UNTG/Júlio Mendonça pede
ao governo racionalização das despesas públicas para resolver problemas sociais
Bissau, 21 Ago 23
(ANG) – A Direção da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné Bissau (UNTG)liderada
por Júlio Mendonça pediu hoje ao atual governo a racionalização das despesas públicas para se resolver os
problemas sociais que o país enfrenta.
O Secretariado
Nacional da UNTG deu à todos os sindicatos
filiados uma semana para entregarem, na
secretaria-geral da referida organização, uma lista das suas respetivas
dificuldades, em termos funcionais, e
problemas que os seus associados enfrentam, nos diferentes setores da
administração pública, para efeitos de produção de um Memorando que será
remetido ao novo Governo.
Mendonça disse
serem orientações dadas aos sinidicatos no sentido de atualizam
as suas preocupações relacionados com funcionamento e as difiduldades com que
se deparam.
“Priorizamos o
diálogo com qualquer governo e quando existe
diálogo sério e franco, obviamente
não haverá problemas.Nós somos guineenses e queremos viver na paz e na
tranquilidade, mas é preciso que os problemas sejam resolvidos”, disse
Mendonça.
Disse esperar deste Executivo, a racionalização das despesas
públicas, através de cortes nos “gastos desnecessários”, principalmente no capítulo
de subsídios dos representantes dos órgãos da soberanea, não obstante saber que,
financeiramente, o país está mal.
Para Júlio Mendonça,
não faz sentido um grupo de pessoas,
representantes dos órgãos da soberania, com livre despesa e tudo mais, continue
a ganhar “subsídios milionários e o povo continuar a morrer de forme, e a
deparar-se com falta de assistência nos hospitais e falta de condições nos
estabelecimentos de ensino público”.
Para além disso, disse
esperar ainda que o atual governo seja sensível aos problemas sociais que existem,
abdicando-se desses subsídios para reajustar o salário na Função Pública, tendo
em conta o atual custo de vida.
Mendonça pede a
intervenção no mercado nacional de forma
regulamentar os preços, para se “devolver ao povo a capacidade de compra
que perdeu devido os aumentos dos preços dos produtos, sem precedente, no país”.
Para o efeito, Mendonça
afirmou que é preciso um diálogo sério, para a definição de um salario mínimo
nacional, de acordo com uma das orientações saidas da recente Conferência Internacional
da Organizaçãio Internacional de Trabalho(OIT).
Instado a confirmar se a UNTG continua a defender a fixação do salário
mínimo em 100 mil fcfa, Júlio Mendonça disse que sim, frisando que, se houver a
racionalização das receitas públicas e controlo rigoroso do pessoal na
administração pública, a proposta de 100 mil fcfa para salário mínimo é execuível.
Mas antes, segundo
Júlio Mendonça, vai ser preciso a harmonização
do banco de dados para que o Ministério da Economia e Finanças possa pagar só a folha de salário
processada pelo Ministério da Função Pública.
“Sabemos que
existe corrupção enorme na folha de salário.
Os ministros das Finanças e da Função Pública devem trabalhar juntos para
analisar a situação para proceder o
aumento do salário na Administração Pública, porque o atual não é suficiente,
tendo em conta ao custo de vida”, defendeu Júlio Mendonça em declaralções a
ANG.
Reconheceu que nem
tudo pode ser feito de uma só vez, mas, diz que há medidas fundamentais que
devem ser tomadas .
Júlio Mendonça
aproveitou a ocasião para falar da situação da sede nacional da UNTG apesar de estar
em curso um processo no Tribunal contra
o Ministério do Interior,, por supostamente, ter assaltado as instalações
dessa organização sindical, que entregou a direção da UNTG liderada por
Laureano da Costa.
Disse que o Ministério do Interior invadiu a Sede da UNTG sem nenhuma decisão judicial, por
isso espera que o atual governo assuma a
sua responsabilidade, devolvendo a sede à Direção que lídera. ANG/LPG/ÂC//SG
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