quarta-feira, 16 de agosto de 2023


        Seul
/Soldado dos EUA entra ilegalmente na Coreia do Norte

Bissau, 16 Ago 23 (ANG) - A Coreia do Norte afirmou esta quarta-feira que um soldado dos EUA entrou ilegalmente no país, em Julho, devido às desigualdades sociais e à discriminação racial no exército norte-americano.

 O Pentágono diz  não ter condições para verificar esta informação, reiterando que a prioridade é "trazer o soldado King para casa".

Travis King deveria ter regressado aos Estados Unidos depois de ter passado dois meses detido, após uma briga numa discoteca e um incidente com a polícia em Seul.

A 10 de julho, King saiu da prisão para ser conduzido sob escolta ao aeroporto, de onde deveria ter partido para uma audiência disciplinar nos Estados Unidos. Em vez disso, fugiu e juntou-se a um grupo de turistas que visitava a fronteira na zona desmilitarizada que separa as duas Coreias.

De acordo com a agência de notícias norte-coerana –KCNA- Travis King decidiu entrar ilegalmente no país, devido às desigualdades sociais e à discriminação racial no exército norte-americano.

O comando da força multinacional da ONU, que supervisiona o cumprimento do armistício entre as duas Coreias, afirmou que Travis King, alvo de um processo disciplinar por parte do exército dos EUA, atravessou a 18 de julho, "voluntariamente e sem autorização", a fronteira.

O Pentágono disse na terça-feira que não conseguiu, até ao momento, verificar a autenticidade da informação avançada pela agência norte-coreana, sublinhando que a prioridade é o regresso seguro do soldado norte-americano ao país.

"Continuamos focados [em garantir o regresso seguro]. A prioridade do departamento é trazer o soldado King para casa e estamos a usar todos os meios disponíveis para conseguir isso", disse um porta-voz do Pentágono.

O incidente com Travis Travis acontece numa altura de grande tensão entre o Ocidente e o Presidente norte-coreano, Kim Jong-un.

Esta semana, o ministro norte-coreano da Defesa acusou os EUA de estarem a colocar a península coreana numa guerra nuclear iminente, afastando a possibilidade de solucionar o conflito com negociações.ANG/RFI

 

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