Níger/ Chefes militares da CEDEAO debatem esta semana eventual intervenção no país
“A
reunião decorrerá, em princípio, entre 17 e 19 de agosto”, afirmou à agência de
notícias espanhola EFE uma fonte próxima da CEDEAO, que preferiu manter o
anonimato.
De
acordo com a mesma fonte, o encontro decorre na capital do Gana, Acra, depois
de os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO terem ordenado, na passada
quinta-feira, a “ativação” da “força de reserva” do bloco regional, apesar de
também terem assegurado que continuarão a apoiar o diálogo para resolver a
crise.
Esta
será a segunda reunião dos chefes de Estado-Maior dos países da CEDEAO, depois
da realizada no início de agosto em Abuja, a capital nigeriana e sede da
organização, onde começaram a elaborar um plano para um eventual uso da força
no Níger.
Até
agora, a junta militar que tomou o poder pela força em Niamey tem ignorado as
ameaças e, para além de nomear um novo primeiro-ministro, formar um governo de
transição, reforçar o seu aparelho militar e fechar o espaço aéreo, avisou que
o uso da força terá uma resposta “imediata” e “enérgica”.
A
eventual ação militar dividiu a região, onde os governos da Nigéria, do Benim,
da Costa do Marfim e do Senegal advertiram que o recurso à força será objeto de
uma resposta “imediata” e “enérgica”.
Uma
eventual ação militar dividiu a região, com os governos da Nigéria, do Benim,
da Costa do Marfim e do Senegal a confirmarem claramente a disponibilidade dos
seus exércitos para intervir em território do Níger.
No
outro extremo, o Mali e o Burkina Faso opõem-se ao recurso à força, enquanto a
Guiné-Conacri, a Argélia, o Chade e Cabo Verde manifestaram igualmente a sua
rejeição e preferência pelo diálogo.
O
golpe de Estado no Níger foi conduzido a 26 de julho pelo autodenominado
Conseil National de Sauvegarde de la Patrie (CNSP), que anunciou a destituição
do Presidente Mohamed Bazoum e a suspensão da Constituição.
O
Níger tornou-se o quarto país da África Ocidental a ser liderado por uma junta
militar, depois do Mali, da Guiné-Conacri e do Burkina Faso, que também tiveram
golpes de Estado entre 2020 e 2022. ANG/Inforpress/Lusa
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