Política/Coligação PAI Terra Ranka admite possibilidades de realização de
marcha nos bairros de Bissau contra atual regime
Bissau, 10 Jan 24
(ANG) – O porta-voz da Coligação PAI /Terra Ranka, Muniro Conté admitiu as possibilidades de realização de marchas nos
bairros da capital Bissau para exigir a reposição da Ordem Constitucional na
Guiné-Bissau ou seja a reabertura do parlamento e retoma do governo sufragados na urna.
A nova estratégia de
protestos foi tornada pública hoje, em
conferência de imprensa, organizada pela Coligação para falar da atual situação
politica do país e da marcha prevista para o passado dia 08 do corrente mês, mas
que foi impedida pelas forças policias com recurso ao uso de granadas de gás
lacrimogéneo contra manisfestantes e colocação de viaturas ante manifestação nas
artérias da capital.
A conferência de
imprensa foi realizada na Sede Partido Africano da Independencia da Guiné e
Cabo Verde(PAIGC), e Muniro Conté reiterou a condenação ao Presidente da República e aos
partidos aliados pelo “ato ilegal e anti-constitucional de dissolução e
bloqueio do parlamento e consequente derrube do governo”.
Exortou a Comunidade
Internacional a intervir junto da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO),
para o cumprimento imediato e incondicional das
resoluções saídas na 64ª Cimeira dos
Chefes de Estado e do Governo da organização sub regional que recomendou a
reabertura da ANP e reposição do governo da XIª legislatura.
Conté pede à
diferentes franjas populacionais solidárias as iniciativas reivindicativas da
coligação para se manterem firmes e fiéis aos valores democráticos, participando
nas próximas ações que visem a reposição e o respeito a normalidade
constitucional no país.
Muniro Conté crticou
o impedimento “brutal” da marcha pelas forças policias, com espancamentos e
detenções, sem avançar com números das pessoas detidas, e uso de granadas de gás lacrimogéneo até na Sede das Nações Unidas, em Bissau.
Acusou o Presidente
da República de se associar à estratégia dos partidos aliados para dissolver o parlamento e subsequentemente
derrubar o governo da Coligação PAI /Terra
Ranka.
Instado a falar das deligências
que a liderança da Coligação está a fazer para a libertação dos cidadãos detidas,
na sequência da marcha, disse que já constituiram um advogado que vai entrar com o processo de “Habeas Corpus” para
a libertação dos mesmos.
Em relação as exigências
feitas por João Bernardo Vieira, segundo as quais o atual lider do PAIGC
Domingos Simões Pereira deveria apresentar a sua demissão, Muniro Conté defende
a continuidade de Simões Pereira na liderança do partido até a realização do Congresso,
porque ganhou todas as recentes três eleições legislativas realizadas no país.
ANG/LPG/ÂC//SG
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