.
Enquanto Carlos
Neves líder da coligação PCD-MDFM-UDD defendeu que o Presidente
deveria "desfazer-se do imobilismo e demitir o primeiro-ministro Patrice Trovoada, que acusa de "em
fase pós eleitoral e à luz de uma evidente derrota, ter mandato para no
estrangeiro falar, acordar e assinar em nome do povo são-tomense".
A cerimónia de tomada de posse dos 55 deputados
eleitos está agendada para 22 de
Novembro, enquanto o primeiro ministro cessante Patrice Trovoada, que deixou o país
ainda durante a contagem dos votos, continua em Portugal.ANG/RFI
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