quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Moçambique/Autárquicas


                    Mais de 3,9 milhões de eleitores vão hoje ás urnas
Bissau, 10 out 18 (ANG) -  Um total de 3.910.712 eleitores votam hoje os presidentes dos 53 conselhos autárquicos de Moçambique e respectivos membros das assembleias municipais, para as quintas eleições autárquicas na história do país.
O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) instalou 5.459 assembleias municipais e recrutou 38.213 membros de mesas de voto para o escrutínio.
Estão credenciados cinco mil observadores nacionais e 250 estrangeiros e mil jornalistas nacionais e estrangeiros.
Um total de 21 partidos, coligações ou grupo de cidadãos constam dos boletins de voto, embora apenas os três partidos com assento parlamentar (Frelimo, Renamo e MDM) concorram em todos os municípios.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) anunciaram que, pela primeira vez, em todos os postos de votação com três ou mais mesas, haverá um computador para os eleitores consultarem o seu local de voto.
“A medida vai ajudar bastante quem tenha perdido o cartão de eleitor e precise de se certificar da sua mesa”, substituindo o método mais lento de consulta física de cadernos “que revelou problemas nas eleições anteriores”, nota o boletim do Centro de Integridade Pública (CIP), uma organização da sociedade civil moçambicana.
Outra novidade consiste num serviço de consulta do local de voto através de mensagem por telemóvel (SMS), lançado na sexta-feira, em fase piloto, em Maputo e Matola (capital e arredores).
Nas eleições municipais de 2013, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), que governa o país desde a independência, em 1975, conquistou 49 dos 53 municípios e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) venceu em quatro, nas capitais provinciais de Beira, Nampula e Quelimane e na autarquia de Gurué.
Na altura, o principal partido da oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) não concorreu às eleições, em discordância com a lei eleitoral e os órgãos eleitorais que essa legislação criou.
Desta vez, a Renamo participa na votação, depois de já ter participado e vencido a eleição intercalar de Nampula, principal cidade do norte do país, no início do ano.
O escrutínio será o quinto do género na história do país, desde a introdução gradual da municipalização em Moçambique, em 1998.
No pleito vão votar apenas eleitores residentes em todas as cidades do país e nas vilas com estatuto de autarquia, dado que nem em todo o território nacional há municípios. ANG/Inforpress/Lusa


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