FMI diz que fraca campanha de caju tem impacto negativo na
poupança nacional
Bissau, 02 Out 18
(ANG) – O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou hoje
que a quebra na comercialização da castanha de caju deste ano, pode ter um
impacto negativo na economia nacional cujo crescimento ficou a quem dos níveis
dos anos anteriores.
Tobias Rasmusser |
Tobias Rasmusser
proferiu estas declarações à saída de um encontro com o Presidente da
Assembleia Nacional Popular,
a quem fez o balanço de duas semanas de trabalho da delegação do FMI que
manteve encontros com representantes do governo e do sector privado guineenses.
“Constatamos que a fraca campanha da
comercialização da castanha de caju teve um impacto negativo na economia
guineense cujo crescimento ficou a quem dos níveis que marcaram anos anteriores
“,disse.
O chefe da missão do
FMI informou ainda que em termos das finanças públicas ouve também uma quebra
nas receitas e como consequência uma pressão sobre o défice orçamental,
salientando que trocaram impressões com as autoridades guineenses sobre as
medidas que devem ser tomadas para ir contra essa pressão, bem como reforçar as
receitas públicas.
Segundo Tobias Rasmusser tais medidas incluemm, por
exemplo, o reforço dos mecanismos de cobrança coerciva de impostos atrasados das
empresas ao tesouro, frisando que, se estas medidas foram implementadas poderão
ajudar a reduzir a pressão sobre o défice orçamental.
“Continuaremos a
trabalhar com o Governo para a implementação destas medidas, e também na preparação
do Orçamento para 2019. Já se preparou
um diploma em matéria fiscal a ser
submetido a Assembleia Nacional Popular. Uma vez aprovado reforça a administração fiscal e
consequentemente a cobrança das receitas”, assegurou.
Questionado sobre os
números da baixa da economia em consequência da fraca comercialização de caju deste ano, o
chefe de missão do FMI, frisou que ao abrigo do programa, havia para o primeiro
trimestre de 2018 uma meta de arrecadação de receita fiscal que ficou dez por cento abaixo da meta estabelecida.
Falando do aumento de
salário na função pública prevista para mês de Setembro disse que devia ser inscrito
no Orçamento para 2019.
Disse que este aumento traduz, de alguma forma, o
aumento de custos razão pela qual diz que há que
ver como tratar este aumento de custos, e contrabalançado em sede do projecto
de orçamento para o próximo ano que ainda não está em avaliação. ANG/MSC/ÂC//SG
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