EUA/Ex-Presidente Donald Trump diz que se entrega às autoridades quinta-feira
Bissau, 22 Ago 23(ANG) – O ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump (2017-2021) afirmou que se vai entregar na quinta-feira às autoridades do estado da Georgia, onde é acusado de reverter os resultados das eleições de 2020.
Trump escreveu na sua rede social, Truth Social, que a sua “viagem” na quinta-f
eira à cidade de Atlanta não será por ter cometido qualquer homicídio, mas por ter “feito uma chamada perfeita”.
O
ex-Presidente referia-se a um dos principais trunfos da acusação: a gravação em
que Trump pede ao secretário de Estado da Georgia, Brad Raffensperger, para “encontrar”
votos suficientes para vencer no estado.
Na
publicação, Trump voltou a acusar a procuradora responsável pelo caso, Fani
Willis, de estar a liderar uma caça às bruxas.
Hoje
ficou a saber-se também que a fiança de Donald Trump foi fixada em 200.000
dólares no processo que decorre na Georgia.
O
acordo de fiança, apresentado num documento assinado pela procuradora distrital
do condado de Fulton, Fani Willis, e pelos advogados de defesa de Trump, proíbe
Trump de intimidar outros réus, testemunhas ou vítimas envolvidas no caso,
inclusive nas redes sociais.
A
ordem refere que Trump não pode fazer qualquer “ameaça direta ou indireta de
qualquer natureza” contra testemunhas ou outros réus. E inclui explicitamente
“publicações nas redes sociais ou republicações de publicações feitas por um
outro indivíduo nas redes sociais”.
O
magnata republicano também está proibido de comunicar de qualquer forma sobre o
caso com qualquer co-réu ou testemunha, exceto através de advogados.
Willis
estabeleceu o prazo até ao meio-dia de sexta-feira (17:00 em Lisboa), para que
Trump e os restantes 18 arguidos se entreguem na prisão do condado de Fulton
para serem notificados.
A
procuradora distrital propôs que a leitura das acusações aos arguidos decorra
na semana de 05 de setembro e que o caso vá a julgamento em março.
Trump
é acusado de tentar provocar uma fraude nos resultados das eleições
presidenciais de 2020 no Estado da Geórgia, na sequência de investigações,
lideradas pela procuradora Fani Willis, que decorreram durante mais de dois
anos.
O
ex-presidente enfrenta 13 acusações, entre as quais a violação de uma lei de
anticorrupção, que, a ser confirmada, implica uma pena de prisão.
Entre
os acusados estão também o seu antigo advogado pessoal, Rudy Giuliani, bem como
o seu ex-chefe de gabinete, Mark Meadows.
Trump
já tinha recebido quatro acusações por tentar reverter o resultado das eleições
presidenciais de 2020, sendo que, neste processo, o procurador especial Jack
Smith propôs o início do julgamento para janeiro de 2024, poucos dias antes do
início das primárias republicanas.
Em
Nova Iorque, Donald Trump soma 34 acusações de falsificar documentos comerciais
num caso que envolveu a atriz pornográfica Stormy Daniels, com quem o
ex-Presidente teve um caso em 2006, sendo que é esperado em tribunal em 25 de
março.
Já na
Florida, o republicano contabiliza 40 acusações por roubo e retenção de
documentos confidenciais e deve comparecer em tribunal em 20 de maio, a alguns
meses das presidenciais de 2024. ANG/Inforpress/Lusa
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