Ensino /Secretário
de Estado defende que o setor deve constituir a prioridade do Estado para um
desenvolvimento integral, sustentável e duradouro
Bissau, 25 Mar (ANG)
- O Secretário de Estado do Ensno Superior e Investigação Ciêntifica, Djibril
Baldé defendeu hoje que o facto de a educação ser um direito fundamental de
cada cidadão, deveria constituir a prioridade do Estado, que deseja
um desenvolvimento integral, sustentável e duradouro.
O governante presidia a cerimónia de abertura do ateliê
de Elaboração do Pacto de Parceria com
Grupo de Parceria Mundial para Educação, organizado pelo Governo e o Fundo das
Nações Unidas para a Infância(Unicef).
No evento com a
duração de cinco dias os participantes, segundo um documento entregue aos
jornalistas, vão debater o modelo operacional 2025 da Parceria Mundial para a
Educação (PME), reformas prioritárias no modelo operacional 2025 da PME e analisar
factores facilitadores.
O Secretário de
Estado de Ensino Superior e Investigação Ciêntifica apontou dificuldades
na continuidade de politicas públicas, a timidez na sua implementação, aliada
as sucessivas greves como elementos que
não só fragilizam o sistema educativo nacional, assim como têm levado a inobservância de progressos, em termos de
acesso a educação e melhoria da qualidade do ensino.
“São enúmeros os
desafios na área de educação que exigem de todos os atores envolvidos uma
consciência clara das suas responsabilidades e assunção dos compromissos
sérios, porque só assim conseguiremos ter uma educação de qualidade”,disse
Djibril Baldé.
Afirmou que a
estabilização do setor educativo depende da definição de uma politica
estruturada e sua posterior operacionalização, com mecanismos de seguimento e
avaliações rigorosos e eficentes.
Djibril Baldé disse
que é urgente trabalhar nas prioridades identificadas para o setor, tendo en
conta as reais capacidades do Ministério da Educação Nacional.
Para o efeito,
reconheceu a importância das parcerias e da cooperação, mas sem nunca perder de
vista a visão do Ministério da Educação Nacional.
Disse que a reforma
efetiva e inadiável no
sistema educativo guineense, passa pela remoção de todos os obstáculos
sistémicos, através da definição clara das estruturas e as suas funções, bem
como uma regulamentação exaustiva das leis do setor e uma implementação das que
já existem.
Acrescentou que a
referida reforma terá de se desenvolver de forma global, promovendo mudanças em
todos os sub-setores, sem recorrer a mecanismos que imprimam alterações forçosas.
“Espero que a
subvenção do sistema da parceira mundial
se materializa no fortalecimento da capacidade da coordenação do Ministério, facilitanto
o acesso aos serviços prestados pela agência coordenadora do grupo local de
educação”, disse.
Para a representante do Unicef no país, a
Parceria Mundial para Educação é um parcerio crucial para o setor educativo na
Guiné-Bissau.
Etona Ekole disse desde 2010 até esta parte o PME já desembolsou
mais de 23 milhões de dólares para Guiné-Bissau, incluindo apoios mais recentes em resposta a Covid 19 e
projectos de reforço institucional e projetos de educação de qualidade para
todos, a serem implementados pelo Banco Mundial.
Disse que, o novo
modelo operacional da PME propõe séries de mecanismos reforçados de
financiamento.
Etona Ekole
convida ao país a priorizar mudanças mais amplas que ajudam o Governo
guineense a transformar o seu sistema educativo e melhorar a apreendizagem de uma forma sustentável.
Afirmou que o Pacto
de Parceria, enquanto instrumento estratégico e orientador da transformação
sistémica, deve espelhar e refletir um processo exaustivo, participativo, inclusivo
de consultas e as auscultações que permitam convergir em torno de uma reforma
prioritária.
A Representante do
Unicef em Bissau revelou que o país está bastante atrasado no processo de desenvolvimento e de finalização
do pacto que deve ser concluído até 30 Junho de 2024.
Disse que, para ter acesso ao próximo ciclo de finciamento
para o setor da educação, a Guiné-Bissau precisa de aproximadamente 2.9 milhões
de dólares para concluir o processo de desenvolvimento de pacto entre o Governo
e a Parceria Global para Educação, e submeté-lo, atempadamente, sob pena de
perder importantes recursos financeiros de
que o país necessita.ANG/LPG/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário