segunda-feira, 25 de julho de 2022

Política-PRS/Organizaçao de mulheres exorta direção  do partido o respeito à  Lei de Paridade naquela formação política

Bissau,25 Jul 22(ANG) – A Organização Nacional das Mulheres do Partido da  Renovação Social(ONMRS), exortou a direção  desta formação política o respeito  escrupuloso da Lei de Paridade  e dos estatutos do partido, no que concerne a representação das mulheres nas esferas de tomadas de decisão.

A exortação vem expressa  na Declaração Final do Retiro de planificação da organização das mulheres do partido, que decorreu sob o lema “Lançar as sementes para colher os frutos”, nos dias 23 e 24 de Julho, na sede histórica do partido, no bairro de Cundok, em Bissau.

As mulheres do PRS pediram a direção  do partido para  disponiblizar a organização  meios financeiros e logísticos,e materiais de imagens de  propaganda daquela formação política.

Na Declaração Final do encontro, a ONMRS pediu ainda que os seus elementos sejam   envolvidos em todas as reuniões de  tomadas de decisão, assim como nas visitas de contactos ao nível nacional e internacional.

Solicitou a Direcção Superior do PRS  apoios político e material para a implementação dos seus planos de atividades.

A modernização e reestruturação das estruturas da organização das mulheres nas regiões, sectores, circulos e bases, foram  recomendadas no encontro de dois dias.

Ao presidir a cerimónia de encerramento , o 2º vice-presidente do PRS, Orlando Mendes Viegas disse  que a referida jornada irá ajudar bastante nas acções futuras do PRS.

“Se não conseguimos tirar as ilações dos erros do passado para corrigir o futuro, não vamos ter uma projeção do futuro melhor”, salientou Orlando Mendes Viegas.

Aquele dirigente político prometeu levar à instâncias superiores do partido todas as recomendações constantes da Declaração Final do Retiro.´

Segundo a  Presidente da Organização Nacional das Mulheres da Renovação Social, Hortência Francisco Cá, a iniciativa  visa  fortalecer a competitividade da candidatura feminina  nas próximas eleições legislativas, de forma a aumentar a representação da camada feminina do futuro parlamento.

Hortência  Cá pediu aos participantes e em particular as mulheres vindas das diferentes regiões do país para  implementarem as recomendações saídas do retiro.ANG/ÂC//SG

 

sexta-feira, 22 de julho de 2022

    Brasília/PT confirma candidatura de Lula da Silva à Presidência do Brasil

Bissau, 22 Jul 22 (ANG) - Luiz Inácio Lula da Silva, que governou o Brasil entre 2003 e 2010, foi confirmado quinta-feira como o candidato presidencial do Partido dos Trabalhadores (PT), de esquerda, nas eleições marcadas para Outubro deste ano.

A votação dos delegados do partido, num hotel em São Paulo, que validou a candidatura numa convenção partidária, era amplamente esperada e meramente simbólica.

Lula da Silva, com 76 anos, não compareceu no evento do partido porque está a realizar acções de campanha no seu estado natal, Pernambuco, no nordeste do Brasil.

O candidato do PT lidera todas as sondagens das intenções de voto contra o atual Presidente, Jair Bolsonaro. ANG/Angop

 

  Cooperação/Presidente francês deve estar em Bissau na próxima quinta-feira 

Bissau,22 Jul 22(ANG) - O presidente francês Emmanuel Macron estará em Bissau na próxima quinta-feira, dia 28, naquilo que é a primeira visita de um chefe de Estado francês ao país, e no quadro de um périplo a três países africanos.

Foto Sissoco Embalo em Paris

Segundo o jornal francês Le Fígaro, a viagem africana de Emmanuel Macron   inicia no dia 25 do corrente mês de julho e  o levará também aos Camarões e Benin.

Esta viagem a África, a primeira desde a reeleição de Emmanuel Macron em abril, incidirá nomeadamente na crise alimentar provocada pela guerra na Ucrânia, nos desafios da produção agrícola e nas questões de segurança, segundo a presidência francesa.

Trata-se de marcar a continuidade e a constância do empenho do Presidente da República no processo de renovação da relação com o continente africano ”, comenta o Eliseu.

Emmanuel Macron estará em Bissau na quinta-feira(28) para falar com o seu homólogo, Umaro Sissoco Embaló que acaba de assumir  a presidência rotativa da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO).

Segundo Le Figaro, que cita a presiência francesa,durante esta viagem, “ as questões da governação e do Estado de direito serão tratadas em cada etapa, sem injunções mediáticas mas sob a forma de trocas diretas com os seus homólogos ”.

