China/Governo pede contenção após disparos de projéteis norte-coreanos
Bissau, 05 jan 24 (ANG) - A
China pediu hoje "calma e contenção a todas as partes", depois de a
Coreia do Norte ter disparado mais de 200 projéteis perto da fronteira com o
Sul.
Pequim espera que as partes
"se abstenham de tomar medidas que agravem as tensões [e] evitem uma nova
escalada", disse o porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, em
conferência de imprensa.
A Coreia do Norte lançou
hoje manobras de artilharia com fogo real perto da fronteira marítima com o
Sul, em violação de um acordo de 2018, levando Seul a preparar a realização de
exercícios semelhantes.
O Estado-Maior Conjunto da
Coreia do Sul anunciou que o Norte disparou 200 tiros para águas a norte da
fronteira marítima, a oeste da península, perto das ilhas de Yeonpyeong e
Baengnyeong, e garantiu uma resposta, embora não tenha avançado pormenores.
Moradores da ilha de
Yeonpyeong, situada junto à fronteira, disseram que os militares sul-coreanos
pediram para deixarem as casas como “medida preventiva”, porque pretendem
lançar exercícios de tiro marítimo durante o dia.
Também foi pedido aos
residentes de Baengnyeong que se retirassem, disseram as autoridades da ilha
situada a cerca de 100 quilómetros de Yeonpyeong.
“Estamos a fazer anúncios de
evacuação neste momento”, disse um responsável de Baengnyeong, acrescentando
que foi informado pelos militares sul-coreanos de que ia decorrer em breve um
exercício naval.
O Ministério da Defesa
sul-coreano descreveu as manobras do Norte como “um ato de provocação que
ameaça a paz na península” e instou Pyongyang a “cessar imediatamente estas
ações”, de acordo com um comunicado.
A fronteira marítima entre
as duas Coreias tem sido palco de várias batalhas desde 1999. O regime de
Pyongyang disparou, em 2010, 170 tiros de artilharia contra a ilha de
Yeonpyeong, matando quatro pessoas, incluindo dois civis.
Num acordo militar celebrado
em 2018, Pyongyang e Seul prometeram não realizar exercícios de fogo real nem
realizar atividades vigilância aérea em zonas de exclusão aérea e zonas tampão
estabelecidas ao longo da fronteira comum.
No entanto, em 22 de
novembro, a Coreia do Sul anunciou a suspensão parcial do acordo, depois de o
Norte ter colocado em órbita o primeiro satélite militar espião. Um dia depois,
Pyongyang suspendeu por completo o acordo.ANG/Lusa
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