Mali/Rússia promete ajuda ao Sahel no combate ao terrorismo
Bissau, 08 Fev 23 (ANG) - O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, prometeu terça-feira, durante uma visita ao Mali, que vai ajudar os países do Sahel e do Golfo da Guiné a combater o terrorismo nesta região africana.
"A luta contra o
terrorismo é, evidentemente, premente para outros países da região, e vamos
dar-lhes a nossa ajuda para ultrapassar estas dificuldades, isto diz respeito à
Guiné, ao Burkina Faso e ao Chade e, em geral, à região do Sahel, e mesmo aos
países vizinhos do Golfo da Guiné", disse o chefe da diplomacia russa.
Falando numa conferência
de imprensa no Mali ao lado do seu homólogo, Abdoulaye Diop, o ministro russo
descreveu a visita como "histórica", usando a mesma palavra do
anfitrião maliano, de acordo com o relato da agência France-Presse.
A visita de Lavrov ao
país, que é assolado pela violência do extremismo islâmico e por uma profunda
crise multidimensional, é o culminar de uma aproximação aos coronéis malianos
desde 2021, quando romperam a sua aliança militar com a França e os seus
parceiros.
Lavrov prometeu ao Mali
a continuação do apoio militar sob a forma de entregas de armas e o envio de
centenas de homens, descritos por várias fontes como instrutores do exército
russo ou mercenários da empresa Wagner, um grupo de segurança privado cujas
acções têm sido criticadas.
Na visita ao Mali, a
segunda a África desde o princípio do ano, Lavrov também prometeu um maior
envolvimento russo no continente que, afirmou, enfrenta "abordagens
neo-coloniais" por parte dos países do Ocidente.
"Apoiaremos a
resolução de problemas no continente africano, assumimos constantemente que os
problemas africanos devem ser resolvidos com soluções africanas",
salientou na conferência de imprensa, na qual Diop respondeu também às críticas
sobre a relação entre os dois países.
"Nós não vamos continuar a justificar-nos pela escolha dos nossos parceiros... A Rússia está aqui a pedido do Mali e a Rússia responde de forma eficaz aos pedidos do Mali" de reforço da capacitação de defesa, concluiu Diop.
ANG/Angop
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