quarta-feira, 3 de outubro de 2018

França


Demissão do Ministro  do Interior e crise governamental
Bissau, 03 out 18 (ANG) - A França de Emmanuel Macron, está a atravessar uma autêntica crise política, com mais um ministro a demitir-se, e desta vez, um peso pesado, Gérard Collomb, ministro de Estado do Interior.
O ministro Collomb, apresentou terça-feira a sua demissão ao Presidente Macron, que a recusou pedindo-lhe para se manter no governo. Mas hoje o ministro do Interior, reafirmou o seu pedido de demissão, pondo o presidente Macron, numa situação complicada.
Aliás, o Presidente Macron, reagiu, desta vez, de modo azedo, dizendo "ser lamentável que Gérard Collomb se tenha posto na situação de ter de demitir-se" pelo que dava ordens ao Primeiro-ministro, para o substituir, rapidamente, no ministério do Interior.
Gérard Collomb, já havia anunciado há um mês, que se demitiria após as eleições europeias e que ia dedicar-se à preparação da sua candidatura à câmara municipal de Lyon.
Na altura, Collomb, fez o anúncio à imprensa, sem  informar antecipadamente o chefe do Estado, que uma vez mais, com esta demissão, foi apanhado de surpresa, assim como tinha acontecido, com a demissão do ministro de Estado da Ecologia, Houlot.
Em menos de 2 anos de mandato, o presidente Macron, já perdeu 7 ministros e geriu mal o caso Benalla, seu guarda costas, acusado de agressão contra manifestantes e abuso de porte de armas.
Com a demissão do Ministro do Interior, é todo o governo e a autoridade de Macron, que são postos em causa, porque, Gérard Collomb, era tido como o mentor e o braço direito do candidato presidencial, Macron.
Ultimamente, Collomb vem criticando o presidente Macron, dizendo que afinal ele é imaturo, sem experiência política e que não está a cumprir a sua agenda política de campanha prometida aos franceses.
Na oposição, o presidente Macron é duramente criticado, nomeadamente, de amadorismo, pois, o seu governo perdeu o norte.
A crítica mais severa é da presidente da União Nacional, Marine Le Pen, sua adversária na segunda volta das presidenciais, que na sua conta Twitter, denuncia este "circo" e pergunta quando é que esta "comédia" vai acabar. ANG/RFI


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