Caso 6 bilhões/Ministério
Público responsabiliza coletivo de
advogados pel
o adiamento do julgamento “sine
die” dos seus suspeitos
Bissau, 14 mar 24
(ANG) - O Ministério Público nega em
comunicado, que o julgamento dos ex-governantes suspeitos do envolvimento no caso
seis bilhões de francos CFA, tenha sido adiado por “intervenções externas e
ordens superiores.
Esta instância
judicial responsabiliza o coletivo dos
advogados dos suspeitos pela protelação do julgamento “sine die”, previsto para o passado dia 11 de
Março.
“Se há um único
responsável pelo adiamento do referido julgamento, esse chama-se colectivo de
advogados de defesa, na medida em que, foi o mesmo que requereu o incidente de
inconstitucionalidade que deve subir em separado ao Supremo Tribunal de
Justiça, na veste do Tribunal Constitucional,
conforme previsto no art.126 nº
3, da Constituição da República”, lê-se comunicado à imprensa.
O caso envolve o
antigo ministro da Economia e Finanças Suleimane Seide e o ex-Secretário Estado
do Tesouro, António Monteiro.
Segundo o comunicado,
assinado pelo Coordenador do Gabinete de Imprensa e Relações Públicas do
Ministério Público, Queba Coma, o incidente de inconstitucionalidade
(interposto por estes causídicos), tem como efeito a suspensão da instância, ou
seja a suspensão do julgamento neste
caso, até a decisão da Corte Suprema.
Sobre alegada audição
ilegal dos suspeitos por parte dos delegados do Procurador, o MP refere que o magistrado titular do processo é colocado
na Câmara Criminal do Tribunal de Relação e, que o grosso da audição foi conduzido por um
Procurador Geral Adjunto, no estrito respeito a Lei Orgânica dos Tribunais Judiciais,no
seu art 70/2.
Acrescentou que a referida lei permite aos magistrados do Ministério Público serem “coadjuvados por qualquer magistrado”.
“Assim, esta manobra
dilatória dos advogados vem revelar que
não têm argumentos jurídicos para atacar a acusação do Ministério Público,
prejudicando assim, os seus constituintes”, refere o comunicado.
Em relação a suposta
condução deste processo, no Ministério Público, segundo os advogados destes
ex-governantes, “por um órgão inexistente”, o comunicado indica que o Despacho que criou, há muitos anos, o Gabinete de Luta
Contra Corrupção e Delitos Económicos não é mais do que uma mera concretização
da Lei Orgânica do Ministério Público.
Conforme o documento,
o mesmo é composto pelos Procuradores Gerais Adjuntos, Procuradores da
República e Delegados do Procurador, com , respetivas competências para atuar
nas diferentes instâncias dos tribunais do país.
Perante o que o que
se considera no comunicado como “tentativa de deturpar a verdade e
confunfir a opinão pública”, o
Ministério Público exorta à todos os cidadãos e, em particular, operadores
juridicos, a terem uma postura digna, em prol duma verdadeira justiça que
garanta a paz social, em estreita observância da Constituição e das leis em
vigor no país.ANG/LPG/ÂC//SG
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