quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Sindicalismo/Porta-voz da Frente Social  convida novo Governo a  eleger diálogo para ultrapassar diferendos no setor

Bissau 31 Ago 23 (ANG) – O porta-voz da Frente Social(FS), que integra sindicatos da saúde e educação, convidou hoje ao novo Governo a eleger o  diálogo  com os sindicatos, para se criar um ambiente favorável que evite frições no setor.

Yoio João Correia falava hoje numa conferência de imprensa de balanço dos trabalhos realizados pela Frente Social desde a sua criação, em 2022.

Yoyo Correia disse que o balanco de um ano de atividade é positivo, apesar da organização enfrentar  obstáculos, tais como perseguição e retaliação impostas pelo anterior Governo.

Disse  que apesar de não atingir todos os objectivos traçados ,a FS conseguiu  realizar trabalhos sindicais mantendo-se resiliente  em relação a  defesa dos  interesses dos trabalhadores , que diz ser  a razão da  existência da Frente Social .

“A nossa ação demonstra que temos escolhido sempre o diálogo social e  meios pacíficos para a resolução dos problemas. Os ministros da saúde e educação, na reunião que tivemos, manifestaram  a abertura de  cooperar com os sindicatos dando espaços  para darem as suas opiniões como parceiros. No encontro foi entregue por parte dos sindicatos um documento que espelha os principais problemas nestes dois sectores”,contou.

João Correia lamentou a decisão do antigo Governo de retirar do banco de dados da administracção pública alguns técnicos de saúde, e de recusar a admissão de novos técnicos da saúde e da educação ,frisando que, por isso, há necessidade de os sindicatos agrupados na Frente Social continuarem a andar juntos nas negociações .

A Frente Social, segundo sindicalista, vai continuar a eleger o diálogo social como ferramenta principal do seu trabalho  para se criar um ambiente mais saudavél e com menos paralizações no setor do ensino e da saúde públicos.

Acrescentou que tudo isso vai depender da atuação do Governo. “Não há nenhum sindicato no mundo que gosta de fazer greve”, disse.

“Como digo sempre, criticar não significa  estar contra alguém ou a instituição, é sim  uma forma de  mostrar o que não esta a ser visto. E nós enquanto sindicatos estamos abertos e esperamos o mesmo do Governo, para que se possa criar um ambiente que vai permitir que, de mãos  dadas, contruímos a Guiné-Bissau,”salientou.

Yoio pediu união entre os trabalhadores guineenses, e que seja colocado o profissionalismo  acima de  interesses dos partidos.”O país e o povo devem estar acima de qualquer interesses obscuros”, disse . ANG/MSC//SG

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