quarta-feira, 13 de março de 2024

Varsóvia/Alemanha, França e Polónia reúnem-se de emergência para discutir Ucrânia

Bissau, 13 Mar 24 (ANG) – Polónia, França e Alemanha vão reunir-se numa cimeira de emergência na sexta-feira,, em Berlim para discutir a situação na Ucrânia, anunciou o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.


“Na sexta-feira, estarei em Berlim com o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, para discutir a situação”, disse Tusk numa entrevista ao canal público de televisão TVP Info, na terça-feira à noite.

Tusk e o Presidente polaco, Andrzej Duda, foram recebidos em Washington, na terça-feira, pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, cuja administração, apesar de um bloqueio no Congresso, anunciou uma nova ajuda militar a Kiev.

A cimeira tripartida terá lugar numa altura em que as relações franco-alemãs parecem ter sido enfraquecidas por divergências sobre a Ucrânia, segundo a agência francesa AFP.

A Polónia, um dos mais fortes aliados de Kiev, tem apelado repetidamente aos parceiros ocidentais para aumentarem as despesas com a ajuda militar para combater a invasão russa.

A Assembleia Nacional francesa aprovou, na terça-feira à noite, um acordo de segurança recentemente concluído entre Paris e Kiev, apesar das abstenções da extrema-direita e da oposição da esquerda radical.

No debate, o Governo francês advertiu que uma vitória russa na Ucrânia seria um cataclismo.

O acordo de 10 anos inclui o aumento da cooperação militar, nomeadamente nos domínios da artilharia e da defesa aérea.

Com o novo governo pró-europeu chefiado por Tusk, a Polónia procura reforçar a cooperação com Berlim e Paris face a Moscovo.

“Na minha opinião, estas três capitais têm a tarefa e o poder de mobilizar toda a Europa” para fornecer nova ajuda à Ucrânia, disse Tusk.

A Polónia gasta atualmente 4% do Produto Interno Bruto (PIB) no reforço dos sistemas de defesa, o que representa o dobro do que a NATO pede aos Estados-membros.

Os Estados Unidos aprovaram um acordo de armamento com a Polónia na terça-feira, que prevê a venda a Varsóvia de mísseis ar-terra de longo alcance e mísseis ar-ar de médio alcance.

O contrato tem o valor de 3,5 mil milhões de dólares (1 dólar equivale a 834,50, ao câmbio atual).

A Polónia é membro da NATO e tem fronteiras, entre outros países, com a Ucrânia, a Bielorrússia (aliada da Rússia), e o enclave russo de Kaliningrado, situado no Báltico.

No passado, a Polónia esteve sob controlo russo e receia que, se a Rússia vencer na Ucrânia, possa vir a atacar outros países numa região que Moscovo considera ser a sua esfera de interesses.

A Ucrânia tem contado com o apoio dos aliados ocidentais em armamento e financiamento desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de Fevereiro de 2022.

Kiev lançou uma contra-ofensiva em Junho de 2023 com pouco sucesso e enfrenta atualmente uma nova ofensiva russa no leste.

As autoridades ucranianas têm criticado as hesitações e os atrasos dos aliados no fornecimento de armamento.

Desconhece-se o número de baixas civis e militares em mais de dois anos de guerra, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que serão elevadas. ANG/Angop

 

ONU/Borrell homenageia Guterres e defende que o mundo estaria "ainda pior" sem a ONU

Bissau, 13 Mar 24(ANG) - O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, apoiou hoje o secretário-geral da ONU, António Guterres, "diante das muitas acusações e ataques que vem sofrendo", e defendeu que o mundo poderia estar "ainda pior" sem as Nações Unidas.

Na reunião anual do Conselho de Segurança sobre o reforço da cooperação entre a União Europeia (UE) e as Nações Unidas, Borrell saiu em defesa da Organização que reúne 193 Estados-membros, lamentando que a sua Carta fundadora seja "desrespeitada, distorcida e sequestrada todos os dias".

"O estado do mundo é profundamente preocupante. Mas poderia ser ainda pior se não tivéssemos as Nações Unidas, que, através da sua Carta, continuam a ser uma bússola inafundável para a nossa humanidade", defendeu o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros.

"Mas a ONU está aqui. Com todos os homens e mulheres que trabalham para esta organização, entre eles, o secretário-geral, e a quem hoje gostaria de prestar uma homenagem, apoiando-o diante das muitas acusações e ataques que vem sofrendo", acrescentou Borrell.

Nos últimos meses, Guterres tem sido duramente criticado pelas autoridades israelitas, que têm pedido repetidamente a demissão do líder da ONU depois de este ter afirmado que os ataques do grupo islamita Hamas, em 07 de outubro, "não aconteceram no vácuo", salientando que o povo palestiniano "é sujeito a uma ocupação sufocante há 56 anos".

Na reunião de hoje, Borrell aproveitou também para defender a agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA), que viu o seu financiamento parcialmente cortado após Israel acusar alguns dos seus funcionários de envolvimento no ataque do Hamas, que desencadeou o conflito em curso na Faixa de Gaza.