Emmanuel Macron  será acompanhado pelos Ministros das Relações Exteriores e das Forças Armadas, Catherine Colonna e Sébastien Lecornu, o Ministro Delegado para o Comércio Exterior Olivier Becht e a Secretária de Estado para o Desenvolvimento, Chrysoula Zacharopoulou.

Segundo uma Nota da Direção Geral da Cooperação, o Documento quadro de Parceria entre a França e Guiné-Bissau, orçado em 21 milhões de euros, contempla três eixos principais, sendo o primeiro: o Apoio à Governação, o segundo: formação de quadros e promoção de intercâmbios linguísticos, culturais e económicos.

O terceiro eixo, tem a ver com a melhoria das condições de vida e de acesso ao serviço de base das populações e apoio orçamental.

Quanto as ações implementadas, segundo a Nota da Direção Geral de Cooperação Internacional, consta os programas transversais tendo como objetivo principal, o reforço das capacidades humanas nas áreas de governação, Estado de Direito, Cooperação Linguística, Cultural e Universitária.

Um programa setorial para a realização dos objetivos do milénio para o desenvolvimento, no qual se integra a ajuda da França ao Ministério de Saúde da Guiné-Bissau bem como de programas de integração Regional na UEMOA, CEDEAO e OMVG, são outras realizações em curso

De acordo com o documento, no tange a Governação e Estado de Direito, a França tem prestado a Assistência Técnica ao Ministério das Finanças da Guiné-Bissau e apoio a criação do ambiente de negócios ao desenvolvimento do sector privado.

No capítulo do Estado de Direito, a França tem apoiado o reforço de capacidades no aparelho estatal e  nas organizações da  Sociedade Civil.

A nota ainda refere que, no domínio de Cooperação Militar, a França apoia na formação nas Escolas Nacionais à Vocação Regional)ENVR), financiada em África pela França, preparação das Forças Armadas para participar nas missões de manutenção de paz e no quadro da União Africana.

O Documento Quadro de Parceria, entre os dois países prevê o apoio da França ao sector de Justiça e Polícia guineense, nomeadamente na consolidação do Estado de Direito e luta contra o tráfico de drogas  e criminalidade organizada, apoio às iniciativas económicas dos emigrantes na luta contra as migrações clandestinas.

No domínio cultural e Estudos Superiores, a França tem apoiado o ensino da língua francesa para favorecer a integração política e económica harmoniosa da Guiné-Bissau na plano regional, formação de professores de Francês, cursos de línguas para os jovens finalistas do sistema educativo, engajados no mercado de trabalho.

Entretanto, devido ao golpe de Estado de 2012 no país, a França transferiu  os seus Serviços de Cooperação  e Consulares da Guiné-Bissau para o  Senegal o que,  segundo a Nota, tem dificultado realizações práticas de várias ações inscritas no Documento Quadro de Parceria entre os dois países. ANG/ÂC//SG

        Sri Lanka/Repressão violenta dos manifestantes antigovernamentais

Bissau, 22 Jul 22 (ANG) Pouco depois da tomada de posse, quinta-feira, do novo Presidente Raniel Wickremesinghe, as forças de segurança desalojaram os manifestantes com armas automáticas, desmantelaram as barricadas e cercaram o complexo do secretariado presidencial que tinha sido invadido por milhares de manifestantes há duas semanas, aquando da queda do anterior chefe de Estado, Gotabaya Rajapaksa.

De acordo com testemunhas locais, esta operação foi marcada por detenções e agressões, nomeadamente contra jornalistas que estavam a tentar cobrir o acontecimento.

Estas violências não deixaram de suscitar a preocupação nomeadamente por parte da delegação local da União Europeia que recordou que a "a liberdade de expressão é essencial". No mesmo sentido, a embaixadora americana em Colombo, Julie Chung, deu conta da sua "profunda preocupação" e apelou as autoridades à "contenção". Por sua vez, a Amnistia Internacional exortou as autoridades a respeitar a dissidência e condenou o recurso à força nomeadamente contra os jornalistas.

Isto sucedeu poucas horas antes de o novo Presidente que deve permanecer no poder até ao final do mandato do seu antecessor, em 2024, nomear o novo chefe do governo. Dinesh Gunawardena, seu amigo de infância, tomou posse hoje como Primeiro-ministro.

