Comércio/Comerciantes querem saber como vai o governo aplicar a decisão de baixar preço do arroz
Bissau,24 Ago 23(ANG) - O presidente da Associação de Retalhistas de Mercados da Guiné-Bissau, Aliu Seidi, diz que quer saber de que forma será executada a decisão do Governo de baixar o preço do arroz, base da dieta alimentar dos guineenses.
Em conferência de imprensa, na
quarta-feira, Seidi perguntou que solução tem o Governo para comerciantes que já têm arroz nos armazéns e
que os adquiriram por outros preços.
Na primeira reunião do
Conselho de Ministros, na terça-feira, o novo Governo guineense decidiu baixar
o preço de um saco de arroz, da variedade trinca partido 100%, de 22.500
francos cfa (cerca de 34 euros) para 17.500 francos cfa (cerca de 26 euros).
O presidente dos retalhistas
afirmou que "não estão contra a decisão", mas apenas pretendem saber
se serão autorizados a vender no preço atual o produto que têm já nos armazéns
ou se serão reembolsadas das perdas que vão sofrer, caso vendam ao novo preço
determinado pelo Governo.
"O Governo tem de dizer
as coisas de forma clara, senão está a colocar-nos contra a população que, a
partir de hoje, está a exigir comprar cada saco de 50 quilogramas por 17.500
francos cfa", observou Aliu Seidi.
O presidente dos
comerciantes retalhistas notou que "até ao momento ainda não existe nenhum
compromisso" com o Governo para baixar o preço do arroz que é vendido ao
consumidor.
O responsável afirmou ter
transmitido este facto ao primeiro-ministro, Geraldo Martins, que lhe disse que
doravante uma empresa importadora de arroz vai passar a vender o produto aos
retalhistas "num bom preço".
Aliu Seidi sublinhou que
aguarda pela assinatura de um acordo nesse sentido.
"Para nós, não há
problema. Se o grossista nos vender um saco de arroz de 50 quilogramas por 10
mil francos cfa, nós vamos vender por 10.500 francos cfa, se nos vender por 17
mil, nós vamos vender ao consumidor por 17,500 francos cfa", afirmou
Seidi.
O Governo anunciou que vai
colocar no terreno equipas de fiscalização para desencorajar os comerciantes
que pretendem vender o arroz para além do novo preço.ANG/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário