Timor/ Governo quer cooperação internacional para combater alterações climáticas
Bissau, 20 Mar 24 (ANG)
- O presidente timorense, José Ramos-Horta, defendeu hoje o reforço da
cooperação internacional para o combate às alterações climáticas.Foto Arquivo
Salientando que países
pequenos como Timor-Leste, não podem enfrentar desafios sozinhos.
“As alterações
climáticas são uma catástrofe global, que exige uma resposta global, mas nações
pequenas como Timor-Leste não podem enfrentar este desafio existencial
sozinhos", afirmou José Ramos-Horta.
O chefe de Estado
timorense falava numa palestra, organizada pela Presidência timorense sobre
alterações climáticas, realizada no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em
Díli, e que juntou membros do Governo, parlamento, corpo diplomático,
representantes de organizações internacionais e sociedade civil.
Precisamos de uma
cooperação internacional reforçada, da transferência de tecnologia, do
desenvolvimento de capacidades e do apoio financeiro para aumentar a
resiliência, impulsionar os esforços de mitigação e adaptar-nos aos impactos
inevitáveis que se avizinham", salientou o Presidente timorense, citado
num comunicado da Presidência divulgado à imprensa.
Na sua intervenção, José
Ramos-Horta defendeu igualmente que Timor-Leste precisa de "tomar mais
medidas" e promover as "energias renováveis", aumentar as
iniciativas de reflorestação, proteger os parques nacionais e apoiar programas
florestais comunitários.
O prémio Nobel da Paz
defendeu também a necessidade de uma estratégia de combate às alterações
climáticas "coordenada", envolvendo o Governo, os parceiros de
desenvolvimento, a sociedade civil, os académicos, o sector privado e as
comunidades para promover infra-estruturas e cidades resilientes em todo o
país.
Apesar de Timor-Leste
contribuir muito pouco com emissões globais de carbono, é um dos países mais
afectados pelos efeitos das alterações climáticas, chuvas irregulares, estações
secas mais longas e tempestades, como o ciclone tropical que atingiu o país em
2021.
Segundo dados de
organizações internacionais, esses impactos atingem as pessoas mais pobres e as
comunidades mais vulneráveis, incluindo mulheres, agricultores, pessoas com
deficiência e pessoas que vivem em zonas de risco. ANG/Angop
Sem comentários:
Enviar um comentário