Enquanto o primeiro é apóstolo do liberalismo e pró-ocidental, o segundo é tendencialmente socialista. Uma equipa que herda de um país em ruptura económica, com penúrias de alimentos, electricidade e de combustíveis. Um assunto que o novo Presidente, que conservou o pelouro das finanças, pretende resolver com o FMI, na expectativa de sanar progressivamente a economia do país minado por uma dívida gigante de 51 mil milhões de Dólares. ANG/RFI

 

 

Covid-19/ Ministro da Saúde admite ressurgimento de infeções

 Bissau,22 Jul 22(ANG) - O ministro da Saúde, Dionísio Cumbà, disse quinta-feira à Lusa que a situação da covid-19 está normalizada no país e admitiu que nos últimos dias haja relatos de novos casos de infeção.

"O vírus está a circular entre nós, temos de saber coabitar com o vírus como acontece em todos os países do mundo, mas sem alarmismos", defendeu o governante guineense.

Dionísio Cumbà precisou que a situação da doença na Guiné-Bissau não difere daquela que é atualmente observada nos outros países do mundo.

"Podemos dizer que já não existe aquele medo que tínhamos há dois anos quando a pandemia começou, porque não tínhamos informações sobre a doença", afirmou.

Dionísio Cumbà considerou que a introdução das vacinas no combate à doença e a forma como a população mundial respondeu permitiram que a covid-19 "tenha sido mais ou menos controlada".

"O sistema sanitário mundial conseguiu introduzir a vacinação e desta forma conseguimos controlar as mortes. Há dois anos assistimos a mortes diariamente, agora não", notou Cumbà.

O ministro da Saúde guineense admitiu que, no caso da Guiné-Bissau, a vacinação ainda não atingiu toda a população-alvo e apelou à adesão àquilo que disse ser a "única fórmula de se livrar da doença".

O responsável referiu que mesmo na Europa os relatos apontam para uma nova subida de casos de infeção, o que, disse, também ocorre na Guiné-Bissau, "embora com menos letalidade".


Dados revelados no passado dia 11 pelo Alto Comissariado Contra a Covid-19 - entretanto extinto por decisão do Presidente da
República, Umaro Sissoco Embaló, no dia 13 -, apontavam para 26 casos ativos e um total acumulado de 172 óbitos entre 8.402 infeções registadas desde março de 2020, quando a pandemia foi oficialmente declarada no país.ANG/Lusa

 

     Itália/Presidente  dissolve parlamento e país vai para eleições antecipadas

 Bissau, 22 Jul 22(ANG) – O Presidente italiano, Sergio Mattarella, recebeu quinta-feira os presidentes das duas câmaras do parlamento (Senado e Câmara dos Deputados) e decretou o fim da actual legislatura na sequência da demissão do primeiro-ministro, o tecnocrata Mario Draghi.

“A situação política levou a esta
decisão”, disse o Presidente numa intervenção transmitida na televisão, após ter formalizado a dissolução do parlamento, o que levará automaticamente à realização de eleições antecipadas em Itália.

Os líderes do Senado e da Câmara dos Deputados Maria Elisabetta Alberti Casellati e Roberto Fico, respectivamente, deslocaram-se hoje à tarde ao Palácio do Quirinal (em Roma), a sede da Presidência italiana, para marcar o início do processo da dissolução antecipada das duas câmaras do parlamento, como previsto no artigo 88.º da Constituição italiana.

Mattarella deu assim por concluída a actual legislatura, que deveria terminar em Março de 2023, depois de Draghi ter apresentado a sua demissão (duas vezes num espaço de uma semana) após ter perdido o apoio de alguns partidos que integravam a actual coligação governamental.

As eleições devem ser realizadas num prazo de 70 dias após a dissolução do parlamento, o que significa que o escrutínio poderá ser agendado para 18 ou 25 de Setembro. ANG/Inforpress/Lusa

 

Pretória/África do Sul pode vir a ter a sua própria "Primavera Árabe" - ex-PR Thabo Mbeki

Bissau, 22 Jul 22(ANG) -O ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki alertou  quinta-feira que o país está sentado sobre uma bomba-relógio e pode enfrentar uma revolta semelhante à "Primavera Árabe" desencadeada por uma revolta social.

Mbeki, que sucedeu ao ícone anti-'apartheid' Nelson Mandela em 1999, disse que a África do Sul enfrenta níveis insustentáveis de pobreza e de desemprego.

"Um dos meus medos, camaradas, é que um desses dias nós (...) teremos a nossa própria versão da Primavera Árabe", disse Mbeki numa homenagem a Jessie Duarte, secretário-geral adjunto do Congresso Nacional Africano, que morreu no passado fim-de-semana devido a um cancro.

O factor que desencadeou a Primavera Árabe foi o suicídio por imolação de um vendedor ambulante tunisino, Mohamed Bouazizi, assediado pela polícia na Tunísia.

