Finanças/FMI aprova quarta e quinta revisões do programa de
ajustamento na Guiné-Bissau
Bissau,13 Mar 24(ANG) - O
Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou terça-feira, a nível técnico, a
quarta e quinta revisões do programa de ajustamento na Guiné-Bissau, o que
deverá permitir o desembolso de 8,2 milhões de dólares em maio.
"O corpo técnico do FMI
e as autoridades da Guiné-Bissau chegaram a acordo técnico sobre as políticas
económicas que poderão sustentar a quarta e quinta revisões do Programa de
Financiamento Ampliado; quando a revisão for aprovada pela direção do FMI, a
Guiné-Bissau terá acesso a mais 8,2 milhões de dólares [7,5 milhões de
euros]", lê-se num comunicado enviado hoje à Lusa.
Na avaliação do programa que
está em curso desde 30 de janeiro do ano passado, num total de quase 38 milhões
de dólares (34,7 milhões de euros), entretanto aumentado para cerca de 47
milhões de euros, o FMI salienta que "o desempenho foi mais fraco do que o
esperado, refletindo um ambiente económico e sociopolítico difícil", que
se traduz também "num progresso da agenda de reformas com alguns
atrasos".
O Governo, diz o FMI, está
"firmemente empenhado na concretização das políticas que sustentaram o
programa apoiado pelo FMI", num contexto em que "os desafios pela
frente são significativos, e o contínuo apoio dos parceiros internacionais é
crucial".
No final da visita virtual
que decorreu desde o final de fevereiro até segunda-feira, o chefe da missão,
José Gijon, afirmou que, "doravante, as autoridades enfrentam riscos
importantes de curto prazo, incluindo os desafios na implementação das
políticas devido ao clima desafiante sociopolítico e a limitações na
capacidade", pelo que "melhorar a mobilização de recursos internos e
fortalecer os controlos da despesa serão fundamentais para apoiar a
consolidação orçamental e colocar a dívida pública numa firme trajetória
descendente".
Para além disso, concluem,
"as autoridades da Guiné-Bissau devem fazer esforços para mitigar os
riscos orçamentais que surgem das empresas públicas, melhorar a gestão
financeira e da dívida, e melhorar a governação", com a estabilidade política
e o apoio internacional a terem um papel crucial.ANG/Lusa
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