O chefe da diplomacia europeia frisou que as acusações feitas por Israel a funcionários da ONU devem ser "provadas", sendo que neste momento "são apenas acusações".

"A UNRWA existe porque existem refugiados palestinianos. Não é um presente para os palestinianos, mas uma resposta às suas necessidades", recordou Borrell, classificando a agência como a "última tábua de salvação para muitas pessoas" em Gaza.

"Só existe uma maneira de fazer desaparecer a UNRWA: tornar esses refugiados cidadãos de um Estado palestiniano que coexista com um Estado israelita", disse, frisando que "muito se tem falado sobre uma solução de dois Estados, mas sem nenhuma tentativa séria de torná-la realidade".

 Borrell lembrou que são necessárias medidas concretas para se chegar a uma solução de dois Estados, com base em três princípios: separação clara entre os dois, garantias de segurança e integração regional.

Além da guerra em Gaza, onde acredita que Israel não está a respeitar o Direito internacional e onde a "fome está a ser usada como arma de guerra", Borrell abordou também o conflito da Rússia na Ucrânia, salientando que resultou de uma “violação flagrante do direito internacional por parte de um membro permanente do Conselho de Segurança”.

"Desde o início desta guerra, que constitui um ataque à Carta das Nações Unidas, a UE tem demonstrado a sua total solidariedade para com a Ucrânia e concedido ajuda económica, financeira e militar excecional", constatou.

"Este apoio, simbolizado pelo compromisso de tornar a Ucrânia membro da União Europeia, continuará porque não se trata simplesmente de preservar um princípio fundamental do Direito internacional, que é a integridade territorial dos Estados estrangeiros, mas também reflete a determinação europeia de nos protegermos contra o perigo que a Rússia representa agora para a nossa paz e segurança", justificou Borrell.

O chefe da diplomacia europeia salientou ainda o forte envolvimento que a UE mantêm em várias regiões do mundo, desde o Haiti ao Sudão, da Somália ao Sahel, passando pelo Afeganistão e Myanmar (ex-Birmânia).

"O forte apoio da UE à ONU reflete-se em números: somos o maior contribuinte financeiro da ONU. E o maior fornecedor mundial de ajuda humanitária. Não somos apenas pagadores: somos parceiros estratégicos e trabalhamos juntos em 25 crises, na mediação da paz e no apoio ao diálogo", sustentou Borrell. ANG/Inforpress/Lusa

 

Gaza-Israel/ União Europeia denuncia o uso da fome "como arma de guerra"

Bissau, 13 Mar 24 (ANG) - A comunidade internacional multiplica formas de enviar ajuda à população de Gaza à beira da fome e continuamente debaixo dos bombardeamentos de Israel.

 Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, denuncia o uso da fome "como arma de guerra".

Sem trégua ou cessar-fogo à vista e com a ajuda por via terrestre, controlada por Israel, a entrar em Gaza a conta-gotas, vários países e a União Europeia decidiram optar por vias alternativas, mar e ar, para fazer chegar a ajuda à população de Gaza à beira da fome.

O navio da ong Open Arms partiu esta manhã do Chipre, do porto de Lacarna,  a cerca de 370 quilómetros de Gaza, mas deve demorar "vários dias" para chegar ao largo do enclave. O barco transporta cerca de 200 toneladas de alimentos, arroz, farinha e conservas para a população. Sob bloqueio terrestre, aéreo e marítimo israelita há dezesseis anos, Gaza não possui nenhum porto, o que vai dificultar a operação logística de desembarque do navio humanitário. 

Os alimentos transportados pelo Open Arms suscitam de tal forma esperança para os habitantes de Gaza, que alguns se encontram desde domingo na praia, no sul da cidade de Gaza, à espera do navio. 

Paralelamente, vários países continuam a lançar pára-quedas com pacotes alimentares sobre Gaza. É uma corrida contra o tempo para evitar a fome que ameaça os 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza. A ONU lembra contudo que estas operações, com logística complexa, "não podem substituir a via terrestre”.

Na Faixa de Gaza, a situação é caótica. Além dos bombardeamentos constantes de Israel, o colapso da autoridade do Hamas abre caminho para a anarquia. Neste momento, há relatos de gangues que assumem o controlo dos pacotes alimentares lançados de pára-quedas e vendem-nos a preços elevados à população.

Nas últimas 24 horas, pelo menos 88 pessoas morreram nos bombardeamentos israelitas, que atingiram principalmente o sul da Faixa de Gaza, indicou esta quarta-feira o Ministério da Saúde do Hamas.

No sexto mês da guerra desencadeada por um ataque sangrento do Hamas contra Israel, o número de mortos continua a aumentar em Gaza, com 31.272 mortos, na maioria civis, desde 07 de Outubro, e a situação humanitária continua a piorar, com a ONU a alertar para um cenário de "fome generalizada".

Segundo a agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA), foram mortas mais crianças na Faixa de Gaza em quatro meses de guerra com Israel do que em quatro anos de conflitos em todo o mundo. ANG/RFI

GTAPE/Diretor-geral promete empenho para cumprimento da data de início do processo de atualização dos Cadernos Eleitorais

Bissau,13 Mar 24(ANG) – O Diretor-geral do Gabinete de Apoio ao Processo Eleitoral(GTAPE), declarou, esta quarta-feira,  que a instituição que dirige está empenhada em cumprir a data de 25 de Março, marcada para o arranque do processo de atualização dos Cadernos Eleitorais, em todo o território nacional.

Gabriel Gibril Baldé falava hoje à imprensa após um  encontro , no seu gabinete de trabalho, com o Oficial Político da Embaixada dos Estados Unidos de América, Sean Elliot.

“Estamos a trabalhar de facto para poder cumprir  os calendários estipulados, não obstante alguns  ligeiros obstáculos, em termos de compromissos assumidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento(PNUD), cujos fundos  ainda não foram desbloqueados”, disse.

Sobre o  encontro com o Oficial Político da Embaixada dos Estados Unidos de América, o Diretor-geral do GTAPE sublinhou que pediram-lhes uma audiência parasse  inteirar do andamento do processo, como é que a instituição funciona, as dificuldades e promessas de apoios bem como as relações com a Comissão Nacional de Eleições(CNE).

Gabriel  Baldé disse  apresentaram a missão dos  EUA a  necessidade de se  adquirir um novo servidor “Becap”, tendo em conta que o GTAPE como instituição com maior número de dados dos cidadãos não pode continuar com um “servidor vulnerável”.

Referindo-se à alguns atrasos que estão a verificar-se, nomeadamente o início da campanha de educação cívica, que devia arrancar um mês antes da operação de atualização dos cadernos eleitorais,  Baldé disse  que o pacote de comunicação e sensibilização devia ser o primeiro componente do processo.

“Mas esse pacote foi retirado do orçamento aprovado pelo Governo e passa a ser assumido, na íntegra, pelo PNUD. Assim sendo vamos aguardar embora com   atrasos que se verificam”, frisou.

O processo de atualização dos Cadernos Eleitorais devem decorrer entre  25 de Março e 25 de Maio em todo território nacional e de 25 Maio á 25 de Junho na diáspora. ANG/ÂC//SG

Desporto-Boxe/Pugilistas Milanca e Érica desafiam as raparigas a abraçarem a modalidade

Bissau,13 Mar 24(ANG) – As  pugilistas guineenses, Eriquinha Ussumane Mendes e Milanca Figueiredo, ambas professoras no Ginásio DaKosta-Dojo pretendem desafiar os jovens, em particular as raparigas, para abraçarem a modalidade de boxe no país.

Em entrevista exclusiva à ANG, Milanca Figueiredo disse que antes era praticante de basquetebol, e que o boxe nunca lhe passou pela cabeça.

Disse que  começou a ter  paixão pela   modalidade através de um colega que lhe apresentou ao proprietário do ginásio Dojó,
Adelino da Kosta, que lhe  anunciou que precisavam de senhoras para treinar.

“Daí, fui de imediato, porque tenho paixão pelo desporto, não só para o domínio de técnicas, mas também  para preservar a minha saúde. E a partir de setembro de 2022 iniciei os meus treinos”, disse.

Milanca Figueiredo disse que, realmente, o boxe é um desafio difícil para as raparigas na sociedade guineense.

“Na nossa sociedade, quando digo a alguém que sou praticamente de boxe,  sempre questiona se vou conseguir, tendo em conta que é um desporto muito duro para a camada feminina, e quanto mais para mim com uma estatura física  baixa”, referiu.

Aquela desportista contou  que decidiu agarrar a modalidade para demonstrar a sociedade  que não conta o género, quando se  pretende fazer algo.

“Em qualquer tipo de desporto  ou trabalho no  mundo, não conta a questão de  ser homem nem mulher , nem magro ou gordo . Depende da vontade da pessoa e o empenho do seu instrutor para  fazer-lhe aprender”, salientou.

 Milanca Figueiredo sustenta  que não adianta uma pessoa ter a vontade de aprender uma certa coisa se o seu instrutor não a tenha, porque acaba por se criar uma certa desmotivação.

Questionada sobre como consegue articular  os treinos e a tarefa de casa, reconheceu que  é difícil essa situação, acrescentando que, as vezes acaba por suprimir alguns trabalhos de casa tendo em conta que tem que ir aos treinos de manhã, ir as aulas à tarde, o que diz ser difícil.

“Mas é o caminho que escolhi, independentemente de ser difícil ou fácil, cabe a mim saber organizar a minha agenda diária, de forma a conciliar tudo. E graças a Deus tenho famílias que me apoiam em algumas tarefas”, disse.

Questionada sobre se não há descriminação quando treinam os homens no ginásio, respondeu que sim, as vezes acontece, frisando que na última vez um cliente  chegou de lhe menosprezar por ser rapariga e além de mais franzina.

Érica Ussumane Mendes disse que como mulher,  abraçar a carreira de pugilista foi uma decisão muito difícil da sua vida, salientando que, graças ao apoio do proprietário do ginásio conseguiu superar todos os obstáculos e que agora já está a trabalhar e a ganhar algo para o sustento da sua vida.

“Nada é fácil no mundo, o importante é  crer e saber lutar para o conseguir”, disse a Erica, para quem os treinos servem  não só para manter a saúde física mas também mental. ANG/ÂC//SG

Ambiente/Ministro anuncia  revisão do quadro jurídico sobre sacos de plástico

Bissau,13 Mar 24 (ANG) – O governo, através do Ministério de Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática deve inciar, brevemente, o processo de revisão do quadro jurídico sobre sacos de plástico, alargando o seu âmbito para outros tipos de plásticos, prevendo novas medidas.

O anuncio foi feito hoje, pelo ministro da tutela do Ambiente  Viriato Luís Soares Cassamá, na cerimónia de abertura do Workshop sobre a poluição plástica, organizado pela União Internacional de Conservação da Natureza (UICN) e pelo Grid Arendal, em colaboração com o Ministério do Ambiente, da Biodiversidade e Ação Climática, no âmbito do Comité de Negociação Intergovernamental do Tratado Global contra poluição plástica.

Cassamá disse que o processo de revisão  será acompanhado por uma campanha de informação e  sensibilização, para se garantir  a   participação do público visando criar condições objetivas para a sua apropriação e aplicação.

“Em 2013, através do Decreto número 16/2013,  de 11 de Julho foi aprovado  o regime guineense de proibição de fabrico, importação e comercialização de sacos de plástico não biodegradáveis”, recordou Viriato Cassama.

Acrescenta que o cumprimento deste ato normativo está  àquem do desejado, não obstante  alguma melhoria registada desde a sua entrada em vigor.

O ministro de Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática reconhece que a poluição plástica é um problema global, cujo o comabte  requere o cumprimento dos  compromissos e obrigações  assumidos  no plano multilateral.

Disse que, cerca de 7  bilhões das  9.2 bilhões de toneladas de plásticos produzidas de 1950 a 2017 se tornaram  residios plásticos que acabaram em aterros sanitários, lixos no mar, citando  dados do Programa das Nações Unidas para o Ambiente.

Além disso, acrescenta, o  processo pode alterar os habitat e os processos naturais, reduzindo a capacidade dos ecosistemas de se adaptarem às alterações climáticas, afetando a subsistência de milhões de pessoas e capacidade de produção de alimentos e bem-estar social.

“De facto, a maneira como produzimos, usamos e descartamos plásticos, estamos a poluir os ecosistemas, cirando riscos para a saúde humana e destabilizar o clima planetário”, afirmou o ministro do Ambiente Biodiversidade e Ação Climática.

Por isso, Viriato Cassamá disse que urge  encontrar respostas  capazes de alterar a atual situação.

Para o efeito,  afirmou que a Guine-Bissau está empenhada, no plano interno e multilateral, em contribuir para a mudança do paradigma, que passa pela criação de instrumentos políticos e jurídicos realistas e sustentáveis.

O ministro do Ambiente, da Biodiversidade e Ação Climática agradeceu ao (AFRIPAC) -  o projeto do desenvolvimento de capacidade eficazes para tratado mundial sobre plásticos em África pela iniciativa de realizar o workshop no país. ANG/LPG//SG

 

Comunicação Social/MFWA organiza workshop  para monitorizar e relatar violações da ética jornalística

Bissau, 13 Mar 24 (ANG) - A Fundação  Media para a África Ocidental (MFWA), em colaboração com os atores dos media,  organiza entre 14 e 15 de Março um workshop de formação para monitorizar e relatar violações da ética por parte de jornalistas e de organizações de media na Guiné-Bissau.

Segundo um  comunicado à imprensa enviado à ANG, esta quarta-feira, o  objetivo da formação é aumentar a capacidade dos atores de media.

 Durante a formação os jornalistas vão identificar violações da ética e produzir  recomendações sobre formas de evitar tais violações.

 A inciativa se realiza no âmbito do projeto de reforço de media intitulado: “Promover a Liberdade dos Media e Acesso à Informação de Qualidade na Guiné-Bissau”, que está a ser implementado na Guiné-Bissau com financiamento da União Europeia.

Trata-se de um  projeto  de três anos, cujo o objetivo geral visa a garantia aos jornalistas e atores dos media da Guiné-Bissau, de segurança e proteção na produção de conteúdos jornalístiucos, eticamente apropriados, baseados em factos que promovam a coexistência pacífica, e que permitam o acesso público à informações de qualidade. ANG/JD//SG

Desporto-futebol/ Estrela Negra de Bolama defronta FC de Bubaque na primeira eliminatória da Taça da Guiné-Bissau

Bissau,13 mar 24 (ANG) – A equipa da Estrela Negra de Bolama joga a  primeiro  eliminatória da Taça da Guiné contra o  FC de Bubaque, revela a página da facebook da Federação de Futebol (FFGB).

O  sorteio da  primeira eliminatória de Taça da Guiné-Bissau realizou-se nas instalações da FFGB com 22 emblemas  que fazem parte do campeonato da II devisão.

As equipas qualificadas nesta primeira eleminatória vão se juntar as equipas da primeira devisão, na segunda eliminatória da Taça da Guiné-Bissau.

Eis os restantes jogos da II divisão sorteados para a primeira jornada da eliminatória da Taça da Guiné-Bissau:

FC Cupelum /Fidjus de Bideira

Ajuda Sport Club/ Estrela Negra de Bissau

FC Cumura/Grupo DR Quelelé

Academia de Ingoré/ Vitória Club de Cacheu

Atl. Club de Bissorã/ Lagartos de Bambadinca

FC Safim/ UDR Ondame

Massaf FC Cacine/Estrelas de Cantanhez

Estrela Negra de Bolama/ FC Bijagós

Hafia FC Bafata/ Sport Club de Pitche

Club DR Farim/ ADR Mansaba

FC Quinara/ Djata FC de Fulacunda

ANG/LPG//SG

 

  Caso 6 bilhões / Coletivo de advogados  pede libertação dos suspeitos

Bissau, 13 Mar 24 (ANG) - O coletivo dos advogados do ex- ministro da Economia e Finanças Suleimane Seidi e do Secretário de Estado de Tesouro António Monteiro pedem, em nome dos direitos fundamentias, a libertação imediata dos suspeitos enquanto se guarda por posteriores termos do processo.

O pedido foi tornado público hoje, em conferenecia de imprensa, realizada pelo porta-voz do coletivo da defesa dos suspeitos, Luís Vaz Martins, em jeito de reação ao adiamento do julgamento sem data.

Disse que o despacho que adia o julgamento viola, de forma transversal e flagrante, os dispostos art 215, 216 e 227 do código do processo penal.

“Art 227 do código penal, que fala do adimento da data  para julgamento, indica impossibilidade de constituição do tribunal,incumprimento de diligências referidos no art 220 sobre Cartas Pregatórias como fundamentos para adiar o julgamento, mas não é o caso”, disse Martins, justificando a sua afirmação com presença do Ministerio Público, dos três juízes,de  testemunhas,de  suspeitos e da defesa.

Disse que se o motivo era permitir o pronunciamento do Ministerio Público deveria fixar um prazo para obter a sua reação, em relação aos elementos invocados pela defesa.

Luís Vaz diz que o argumento invocado para o adiamento do julgamento tem a ver com a notificação do Ministério Público de um “Incidente de Inconstitucionalidade”, suscitado pela defesa, e questiona  o porquê de    agora, no dia do julgamento, é que se procedeu a notificação.

Disse que  o referido documento deu entrada juntamente com constestações da  defesa dos suspeitos , à   26 de Fevereiro de 2024.

“O Incidente de Inconstitucionalidade deve-se ao fato de o Gabinete de Luta Contra Corupção e Delitos Económicos que investigiou, recolheu provas e acusou o processo não existisse, do ponto de vista da Lei Orgânica do Ministerio Público, ou seja, não se pode sustentar um processo através de um orgão que não existe”,afirmou Luís Vaz Martins.

Por isso, acrescenta, o  coletivo considerou a situação uma violação flagrante de  todas as estruturas da Constituição da República e do processo, defendendo a anulação e sem efeito  de todos os atos praticados até aqui ou seja “o processo deixará de existir”.

“Evitamos de mediatizá-lo desde início, apesar de várias irregularidades que caraterizam o processo. Irregularidades caraterizadas pela violação do princípio do Segredo da Justiça, mas também   por acreditar que  a justiça deve ser  feita nos tribunais e apenas pelos seus intervenientes”, sustentou.

Luís  Martins diz acreditar  que o processo será orientado  para a descoberta daquilo que é a  verdade material, sobretudo da parte dos magistrados titulares do processo,  que não serão  condicionados por agentes externos ao processo.

Acusou o Ministério Público, através do Gabinete de Luta Contra Corupção e Delitos Económicos de nunca ter respeitado  os princípios que norteiam o Segredo da Justiça,porque assistiu-se o vazamento sistemático de informações consideradas sigilosas, que só quem tem acesso aos autos pode ter.

O mais grave de tudo,  de acordo com Luís Vaz, é que os delegados do Ministério Público junto do tribunal de primeira instância foram chamados a intervir neste processo à margem da Lei Orgânica dos Tribunais Judicias.

Segundo o advogado, o art 70 da Lei Orgânica dos Tribunais determina que a representação do Ministério Público nos tribunais é feita: no Tribunal de Relação, pelos procuradores-gerais adjuntos e da República e não pelos delegados do Ministério Público.

 “Nos fomos comunicado no dia do julgamento, no tribunal que compete julgar este  processo,através de uma notificação, de que o julgamento  seria adiado (sine die). O  juiz tinha a abrigação de abrir a sessão, cumprir com todas as formalidades e nos comunicar os motivos de adiamento e permitir a apresentação do contraditório de  diferentes intervinientes no processo”disse.

O porta-voz do coletivo criticou que os suspeitos estão  detidos há 100 dias, e que o fundamento que sustenta a prisão preventiva é  o risco de perturbar a investigação, mas que o processo já tem acusação definitiva, e em fase de julgamento.

“Apresentamos alteração da medida preventiva através de um requerimento para obrigação de apresentação periódica, até então, não houve qualquer pronunciamentio sobre esse requeimento e nem temos a possibilidade de contrariar qualquer que seja fundamento para manter os suspeitos na prissão”, disse.

Luís Vaz disse que aguarda a indicação de uma nova data para julgamento, da parte do juiz.

“Temos profundos receios de que o adiamento do julgamneto se deve  a intervenção externa ao processo ou seja,  houve  Ordem Superior, porque os magistrados envolvidos neste processo sabem que não podem adiar o julgmaneto sem terem aberto a sessão”, afirmou.

Vaz Martins disse que os seus clientes correm o risco de continuarem  presos  à semelhança dos suspeitos da tentativa do golpe de Estado de 01 de Fevereiro.

“Este processo evidência a instrumentalização do poder judicial por uma “mão oculta, designada Ordem Superior”.ANG/LPG//SG

 

Finanças/FMI aprova quarta e quinta revisões do programa de ajustamento na Guiné-Bissau

Bissau,13 Mar 24(ANG) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou terça-feira, a nível técnico, a quarta e quinta revisões do programa de ajustamento na Guiné-Bissau, o que deverá permitir o desembolso de 8,2 milhões de dólares em maio.

"O corpo técnico do FMI e as autoridades da Guiné-Bissau chegaram a acordo técnico sobre as políticas económicas que poderão sustentar a quarta e quinta revisões do Programa de Financiamento Ampliado; quando a revisão for aprovada pela direção do FMI, a Guiné-Bissau terá acesso a mais 8,2 milhões de dólares [7,5 milhões de euros]", lê-se num comunicado enviado hoje à Lusa.

Na avaliação do programa que está em curso desde 30 de janeiro do ano passado, num total de quase 38 milhões de dólares (34,7 milhões de euros), entretanto aumentado para cerca de 47 milhões de euros, o FMI salienta que "o desempenho foi mais fraco do que o esperado, refletindo um ambiente económico e sociopolítico difícil", que se traduz também "num progresso da agenda de reformas com alguns atrasos".

O Governo, diz o FMI, está "firmemente empenhado na concretização das políticas que sustentaram o programa apoiado pelo FMI", num contexto em que "os desafios pela frente são significativos, e o contínuo apoio dos parceiros internacionais é crucial".

No final da visita virtual que decorreu desde o final de fevereiro até segunda-feira, o chefe da missão, José Gijon, afirmou que, "doravante, as autoridades enfrentam riscos importantes de curto prazo, incluindo os desafios na implementação das políticas devido ao clima desafiante sociopolítico e a limitações na capacidade", pelo que "melhorar a mobilização de recursos internos e fortalecer os controlos da despesa serão fundamentais para apoiar a consolidação orçamental e colocar a dívida pública numa firme trajetória descendente".

Para além disso, concluem, "as autoridades da Guiné-Bissau devem fazer esforços para mitigar os riscos orçamentais que surgem das empresas públicas, melhorar a gestão financeira e da dívida, e melhorar a governação", com a estabilidade política e o apoio internacional a terem um papel crucial.ANG/Lusa

 

terça-feira, 12 de março de 2024

Política/ Dirigentes do PRS exigem  realização de congresso extraordinário para legitimar órgãos do partido

Bissau, 12 Mar 24 (ANG) -  Um grupo de  dirigentes “inconformados” do Partido da Renovação Social  (PRS) volta a exigir  a marcação de uma data para a realização de um congresso extraordinário para legitimar os órgãos do partido.

A exigência  foi tornada pública, segunda-feira, em conferência de imprensa, pelo  porta-voz do grupo Francelino Cunha,que diz que a  figura de Presidente Interino não existe, a luz dos Estatutos do PRS.

Cunha afirma  que, com a morte do ex-Presidente, Alberto Nambeia, terminam os seus poderes e consequentemente caduca toda a sua estrutura, incluindo os seus vices e secretários-gerais.

 Por isso, diz que a figura do Presidente Interino é ilegal, porque não consta em nenhuma das disposições dos Estatutos do PRS, ou seja, não foi regulada a possibilidade da sua existência.

Francelino Cunha afirmou ainda que o Presidente Interino não pode representar o Partido interna e externamente.

“O PRS não poderá tomar parte no processo eleitoral (Eleições Legislativas e Presidenciais) se não realizar o seu congresso previamente”, advertiu o porta- voz do grupo dos  dirigentes inconformados do PRS.

Acrescenta  que, para além disso,  todos  os atos praticados pelo Presidente interino são inválidos, desde as nomeações, exonerações e pactos politicos assinados, “porque não produzem nenhum efeito jurídico, em virtude da sua inexistência jurídica”.


Segundo o porta-voz, 
os estatutos do PRS determinam a convocação de um congresso extraordinário em caso de falecimento do presidente do partido, para eleição de novo presidente.

Cunha revela que há quem decorde da  realização desse congresso, razão pela qual o grupo insurgiu “para salvar o Partido  e evitar que possíveis implicações nefastas venham a pôr em causa a subsistência desta formação política”.