A sua morte marcou o início de uma revolta nacional que levou à fuga de Zine el-Abidine Ben Ali, ex-presidente da Tunísia, para o exílio e provocou as revoltas da "Primavera Árabe" em 2011.

"Um dos meus medos é que um dia desses aconteça connosco", disse Mbeki, que deixou a Presidência em 2008.

"Não se pode ter tantos desempregados, tantos pobres, pessoas confrontadas com esta anarquia", e líderes "corruptos", disse, advertindo: "Um dia vai explodir".

Mbeki criticou o governo do Presidente Cyril Ramaphosa pela falta de um plano nacional para combater a pobreza, a desigualdade e o desemprego, que é superior a 34,5%, e o desemprego juvenil, que está nos 64%. ANG/Angop

 

quinta-feira, 21 de julho de 2022

Rússia/MNE  afirma que objectivos militares de Moscovo vão além do leste ucraniano

Bissau, 21 Jul 22 (ANG) – O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, disse quarta-feira que os objectivos militares da Rússia na Ucrânia vão agora além da região leste do país e passaram a incluir “uma série de outros territórios”.

“A geografia é diferente agora. Já não se trata apenas das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk [os territórios separatistas no leste da Ucrânia], mas também das regiões de Kherson e Zaporijia [no sul] e uma série de outros territórios”, afirmou o chefe da diplomacia russa, em entrevista à agência russa de notícias Ria Novosti e ao canal RT.

Segundo Lavrov, à medida que o Ocidente – por “raiva causada pela impotência” ou pelo desejo de agravar a situação – fornece cada vez mais armas de longo alcance, como os mísseis Himar, “o quadro geográfico da operação avança mais e mais”.

“Não podemos permitir que, na parte da Ucrânia que permanece sob o controlo de [Presidente ucraniano, Volodymyr] Zelensky (…), haja armas que representam uma ameaça directa aos nossos territórios ou aos territórios das repúblicas que declararam a sua independência”, sublinhou.

Lavrov lembrou que os objectivos estabelecidos pelo Presidente russo, Vladimir Putin, ao ordenar a campanha militar na Ucrânia foram “a desnazificação e a desmilitarização da Ucrânia, no sentido de deixar de haver ameaças à segurança” russa.

Um objectivo que se mantém, segundo reiterou o chefe da diplomacia russa.

A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zajárova, também reagiu hoje às advertências do coordenador de comunicações do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos da América (EUA), John Kirby, que ameaçou a Rússia com sanções adicionais e mais severas caso insistisse na anexação ilegal de território ucraniano.

“A Casa Branca declarou que os Estados Unidos vão impor novas sanções se novas regiões ucranianas se juntarem à Rússia. O erro da Casa Branca é que os EUA impuseram e continuam a impor novas sanções sem que as regiões ucranianas sejam integradas na Rússia”, afirmou a porta-voz, numa mensagem divulgada na rede social Telegram.

Por isso, frisou a representante, “esta nova ameaça só fortaleceu a nossa decisão de agir”.

A Rússia, que iniciou uma invasão a que chamou “operação militar especial” na vizinha Ucrânia, em fevereiro passado, declarou abertamente que irá promover referendos sobre a integração das regiões de Zaporijia e Kherson, parcialmente ocupadas por tropas russas, no país. ANG/Inforpress/Lusa

 

            Diplomacia/Embaixador da República popular da China visita ANG

Bissau, 21 Jul 22 (ANG) – O Embaixador da República Popular da China em Bissau, Guo Ce reiterou esta quinta-feira a vontade desta representação diplomática de reforçar a colaboração que tem sido mantida com a  Agência de Notícias da Guiné(ANG).

O diplomata chinês fez estas declarações quando falava com o Diretor-geral da ANG, Salvador Gomes, no âmbito de uma visita efectuada esta quinta-feira à este órgão público de comunicação social.

Guo Ce disse que visitou a ANG para agradecer a sua direção pela cobertura noticiosa que regularmente tem feita às actividades da embaixada no país, e que deseja ver prosseguida.

Segundo Salvador Gomes, o embaixador chinês ainda se inteirou das actividades da ANG e de suas dificuldades, e prometeu diligenciar para que a ANG possa se apoximar  e estabelecer uma parceria efetiva com a agência de notícias da China, a Xinhua, com a qual estabeleceu, há muito tempo, um acordo de troca de notícias e de intercâmbio profissional, mas que não está a ser aplicado.

“A visita representa um reconhecimento da utilidade dos serviços da ANG, tanto assim que a ANG, para além da atenção que dá às actividades da embaixada chinesa em Bissau acompanha as acções, de interesse geral, da China Popular no mundo”, disse o DG da ANG.

