São Tomé e Príncipe/Remodelação governamental
Bissau, 10 jan 24 (ANG) - O Chefe de Estado são-tomense, Ca
rlos Vila
Nova, nomeou segunda-feira, cinco novos ministros para o Governo que
passa agora a ter 13 Ministérios.
No decreto presidencial, Carlos Vila Nova
nomeia Lúcio Daniel Lima Magalhães, para o Ministério da Presidência do
Conselho de Ministros, dos Assuntos Parlamentares e com a Coordenação do
Desenvolvimento Sustentável. Ângela da Costa assume o Ministério da Saúde,
acumulando a pasta dos Direitos da Mulher, Disney Leite Ramos, para o
Ministério da Economia, Nilda Borges da Mata, para o Ministério do Ambiente, e
José do Nascimento de Rio, para o Ministério das Infraestruturas e Recursos
Naturais.
Ilza Amado Vaz foi reconduzida para o
Ministério da Justiça, Administração Pública e dos Direitos Humanos, Gareth
Guadalupe passa do Ministério da Presidência do Conselho de Ministros e
Assuntos Parlamentares para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação
e Comunidades, cargo que assumia cumulativamente desde Julho do ano passado.
Foram igualmente reconduzidos Jorge Amado,
no Ministério da Defesa e Administração Interna, Abel Bom Jesus, no Ministério
da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Ginésio da Mata, que perde a
pasta da Economia, ficando apenas com o Ministério do Planeamento e Finanças.
Celsio Vera Cruz Junqueira mantém a pasta do Ministério Trabalho e da
Solidariedade, perdendo a área da Saúde.
Isabel Viegas D’Abreu mantém-se no cargo de
ministra da Educação, Cultura e Ciências e Eurídice na pasta da Juventude e
Desporto. Esta remodelação ministerial afasta Maria Milagre do cargo de dos
Direitos da Mulher, juntando-se aos antigos ministros das Infraestruturas e
Recursos Naturais, Adelino Cardoso, que se demitiu do cargo na semana passada,
e Alberto Pereira, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e
Comunidades, que se demitiu em Julho do ano passado, ambos envolvidos em
polémicas.
O analista político Danilo Salvaterra
considera que esta remodelação se trata apenas de uma mudança de nomes e não de
estratégia governativa.
“Esta remodelação, infelizmente, significa apenas mudança de pessoas.
Não haverá mudança na estratégia de governação. Não haverá uma ideia nova que
leve o país a avançar. É isto que é muita pena, mas também o próprio partido
que está no governo não tem muitas alternativas em termos de pessoas para os
lugares”, nota.
Danilo Salvaterra vê ainda a remodelação
como um sinal do cansaço do governo e lembra que há muitas questões por
esclarecer, nomeadamente os massacres do 25 de Novembro e a questão das
privatizações.
“Esta
remodelação é como quase em toda a parte, há sempre uma remodelação passado um
ano, os governos estão cansados. (...)O governo está cansado, está abatido pela
consequência dos diferentes aspectos da vida socioeconómica do país. Temos a
questão dos massacres de 25 de Novembro por esclarecer, temos esta questão das
privatizações não esclarecidas ou que não funcionaram pela forma como elas
nasceram. Temos os protestos e as demissões. Tinha que haver alguma
remodelação”, acrescenta Salvaterra. ANG/RFI
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