NATO/ China apontada como potencial ameaça para área euro-atlântica
O relatório, que
delineia os principais objectivos do sistema de defesa colectivo que une 30
Estados ocidentais ignora as repetidas promessas de Pequim de ascender
pacificamente a superpotência global.
No documento apela-se ao
“aumento da capacidade para antecipar e reagir às actividades chinesas que
minam a segurança dos aliados”.
A organização, que
aponta que uma “coexistência pacífica” com Moscovo “está aberta para
discussão”, revela-se mais assertiva quanto à China, apontando a “vontade” de
Pequim de “usar a força” contra os países vizinhos e a “rapidez da modernização
militar” em curso no país.
A NATO, que integra
Portugal, apela assim a uma parceria com a Índia, principal rival da China no
sul da Ásia.
“A longo prazo, é cada
vez mais provável que a China projecte poder militar globalmente, incluindo na
área euro-atlântica”, destaca-se no relatório.
“Se os aliados forem
ameaçados pela China, a NATO deve ser capaz de demonstrar a sua capacidade como
um actor eficaz para fornecer protecção”, aponta-se.
No relatório
acrescenta-se que a NATO “deve dedicar muito mais tempo, recursos políticos e
acções aos desafios de segurança colocados pela China” e “deve melhorar a sua
capacidade de coordenar estratégias e salvaguardar a segurança dos aliados face
à China”.
No documento, realizado
por dez especialistas escolhidos pelo secretário-geral da organização, Jens
Stoltenberg, refere-se a China não apenas como uma ameaça para os Estados
Unidos, mas também para os países europeus, que têm tentando manter-se neutros
face à crescente rivalidade entre as duas maiores economias do mundo.
Por outro lado,
aconselha-se a que se “aprofunde as consultas e cooperação” com a Austrália,
Japão, Nova Zelândia e Coreia do Sul.
“A China deve ser
considerada em futuras negociações sobre o controlo de armamento, especialmente
no contexto de armas nucleares e mísseis balísticos”, salienta-se.
“Embora a China não represente uma ameaça militar imediata para a área euro-atlântica na escala da Rússia, [o país asiático] está a expandir o seu alcance militar no Atlântico, Mediterrâneo e Árctico, a aprofundar os laços de defesa com a Rússia e a desenvolver mísseis e aeronaves de longo alcance, porta-aviões e submarinos de ataque nuclear com alcance global, extensas capacidades baseadas no espaço e um arsenal nuclear maior”, enumera-se.ANG/Inforpress/Lusa
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