Para Salvador Gomes a visita renova, por outro lado, a esperança de mais apoios das autoridades chinesas.

“Em termos de equipamento a ANG tem sobrevivido graças a parcerias com terceiros. A última oferta de computadores, , foi da embaixada da China, em Bissau, em Abril do ano passado”, disse Gomes.

Guo Ce , para além da ANG ainda visitou o jornal Nô Pintcha e a Radiodifusão Nacional.AC//SG

    Mali/ONU critica ordem de expulsão do porta-voz da sua missão de paz

Bissau, 21 Jul 22 (ANG) - A ONU criticou quarta-feira a expulsão do porta-voz da sua missão de paz no país (Minusma), pelas autoridades do Mali, por violar o princípio da imunidade da organização, e tenciona abordar a questão com as autoridades malianas.

A junta militar no poder no Mali deu ao porta-voz, Olivier Salgado, um prazo de 72 horas para deixar o país pelo que classifica de "publicações tendenciosas" que publicou nas redes sociais.

Questionado, o porta-voz da ONU Farhan Haq disse que a organização lamenta "profundamente" a decisão e recordou que a declaração de 'persona non grata', algo comum no mundo diplomático, não pode ser aplicada a funcionários das Nações Unidas.

Como sublinhou, esta doutrina vai contra as "obrigações" que os países têm ao abrigo da Carta da ONU, nomeadamente no que diz respeito aos privilégios e imunidades da organização e dos seus funcionários.

Haq disse que as Nações Unidas planeiam debater o assunto com as autoridades do Mali.

Segundo um comunicado divulgado quarta-feira pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Mali, a expulsão de Salgado "vem após uma série de publicações tendenciosas e inaceitáveis" na rede social Twitter, referindo-se à informação que o porta-voz deu sobre a detenção de 49 militares costa-marfinenses em 10 de Julho. ANG/Angop

 

Obituário/Presidente da República assina livro de condolência em homenagem de José Eduardo dos Santos

Bissau, 21 Jul 22(ANG) – O Presidente Úmaro Sissoco Embaló assinou hoje na Embaixada de Angola, em Bissau, o livro de condolência em homenagem do ex. Presidente de Angola José Eduardo dos Santos.

Depois de cumprir todas as formalidades, o Presidente da República não prestou declarações à imprensa. 

O Encarregado de Negócios da Embaixada de Angola  na Guiné-Bissau, Bento Lázaro das Dores Sebastião informou que o Presidente da República Umaro Sissoco Embalo, será convidado para assistir as cerimônias fúnebres de  José Eduardo Dos Santos.

O ex-Presidente de Angola faleceu no passado dia 08 de julho  em Barcelona (Espanha),e  as cerimónias fúnebres ainda não têm data de realização devido a divergências entre o Governo angolano e a família de José Eduardo dos Santos.

Um acordo recentemente alcançado entre as partes prevê que o ex-Presidente da República de Angola seja enterrado em Angola mas só depois das eleições gerais, previstas para o próximo mês. ANG/JD/ÂC//SG

                       Itália/PM  apresenta demissão ao chefe de Estado

Bissau, 21 Jul 22 (ANG)- O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, apresentou formalmente a demissão ao chefe de Estado, após ter perdido o apoio da coligação que o apoiava. 

O anúncio foi feito em comunicado oficial, citado pela Reuters, depois de, esta manhã, no parlamento italiano, Draghi ter anunciado que ia comunicar a sua decisão final a Sergio Mattarella, ainda que sem dizer qual. 

Mattarella ter-lhe-á pedido que se mantenha em funções, mas não foi confirmado se o parlamento será ou não dissolvido nem quando serão realizadas eleições antecipadas.

O governante apareceu esta quinta-feira, na Câmara dos Deputados, onde agradeceu e recebeu grandes aplausos. Seguidamente visivelmente emocionado, referiu: “Às vezes, até o coração dos banqueiros bate…”, disse o ex-governador do Banco Central Europeu, lembrando a piada sobre o coração “nunca usado” dos banqueiros.

De seguida anunciou que "perante a votação de quarta-feira, peço a suspensão da sessão para ir ter com o presidente da República e comunicar a minha decisão".

Esta decisão é comunicada após os três parceiros da coligação governamental terem retirado o apoio ao primeiro-ministro durante uma moção de censura, no Senado, em Roma. 

Itália abre assim o novo processo eleitoral, com eleições previstas para Outubro, mas ainda sem data confirmada.