Criticou que a atual situação do Partido é fruto de uma gestão política incompetente, incapaz, insuficiente, sem estratégia eficaz, descontrolada e geradora de profundo descontentamento, que  não é apenas potenciadora de mal-estar,como também provocou efeitos  negativos  profundos na coesão partidária.

Após a morte do presidente do PRS, Alberto M’Bunhe Nambeia, no dia 25 de Janeiro de 2023, o partido, através de uma resolução do Conselho Nacional, indijitou Fernando Dias da Costa para, interinamente, exercer as funções de presidente do partido, até a realização das eleições legislativas antecipadas de 04 de Junho de 2023.

Na semana passada, o Partido da Renovação Social entregou as resoluções do Conselho Nacional que decidira a continuidade de Fernando Dias na liderança dos renovadores até à realização do próximo congresso ao Supremo Tribunal de Justiça, para efeitos de anotações, mas este órgão indeferiu o pedido, alegando “vício de inexistência por falta de fundamento legal e estatutário”.

O PRS, a luz dos resultados das eleições legislativas de 04 de Junho passado(12 mandatos conquistados) representa a terceira maior força política da Guiné-Bissau.ANG/JD/LPG/ÂC//SG

 

           ONU/Guterres apela ao “silenciamento das armas” em Gaza

Bissau, 12 Mar 24 (ANG) - O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, aproveitou a ocasião do início do Ramadão nesta segunda-feira, (11), para reiterar o apelo para um cessar-fogo em Gaza, bem como à libertação dos reféns e ao fim dos obstáculos para a entrada de ajuda humanitária no enclave palestiniano.

António Guterres pediu o “silenciamento das armas” em Gaza “para honrar o espírito do Ramadão” que iniciou esta segunda-feira, lamentou ainda que apesar do início do Ramadão “as mortes, os bombardeamentos e a carnificina continuam em Gaza”.

Segundo fontes próximas do Hamas, pelo menos 67 pessoas foram mortas, nas últimas horas, na Faixa de Gaza, devido a novos bombardeamentos israelitas.

O secretário-geral da ONU apelou ainda à libertação dos reféns e ao fim dos obstáculos para a entrada de ajuda humanitária no enclave palestiniano

Um navio da ONG espanhola Open Arms, com 200 toneladas de alimentos, deveria ter saído o ontem do Chipre com destino a Gaza, mas a partida não foi até ao momento confirmada.

No plano diplomático, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje que o Presidente dos Estados Unidos "está errado", depois de Joe Biden ter afirmado que o primeiro-ministro israelita está "a prejudicar mais do que a ajudar Israel" ao não evitar a morte de civis na guerra contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

O Egipto está em contatos com o Hamas e Israel, bem como com os mediadores, numa tentativa de retomar as negociações por uma trégua na Faixa de Gaza durante o Ramadão, indicaram duas fontes de segurança egípcias à Reuters neste domingo. ANG/Angop

 

Haiti/ Primeiro-ministro apresenta demissão perante vaga de violência

Bissau, 12 Mar 24 (ANG, O Primeiro-ministro interino do Haiti, Ariel Henry, perante a vaga de violência e a pressão de grupos armados, que controlam entre 80% a 90% da capital, Porto Príncipe cedeu à pressão dos parceiros regionais do país e apresentou a sua demissão.

Ariel Henry estava bloqueado em Porto Rico desde a sua viagem ao Quénia, onde deveria abordar a vinda de uma força policial sob supervisão queniana.

O primeiro-ministro demissionário comunicou, à distância, a sua decisão e terá deixado indicações para uma transição pacífica do poder. "O governo que lidero não pode permanecer insensível a esta situação. Como sempre disse, nenhum sacrifício é demasiado grande para a nossa pátria, o Haiti", afirmou Airel Henry. 

"Saudamos a demissão do primeiro-ministro com a criação de um conselho presidencial de transição e a nomeação de um primeiro-ministro interino. Quero agradecer ao primeiro-ministro Henry por ter servido o país, pelos seus compromissos ao povo haitiano e peço que o aplaudam", declarou o Presidente da Guiana e da Caricom, Mohamed Irfaan Ali.

Esta segunda-feira, 11 de Março, os países das Caraíbas estiveram reunidos de urgência na Jamaica com representantes da ONU e de vários países, incluindo a França e os Estados Unidos, para tentar encontrar uma solução para o Haiti, assolado pela violência dos gangues e por uma crise de governação.

A demissão de Ariel Henry "veio abrir novas perspectivas porque até o dia da sua demissão, a situação estava bloqueada e a piorar", defende o professor haitiano radicado em França, Rafael Lucas. Questionado sobre a possibilidade do primeiro-ministro demissionário deixar a política haitiana e se manter nos Estado Unidos, Rafael Lucas acredita que Ariel Henry não vai ter "hipótese de voltar para o Haiti porque é um dos Presidentes mais impopulares que houve na história do Haiti. É até meio estranho que não tenha sido assassinado, como aconteceu com o Presidente Jovenel em 2021".

O professor haitiano radicado em França mostra-se céptico quanto à possibilidade do país organizar um escrutínio, numa altura em que grupos armados controlam o país. "É impossível organizar eleições num país em que os bandidos ocupam o Palácio de Justiça há três meses e em que também estão a ocupar quase 50% da capital. Eles estão muito bem armados, têm até carros blindados. Vai ser difícil. É uma nova Somália. Vai ser difícil restabelecer uma ordem institucional num caos desses".

Sem eleições desde 2016, o Haiti não tem nem Parlamento, nem Presidente. O último chefe de Estado, Jovenel Moïse, foi assassinado em 2021. A onda de violência protagonizada por grupos armados aumentou quando a 28 de Fevereiro se soube que Ariel Henry, que devia ter deixado o poder a 7 de Fevereiro, nos termos de um acordo de 2022, se tinha comprometido a realizar eleições no Haiti apenas em 2025.

No início deste mês de Março, Ariel Henry assinou em Nairobi um acordo para permitir o envio de uma força multinacional do Quénia para o Haiti. ANG/RFI

 

Moçambique/ Parlamento aumenta tempo do serviço militar obrigatório para cinco anos

Bissau, 12 Mar 24 (ANG) -  O período do serviço militar obrigatório vai aumentar de dois para cinco anos para as forças gerais e nas forças especiais de dois para seis anos. Esta é uma medida prevista na revisão da lei do Serviço Militar que foi aprovada em Dezembro e que deve entrar em vigor no mês de Junho.


O alargamento do período de serviço militar de dois para cinco anos para as tropas gerais e de dois para seis anos para as forças especiais é uma realidade que consta da nova lei do Serviço Militar", anunciou o diretor nacional de Recursos Humanos do Ministério da Defesa Nacional, o Coronel Jorge Delfim Leonel.

O ministro da Defesa anunciou esta segunda-feira que quase 281.000 jovens moçambicanos fizeram o recenseamento militar este ano, mais 1,7% face a 2023 e acima do planeado em todas as províncias.

"Este alargamento visa não só profissionalizar o militar durante o cumprimento da missão, mas também assegurar a retenção dos militares nos quadros das Forças Armadas de Defesa de Moçambique e melhorar a capacidade operativa destes militares quando forem solicitados", acrescentou.

A lei do Serviço Militar foi aprovada em sede da Assembleia da República e tem agora 180 dias para entrar em vigor. A lei deve entrar em vigor até ao mês de Junho.

Nos últimos meses, o Presidente moçambicano anunciou que iria tomar novas medidas sobre a capacidade de resposta das Forças Armadas em Cabo Delgado, nomeadamente com reservistas perante a possível retirada das forças estrangeiras do Ruanda e da SADC, que apoiam no terreno contra os grupos terroristas. ANG/RFI

          Senegal/ “Logística para as presidenciais está pronta”, diz PM

Bissau, 12 Mar 24 (ANG)- O novo primeiro-ministro senegalês, Sidiki Kaba, garantiu hoje aos jornalistas que a logística para as presidenciais de 24 de Março está pronta, apesar do curto espaço de tempo entre o anúncio da data e a votação.


O primeiro-ministro declarou ainda que cada um dos 19 candidatos tem direito à proteção de pelo menos dois agentes da polícia.

O Senegal atravessou mais de um mês de crise após o anúncio, em 03 de Fevereiro, pelo chefe de Estado, Macky Sall, do adiamento das eleições presidenciais inicialmente previstas para 25 de Fevereiro.

Após um período, que contribuiu para alarmar a opinião pública nacional e uma parte da comunidade internacional, a data das eleições foi fixada na semana passada para o dia 24 de Março, antes do termo do mandato de Macky Sall, em 02 de Abril.

O Presidente nomeou Sidiki Kaba para a chefia do governo para permitir que o anterior primeiro-ministro e candidato presidencial, Amadou Ba, possa fazer campanha.

A campanha eleitoral foi reduzida de três para duas semanas.

Sidiki Kaba admitiu à imprensa que havia "preocupações" entre os senegaleses.

"Gostaria de tranquilizar os senegaleses que o material eleitoral já está a ser distribuído", disse.

A administração eleitoral "enviou todo o material eleitoral para todo o país e para o estrangeiro", afirmou, acrescentando que os boletins de voto "já estão prontos".

Kaba, ministro do Interior até à semana passada, falava na cerimónia de passagem de testemunho ao seu sucessor à frente do ministério, Mouhamadou Makhtar Cissé, responsável pelo bom desenrolar da votação.

"O material já foi enviado, há ainda alguns pormenores a resolver (...) mas não estamos preocupados com isso", declarou o novo ministro do Interior.

Os dois responsáveis afirmaram que, por ordem do Presidente, cada candidato tinha direito à proteção de pelo menos dois membros da Brigada de Intervenção Polivalente (BIP), uma unidade policial.

Mouhamadou Makhtar Cissé avisou os intervenientes no escrutínio que as autoridades seriam intransigentes" com atos ou palavras violentas. ANG/Angop