Berlim/ Alemanha quer que UE sancione autores do golpe de Estado no Níger
Bissau,
18 Ago 23 (ANG) – A Alemanha quer que a União Europeia (UE) imponha “s
anções”
aos autores do golpe de Estado no Níger, anunciou hoje o Ministério dos
Negócios Estrangeiros alemão.
Nos
últimos dias, a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock,
manteve conversações com a sua homóloga francesa, Catherine Colonna, e com o
secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, entre outros, sobre a
questão do Níger, segundo o ministério.
Em
visita à Nigéria, a ministra da Cooperação para o Desenvolvimento alemã, Svenja
Schulze, manteve “conversações em Abuja para ver a melhor forma de apoiar os
esforços da CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental]”,
acrescenta.
“A
Alemanha apoia os esforços africanos para resolver a crise no Níger”,
acrescentou.
Os
chefes militares dos países da CEDEAO iniciaram hoje uma reunião de dois dias
em Acra, no Gana, para discutir uma eventual intervenção militar na sequência
do golpe de Estado no Níger.
A
reunião tem lugar após os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO terem
ordenado, há uma semana, a “ativação” da “força de reserva” do bloco regional,
embora também tenham garantido que continuariam a apoiar o diálogo para
resolver a crise.
Até
ao momento, a junta militar de Niamey ignorou as ameaças e, além de nomear um
novo primeiro-ministro, formar um governo de transição, reforçar o seu aparelho
militar e fechar o espaço aéreo, avisou que o uso da força será objeto de uma
resposta “instantânea” e “enérgica”.
Uma
eventual ação militar dividiu a região, com os governos da Nigéria, do Benim,
da Costa do Marfim e do Senegal a confirmarem claramente a disponibilidade dos
seus exércitos para intervir em território nigerino.
Em
contrapartida, o Mali e o Burkina Faso – países também liderados por juntas
militares – opõem-se ao uso da força, enquanto a Guiné-Conacri, a Argélia, o
Chade e Cabo Verde manifestaram igualmente a sua rejeição e preferência pelo
diálogo.
O
golpe de Estado no Níger foi conduzido em 26 de julho pelo autodenominado
Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria, que anunciou a destituição do
Presidente, Mohamed Bazoum, e a suspensão da Constituição.
ANG/Inforpress/Lusa
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