Telecomunicações/Empresa MTN pretende abandonar a Guiné-Bissau
Bissau,17 ago 23(ANG) - A
empresa de telecomunicações sul-africana MTN anunciou ao Governo guineense que
pretende abandonar o país onde opera desde 2004, no âmbito de uma estratégia do
grupo, disse quarta-feira à Lusa fonte da Autoridade Reguladora Nacional (ARN).Sede da MTN em Bissau
De acordo com João Frederico
de Barros, presidente do conselho de administração da ARN, há mais de três
meses que a MTN comunicou à entidade a intenção de vender a empresa a um outro
grupo, numa estratégia que abrange também a Guiné-Conacri e a Serra Leoa.
"A MTN pretende concentrar-se,
nesta nossa costa ocidental da África, apenas no Gana e na Nigéria",
observou o responsável da ARN.
Frederico de Barros
considerou de "normal" a intenção da venda da empresa, mas salientou
que a operação só poderá avançar se ocorrer dentro dos preceitos estipulados
pela Lei de Bases do Sistema das Telecomunicações da Guiné-Bissau.
Atualmente, referiu, a MTN
representa cerca de 30% da quota de mercado da rede de telefones móveis e só
poderá ser vendida, entre outras obrigações, mediante o pagamento de
"todas as responsabilidades perante o Estado guineense", representado
pela ARN.
Dados da ARN apontam para
mais de um milhão de utilizadores de telefones móveis na Guiné-Bissau, indicou
João Frederico de Barros.
O responsável guineense
explicou ainda que a reguladora do setor das telecomunicações "aguarda
pelo normal desenrolar do processo" de venda da MTN e que a empresa
prometeu comunicar caso não encontre um comprador.
A MTN e a francesa Orange, também operadora de telefones móveis, é das poucas multinacionais a operar na Guiné-Bissau.ANG/Lusa
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