terça-feira, 29 de agosto de 2023


Pescas
/”Navio da empresa Bissau Pescas Serviços assaltado por homens armados nas águas territoriais da Guiné-Bissau”, denúncia o gerente da empresa Henrique Silva

Bissau,29 ago 23(ANG) – O gerente da empresa “Bissau Pescas e Serviços”, denunciou que um dos navios de pesca da sua empresa denominado “Bacalam”, foi assaltado nas águas teritoriais do país, por um grupo de homens armados e que reivindicam 15 milhões de francos CFA para a soltura da embarcação.

“Convocamos os jornalistas para dar a conhecer a opinião pública nacional e internacional de que na segunda-feira, por volta das 14 horas, fui contactado pelo capitão do referido navio de que uma embarcação militar está a aproximar-se deles”, disse Henrique Silva, em conferência de imprensa.

O gerente da empresa Bissau Pescas e Serviços disse que instruiu ao capitão do barco para acatar as ordens.

“O navio foi abordado na Zona Económica Exclusiva da Guiné-Bissau, segundo as confirmações do Fiscap através do aparelho VMS, que controla as atividades de pescas no  alto mar”, salientou.

Henrique Silva informou que, os alegados piratas conduziram o navio para fora da Zona Económica Exclusiva da Guiné-Bissau, numa distância de uma milha dentro das águas territoriais da Guiné-Conacri, onde estacionaram pedindo dinheiro ao capitão.

“O capitão contactou-me de novo sobre o assunto e eu disse-lhe que se tiver dinheiro para lhes entregar e respondeu-me que só tinha seis milhões dos 15 pedidos pelos homens armados, como contrapartida para libertar o navio”, explicou.

Silva acrescenta que , nas negociações com o grupo armado, o capitão sugeriu que levasse o pescado em troca da parte do dinheiro restante,  os piratas aceitaram e aceitaram e  contactaram outro navio para ir buscar o pescado.

“O navio, ao chegar ao local constatou  que o processo de transferência do pescado iria  levar muito tempo, os piratas  recusaram a proposta e foram-se embora”, afirmou.

Henrique Silva diz ainda  que os  piratas voltaram a exigir o pagamento dos  restantes 9 milhões de francos CFA, como contrapartida para soltar o barco da empresa Bissau Pescas e Serviços.

Aquele responsável informou que o navio está sob a custódia dos referidos homens armados desde as 14 horas de segunda-feira até hoje, frisando que já contactaram as autoridades da Guiné-Conacri e estes disseram que ainda não estão na posse de informações sobre o caso.

“A única saída para a situação, a empresa tem que pagar os restantes 9 milhões de francos CFA para permitir a libertação da sua embarcação. As diligência estão sendo feitas para o efeito”, disse.

Para Henrique Mendes está-se perante uma  violação flagrante da soberania da Guiné-Bissau, visto que  um navio não pode entrar com homens armados nas águas territoriais da Guiné-Bissau, para prender uma embarcação licenciada com a bandeira nacional e levá-la para outro lado.

“Já mandamos uma carta ao Ministério das Pescas e com conhecimento do Primeiro-ministro para encetarem diligências no sentido de pôr cobro a situação que poderá vir a ser práticas reiteradas”, afirmou Henrique Mendes. ANG/ÂC//SG

 

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