Portugal defende reforço de cooperação entre
lusófonos
Bissau, 15 out 18 (ANG) – O governador do Banco de Portugal,
Carlos Costa, defendeu hoje em Díli o reforço do diálogo e da cooperação entre
os bancos centrais lusófonos, ajudando assim a responder melhor a flutuações e
tensões internacionais.
“Quando os instrumentos de cooperação se enfraquecem, com o
conflito se tende a sobrepor aos interesses comuns, é preciso que alguém assuma
a bandeira da cooperação, da coordenação”, disse Carlos Costa, em Díli.
“É desejável que ao nível da nossa pequena comunidade, cuidemos
de manter as pontes que já instalamos, mas sobretudo as reforcemos no sentido
prático”, sublinhou.
Isso, disse num encontro de bancos centrais dos países de língua
portuguesa, ajudará a evitar que “os desenvolvimentos internacionais
prejudiquem o funcionamento das economias, a sua integração internacional”,
frisou.
Carlos Costa falava na abertura do 28º Encontro de Lisboa entre
os Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa, que decorre hoje na capital
timorense, Díli.
O encontro de Lisboa decorre pela primeira vez fora da capital
portuguesa, aproveitando a presença na vizinha ilha indonésia de Bali dos
responsáveis lusófonos que estiveram nas reuniões anuais do FMI e do Banco
Mundial.
Na sua intervenção Carlos Costa referiu-se à importância da
acção externa das instituições financeiras e, em particular à necessidade de
respeitar, cumprir e fazer cumprir as regras internacionais para o combate ao
branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo.
Nesse âmbito, recordou, os brancos centrais lusófonos adoptaram
já um conjunto de princípios de cooperação que são idênticos aos adoptados como
‘benchmark’ pelo Banco Central Europeu (BCE).
Respeitar estes princípios é essencial, disse, para que os
países não corram o risco de ficar isolados da comunidade internacional numa
matéria tão essencial como o fluxo financeiro, especialmente como contrapartida
ao comércio.
Aspectos como a segurança informação e dos sistemas de
informação são algumas das questões que devem igualmente merecer atenção,
disse.
Carlos Costa relembrou que o Banco de Portugal continua
empenhado em colaborar com os seus congéneres lusófonos tendo este ano agendado
mais de 130 acções de cooperação técnica com 28 técnicos do BP e mais de 400 de
outros bancos centrais.
O encontro de Díli conta com a presença de governadores ou seus
representantes de praticamente todos os bancos centrais lusófonos.
ANG/Inforpress/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário