Pescas/”Navio da empresa Bissau
Pescas Serviços assaltado por homens armados nas águas territoriais da
Guiné-Bissau”, denúncia o gerente da empresa Henrique
Silva
Bissau,29
ago 23(ANG) – O gerente da empresa “Bissau Pescas e Serviços”, denunciou que um
dos navios de pesca da sua empresa denominado “Bacalam”, foi assaltado nas
águas teritoriais do país, por um grupo de homens armados e que reivindicam 15
milhões de francos CFA para a soltura da embarcação.
“Convocamos
os jornalistas para dar a conhecer a opinião pública nacional e internacional
de que na segunda-feira, por volta das 14 horas, fui contactado pelo capitão do
referido navio de que uma embarcação militar está a aproximar-se deles”, disse
Henrique Silva, em conferência de imprensa.
O
gerente da empresa Bissau Pescas e Serviços disse que instruiu ao capitão do
barco para acatar as ordens.
“O navio
foi abordado na Zona Económica Exclusiva da Guiné-Bissau, segundo as
confirmações do Fiscap através do aparelho VMS, que controla as atividades de pescas
no alto mar”, salientou.
Henrique
Silva informou que, os alegados piratas conduziram o navio para fora da Zona
Económica Exclusiva da Guiné-Bissau, numa distância de uma milha dentro das
águas territoriais da Guiné-Conacri, onde estacionaram pedindo dinheiro ao
capitão.
“O
capitão contactou-me de novo sobre o assunto e eu disse-lhe que se tiver
dinheiro para lhes entregar e respondeu-me que só tinha seis milhões dos 15
pedidos pelos homens armados, como contrapartida para libertar o navio”,
explicou.
Silva
acrescenta que , nas negociações com o grupo armado, o capitão sugeriu que
levasse o pescado em troca da parte do dinheiro restante, os piratas aceitaram e aceitaram e contactaram outro navio para ir buscar o
pescado.
“O
navio, ao chegar ao local constatou que
o processo de transferência do pescado iria levar muito tempo, os piratas recusaram a proposta e foram-se embora”,
afirmou.
Henrique
Silva diz ainda que os piratas voltaram a exigir o pagamento dos restantes 9 milhões de francos CFA, como
contrapartida para soltar o barco da empresa Bissau Pescas e Serviços.
Aquele
responsável informou que o navio está sob a custódia dos referidos homens
armados desde as 14 horas de segunda-feira até hoje, frisando que já
contactaram as autoridades da Guiné-Conacri e estes disseram que ainda não
estão na posse de informações sobre o caso.
“A
única saída para a situação, a empresa tem que pagar os restantes 9 milhões de
francos CFA para permitir a libertação da sua embarcação. As diligência estão
sendo feitas para o efeito”, disse.
Para
Henrique Mendes está-se perante uma violação flagrante da soberania da
Guiné-Bissau, visto que um navio não
pode entrar com homens armados nas águas territoriais da Guiné-Bissau, para
prender uma embarcação licenciada com a bandeira nacional e levá-la para outro
lado.
“Já
mandamos uma carta ao Ministério das Pescas e com conhecimento do Primeiro-ministro
para encetarem diligências no sentido de pôr cobro a situação que poderá vir a
ser práticas reiteradas”, afirmou Henrique Mendes. ANG/ÂC//SG
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