quarta-feira, 30 de agosto de 2023


Etiópia
/Suzi Barbosa candidata à presidência da comissão da União Africana

Bissau, 30 Ago 23 (ANG) – Suzi Carla Barbosa, antiga ministra dos negócios estrangeiros da Guiné-Bissau e membro do MADEM-G15, atualmente na oposição, é candidata à sucessão de Moussa Faki Mahamat na liderança da comissão da União Africana.

Ainda falta quase um ano e meio para o fim do mandato do chadiano Moussa Faki Mohamat como presidente da Comissão da União Africana, mas a corrida à sua sucessão já começou.

Um primeiro nome começou já a circular: o de Suzi Barbosa, atual conselheira do chefe de Estado da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló.

Antiga deputada do PAIGC, ela veio a ficar suspensa pelo partido histórico em Fevereiro de 2020, tendo acabado por aderir ao MADEM-G15.

De realçar que esta dirigente, atualmente com 50 anos, tinha, entretanto, sido nomeada ministra dos negócios estrangeiros em 2019 pelo atual chefe de Estado.

Esta licenciada em relações internacionais pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa acabou por entrar para o Gabinete do Presidente da Guiné-Bissau após a tomada de posse do atual governo em Agosto de 2023.

Suzi Barbosa espera ser a segunda mulher a ocupar este estatuto depois da sul-africana Nkosazana Dlamini-Zuma.

Um longo percurso espera agora Barbosa que afirma ter o apoio de várias nações membros desta instância panafricana. Para Suzi  seria um passo a mais para a Guiné Bissau no plano internacional, depois da presidência da CEDEAO entre julho 2022 e julho 2023.

“Eu penso que para quem tem acompanhado um pouco o que é a política externa da Guiné-Bissau vê que é uma candidatura que tem tudo a ver. A Guiné-Bissau é um pequeno país que durante muitos anos não se ouviu falar na esfera internacional e nos últimos anos sobretudo durante a nossa presidência da CEDEAO, que foi inédita. Foi a primeira vez que um país lusófono presidiu e sobretudo com a projeção que teve o presidente da República.

Eu penso que temos que ambicionar mais e temos que mostrar que realmente, nós, países lusófonos temos condições também de presidir as grandes organizações e eu acho que no meu caso há uma grande vantagem: o facto de ser mulher. Até à data só tivemos uma presidente da União africana mulher Nkosazana Zuma. Acho que é mais que tempo de demonstrar que, nós, as mulheres estamos à altura de ocupar também cargos importantes em África, uma vez que representamos a maioria da população africana.

A verdade é que eu penso que esta candidatura está a ter muitos apoios, pelo menos a nível da nossa sub-região talvez pela atividade intensa que nós tivemos na diplomacia nos últimos anos”, disse a candidata. ANG/RFI

 

Sem comentários:

Enviar um comentário