Ambiente/Ministro anuncia revisão do quadro jurídico sobre sacos de plástico
Bissau,13 Mar 24 (ANG)
– O governo, através do Ministério de Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática
deve inciar, brevemente, o processo de revisão do quadro jurídico sobre sacos de
plástico, alargando o seu âmbito para outros tipos de plásticos, prevendo novas
medidas.
O anuncio foi feito hoje, pelo ministro da tutela do Ambiente Viriato Luís Soares Cassamá, na cerimónia de abertura do Workshop sobre a poluição plástica, organizado pela União Internacional de Conservação da Natureza (UICN) e pelo Grid Arendal, em colaboração com o Ministério do Ambiente, da Biodiversidade e Ação Climática, no âmbito do Comité de Negociação Intergovernamental do Tratado Global contra poluição plástica.
Cassamá disse que o
processo de revisão será acompanhado
por uma campanha de informação e sensibilização,
para se garantir a participação do público visando criar
condições objetivas para a sua apropriação e aplicação.
“Em 2013, através do
Decreto número 16/2013, de 11 de Julho
foi aprovado o regime guineense de
proibição de fabrico, importação e comercialização de sacos de plástico não
biodegradáveis”, recordou Viriato Cassama.
Acrescenta que o
cumprimento deste ato normativo está àquem
do desejado, não obstante alguma melhoria
registada desde a sua entrada em vigor.
O ministro de Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática reconhece que a poluição plástica é
um problema global, cujo o comabte
requere o cumprimento dos
compromissos e obrigações assumidos
no plano multilateral.
Disse que, cerca de
7 bilhões das 9.2 bilhões de toneladas de plásticos
produzidas de 1950 a 2017 se tornaram
residios plásticos que acabaram em aterros sanitários, lixos no mar, citando
dados do Programa das Nações Unidas para
o Ambiente.
Além disso,
acrescenta, o processo pode alterar os
habitat e os processos naturais, reduzindo a capacidade dos ecosistemas de se
adaptarem às alterações climáticas, afetando a subsistência de milhões de
pessoas e capacidade de produção de alimentos e bem-estar social.
“De facto, a maneira
como produzimos, usamos e descartamos plásticos, estamos a poluir os ecosistemas,
cirando riscos para a saúde humana e destabilizar o clima planetário”, afirmou o ministro do Ambiente Biodiversidade e Ação Climática.
Por isso, Viriato
Cassamá disse que urge encontrar
respostas capazes de alterar a atual
situação.
Para o efeito, afirmou que a Guine-Bissau está empenhada, no
plano interno e multilateral, em contribuir para a mudança do paradigma, que
passa pela criação de instrumentos políticos e jurídicos realistas e
sustentáveis.
O ministro do
Ambiente, da Biodiversidade e Ação Climática agradeceu ao (AFRIPAC) - o projeto do desenvolvimento de capacidade
eficazes para tratado mundial sobre plásticos em África pela iniciativa de
realizar o workshop no país. ANG/LPG//SG
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