Recorde-se que, quarta-feira, Draghi tinha manifestado vontade de reverter a decisão de se demitir, mas não a qualquer custo. Na altura, enumerou os sucessos dos últimos 17 meses, expôs as reformas que considera indispensáveis e os temas em que podia ceder, sublinhou também a necessidade de obter dos seus parceiros políticos uma lealdade verdadeira, que não desapareça “perante medidas impopulares”.

Disse ainda que o fez devido ao forte apoio popular recebido e à enorme pressão internacional, que o lembrou da relevância que a Itália havia adquirido em questões como a guerra na Ucrânia e os compromissos que tinha com a União Europeia. 

Porém os partidos de direita que faziam parte da coligação que apoiava o governo, nomeadamente a extrema-direita, da Liga, de Matteo Salvini e a Força Itália, de Silvio Berlusconi consideraram que este era um cenário muito propício para vencer eleições e derrubaram o primeiro-ministro. ANG/Angop

 


Desporto-futebol
/Tigres de São Domingos vence Clube Desportivo e Recriativo de Gabú por 1-0 e sagra-se campeão nacional da segunda divisão

Bissau, 21 Jul 22 (ANG) – Os Tigres de São Domingos da Séria “A”, venceram quarta-feira o Clube Desportivo e Recriativo de Gabú (CDRG) da Séria “B”, por 1-0, na jornada que encerra a prova da Guiness Bola, e sagra-se capeão nacional da segunda divisão da época 2021/22.

As duas equipas foram as vencedores das suas respectivas Séries, da prova da Guiness Bola, razão pela qual disputaram a grande final no Estádio Lino Coreia, onde Os Tigres de São Domingos acabaram por vencer e sagrando assim campeão em título das provas da Guiness Bola.

A grande final contou com a presença do Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), Carlos Alberto Mendes Teixeira (Caito),  o Presidente da Liga Guineense dos Clubes de Futebol Dembo Sissé, e alguns membros das duas instituições.

Em declarações à imprensa no final do jogo, o técnico da formação dos Tigres de Fronteira de São Domingos, Noar António dos Santos, dedicou a vitória às mulheres bideiras do sector, pelo apoio prestado à equipa durante toda a época desportiva, e em segundo lugar dedicou o mesmo trofeu à toda a equipa do Norte da Guiné-Bissau..

Noar António dos Santos prometeu trabalhar, com muito rigor, para obter bons resultados na primeira liga respeitando sempre os adversários.

Por seu turno, o Treinador de Gabú Calilo Mané, apesar de criticar a atuação do juíz da partida  reconheceu a derrota.

As duas finalistas vão actuar e estar entre as 16 equipas que irão disputar a próxima época desportiva da primeira liga de futebol guineese.

Eis a tabela classificativa da primeira liga de futebol que recentemente encerou com a vitória de Sport Bissau e Bissau.

Tabela Classificativa:

1º -SB Benfica-62 pts                                                                    9º-Portos-36 pts

2º -SC Guiné-Bissau-61 pts                                                         10º-Pelundo-35 pts

3º -FC Canchungo-52 pts                                                            11º-Bafata-34 pts

4º -FC de Sonaco-46 pts                                                               12º-Bissorã-33 pts

5º -FC de Cuntum-45 pts                                                              13º-Pefine-31 pts

6º -Bal Mansoa-44 pts                                                                   14º-Binar-31pts

7º -UDUB-41 pts                                                                             15º-Nhacra-30 pts

8º -Mas Cacine-36 pts                                                                   16º-Cupelum-28 pt

Tendo em conta a má época desportiva apresentada pelas formações de Arados de Nhacra e Cupelum FC, as duas equipas desceram de divisão, contrariamente aos Tigres de São Domingos e Clube Desportivo e Recriativo de Gabú que marcarão presença na primeira liga de futebol, na próxima época desportiva. ANG/LLA/ÂC//SG   

 

   

 

Clima/EUA destinam 2.250 milhões de euros para combater efeitos de alterações climáticas

Bissau, 21 Jul 22 (ANG) - Os Estados Unidos vão disponibilizar 2.250 milhões de euros para o combate ao calor extremo e outros efeitos nocivos das alterações climáticas, anunciou na quarta-feira à Lusa o presidente Joe Biden.

“Como presidente, tenho a responsabilidade de agir com urgência quando a nossa nação enfrenta um perigo claro", realçou o chefe de Estado norte-americano, enquanto visitava uma antiga central de carvão em Massachusetts que brevemente irá fabricar tecnologia que permite levar electricidade de parques e torres eólicas “offshore” para as cidades.

