Israel/Exército
prendeu e espancou um jornalista, denuncia Al
Jazeera
Bissau, 19 Mar 24 (ANG)
- A emissora Al Jazeera informou, segunda-feira, que as forças israelitas
prenderam e espancaram o seu correspondente Ismail al Ghoul durante uma
operação no maior hospital de Gaza.
O Exército alegou que
estava a lutar no hospital Al Shifa contra militantes do grupo islamista
palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007.
Testemunhas afirmaram
ter visto ataques aéreos e tanques perto das instalações médicas, superlotadas
com pacientes e pessoas deslocadas.
"O Exército de
ocupação espancou severamente o correspondente da #AlJazeera, Ismail al Ghoul,
antes de detê-lo dentro do complexo médico Al Shifa, em Gaza", disse a Al
Jazeera na rede social X.
O Exército israelita
ainda não reagiu a essas acusações.
Uma fonte da Al Jazeera
disse à AFP que outras cinco pessoas foram detidas, incluindo a equipa de
gravação e técnicos de Ghoul.
A fonte, que falou sob
condição de anonimato, afirmou ainda que um tanque israelita destruiu o veículo
utilizado por Ghoul e sua equipa.
A Al Jazeera "exige
a libertação de seu correspondente e dos outros jornalistas que foram detidos
com ele, e responsabiliza totalmente as forças da ocupação por sua
segurança", disse a emissora num comunicado.
Dois jornalistas da Al
Jazeera morreram na guerra de Israel contra o Hamas em Gaza, e o director de
seu escritório neste território palestino, Wael al Dahdouh, ficou ferido.
No mês passado, a
emissora acusou Israel de atacar sistematicamente os funcionários da Al Jazeera
que trabalham em Gaza.
Até esta segunda-feira,
pelo menos 95 jornalistas e trabalhadores da imprensa foram confirmados como
mortos na guerra entre Israel e o Hamas, de acordo com o Comité para a
Protecção dos Jornalistas (CPJ), que cita "investigações
preliminares".
Destes, 90 eram
palestinos, segundo o CPJ. ANG/Angop
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