A medida faz parte de um conjunto de acções executivas perante a crise climática, que Biden foi forçado a tomar depois do senador democrata Joe Manchin se ter recusado a aprovar na semana passada um ambicioso pacote legislativo que incluía biliões de dólares em “investimentos verdes”.

"Já que o Congresso não vai lidar com essa emergência, eu vou", assegurou Joe Biden durante o seu discurso, em que focou as oportunidades económicas que a transição energética trará ao país.

Os fundos serão usados para "ajudar as comunidades a aumentar a sua resiliência perante um amplo conjunto de efeitos do clima, incluindo ondas de calor, que são particularmente proeminentes", explicou aos jornalistas um alto funcionário do governo norte-americano.

Além dos recursos, que serão processados através da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA), a Casa Branca ampliará o programa de assistência energética para famílias com baixos rendimentos, que anteriormente apenas servia para fornecer ajuda de aquecimento no inverno.


A ampliação deste programa fará com que as comunidades mais vulneráveis possam aproveitar essa ajuda para financiar a instalação de ar condicionado, e os estados poderão construir "centros de refrigeração" para que os cidadãos possam se refrescar.

Além disso, as autoridades vão habilitar uma nova área para construir parques eólicos “offshore” no Golfo do México, que se juntarão às costas já habilitadas no noroeste do país, e irão promover ainda a construção de parques eólicos na costa nordeste.

O anúncio de Biden surge num momento em que a Europa enfrenta uma onda de calor histórica que está a estabelecer novos máximos de temperatura no Reino Unido e a contribuir para incêndios florestais de grande dimensão em Portugal, Espanha e França.

O governo norte-americano destacou na terça-feira que os novos máximos de temperatura registados na Europa demonstram a necessidade de acção climática, comprometendo-se a "fazer a sua parte" apesar das contrariedades a nível legislativo e judicial nos Estados Unidos.

Depois de derrotar Donald Trump, céptico sobre alterações climáticas, nas eleições presidenciais de 2020, Biden estabeleceu novas ambições nesta área para os Estados Unidos, a maior economia do mundo e o segundo maior emissor de gases de efeito estufa.

Os Estados Unidos disseram que reduzirão as suas emissões de gases de efeito estufa em 50% a 52% até 2030, em comparação com 2005.

O enviado da Casa Branca para as alterações climáticas, John Kerry, referiu à AFP que o seu país está determinado a cumprir as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, apesar de uma recente decisão desfavorável do Supremo Tribunal.

"Estamos determinados a atingir os nossos objectivos. Podemos atingi-los", declarou em 02 de Julho, um dia depois do muito conservador Supremo Tribunal ter decidido limitar fortemente o poder do Estado federal na luta contra o aquecimento global.
Os cientistas garantem que já faltam poucos anos para se conseguirem evitar a subida do aquecimento para níveis tais cujas consequências anunciam dramáticas.ANG/Angop

 

Função Pública/Mais de 22 mil  funcionários efectivos foram recenseados na primeira fase do processo

Bissau, 21 Jul 22 (ANG) – O Ministério da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social recenseou 22.318 funcionários efetivos, num total previsto de 25.522, na primeira fase do processo.

A revelação é do titular do referido Ministério,  Cirílo Mamasaliu Djaló, em conferência de imprensa realizada, quarta-feira,  em jeito de balanço da primeira fase de recenseamento de raíz de todos os servidores públicos.

Segundo o ministro, em consequência dessa primeira fase de recenseamento o Tesouro Público registou de poupança mais de 500 milhões de francos cfa.

“O recenseamento foi feito, porque na verdade temos uma situação de excesso de funcionários na Administração Pública”, disse Mamasaliu Djaló.

O governante sublinhou que uma das situações de irregularidades que levou a necessidade de se fazer o recenseamento de raíz é que no quadro de convergência de União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA), a Guiné-Bissau tem 21 funcionários para mil habitantes, quando  o admissivel é de apenas sete funcionários por mil.

Cirilo Djaló acrescentou que a Guiné-Bissau também não está a cumprir as medida de convergência da UEMOA referente a massa salaria/receitas públicas.

Disse que a massa salarial guineense representa  mais de 85 por cento das receitas fiscais, o que diz ser “anormal”.

Djaló afirmou que o recenseamento tem como finalidade controlar melhor os servidores públicos e   permitir a  criação da nova base de dados, a única que servirá tanto para a Função Pública assim como para as Finanças

“Só os que a Função Pública registou é que as Finança vai pagar os salários”, vincou..

Acrescentou ainda que, o recenseamento permitirá eliminar as irregularidades que existem na folha de salário, de forma a obter melhor funcionamento e com mais credibilidade.

O ministro garantiu que a partir da próxima semana de Julho corrente, vão abrir possibilidade de reclamações para os que recensearam, frisando que, mas por um ou outro motivo tiveram bloqueios.

De recordar que a  primeira fase do recenseamento iniciou no dia 28 de Março do corrente ano e terminou na primeira semana de Julho em curso. 

“Faltam  recensear 2552  sargentos e soldados, pessoal de Embaixada e funcionários de Assembleia Nacional Popular”, informou aquele responsável.ANG/AALS/ÂC//SG

 

 

                     G20/África quer entrar  e apoio igual ao da pandemia

Bissau, 21 Jul 22 (ANG) - Os ministros das Finanças africanos defenderam quarta-feira uma nova emissão de Direitos Especiais de Saque pelo FMI, a entrada permanente para o G20 e o fim das sanções para as exportações de cereais para África.

Numa carta enviada aos ministros das Finanças do G20, que reuniram-se em Bali (Indonésia) na semana passada, os ministros africanos da pasta, em conjunto com a Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), fizeram um apelo aos 20 países mais industrializados do mundo relativamente a mais alívio da dívida e pintaram um cenário muito negro sobre as condições económicas dos países africanos.

"O G20 tem de urgentemente mobilizar todos os mecanismos disponíveis de financiamento para salvar vidas e fortalecer a estabilidade financeira e social; não podemos ser mais claros sobre a urgência com que temos de lidar com a crise alimentar, e pedimos um apoio imediato de liquidez igual à resposta global durante a pandemia de covid-19 para ajudar a apoiar as nossas economias", lê-se na carta enviada aos líderes do G20, e a que a Lusa teve acesso.

Assinada pelos ministros das Finanças do Senegal, Egipto e Ghana, a missiva deixa clara a urgência do pedido de ajuda e lembra que a situação de crise no continente "não é o resultado de más decisões macroeconómicas por parte dos países africanos", mas sim o resultado de três crises sucessivas: covid-19, aumento dos preços dos alimentos, fertilizantes e energia e subida das taxas de juro, o que tem um impacto muito significativo na dívida e no enfraquecimento das moedas africanas.

"Os preços dos fertilizantes subiram e a falta de disponibilidade ameaça provocar uma crise alimentar ainda mais a curto prazo, já que muitos agricultores precisam de reduzir o uso de fertilizantes porque não têm dinheiro para os comprar ou eles não estão disponíveis", dizem os ministros, acrescentando que "numa altura em que os países precisam de gastar mais, não têm os recursos necessários para os fazer, o que faz com que os ganhos de décadas de desenvolvimento em África estejam ameaçados e o desespero sentido por milhões de pessoas pode levar a agitação social".

Assim, os governantes africanos defendem uma nova emissão de Direitos Especiais de Saque por parte do FMI, no valor de 650 mil milhões de dólares (637 mil milhões de euros), que se juntam aos 650 mil milhões já emitidos no ano passado, e uma extensão do alívio da dívida.

"Pedimos aos membros do G20 que prolonguem a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI) por mais dois anos e reescalonem o pagamento de juros por mais cinco anos; a DSSI criou um espaço orçamental de 12,9 mil milhões de dólares [12,7 mil milhões de euros] para os países necessitados, e um adiamento destes pagamentos daria espaço aos países para gerirem esta crise emergente e tratar das obrigações do serviço da dívida de forma mais ordenada", escrevem os governantes.

Defendendo um alargamento dos credores que participam no Enquadramento Comum para além da DSSI, para incluir os credores comerciais, os ministros escrevem ainda que este mecanismo deve ser alargado a um conjunto maior de países, incluindo os "endividados de médio rendimento".

Além de uma aceleração do processo de transmissão dos DES que os países mais ricos receberam, e que prometeram canalizar para os mais pobres no valor de 100 mil milhões de dólares (98,1 mil milhões de euros), apesar de terem entregue menos de metade, a carta pede ainda o fim das sanções sobre as exportações para África.

"Pedimos ao G20 para trabalhar na reintegração dos cereais ucranianos e dos cereais e fertilizantes russos nos mercados mundiais e garantir que nenhuma parte que comercialize estes produtos, especialmente com destino a África, tenha sanções", escrevem.

O último pedido é a entrada permanente no G20, com o argumento de que o continente alberga 17 por cento da população mundial e tem um PIB combinado de 2,7 biliões de dólares [2,6 biliões de euros], sendo o oitavo bloco mundial: "Ter África como membro através da União Africana vai fortalecer o G20", concluem. ANG/Angop