segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


Combate à impunidade no centro das atenções na abertura de novo ano judicial

Bissau 15 de Fev. 13 (ANG) – O apelo de combate à impunidade, como principal desafio dos operadores de justiça, esteve no centro das atenções na cerimónia da abertura do ano Judicial 2013 que ontem teve lugar em Bissau, presidida pelo Presidente da República de Transição.

Simultaneamentena mesma ocasião foram conferidos posse o presidente e vice-presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Paulo Sanhá e Rui Néné, na presença de diversas personalidades, nomeadamente do presidente do STJ do Benin, e do vice-presidente do STJ da CEDEAO

Discursando no evento, Manuel Serifo Nhamadjo  apelou aos magistrados nacionais a trabalharem para unir os cidadãos e credibilizar a sociedade guineense e lembrou que a actuação dos juízes nos processos de que são responsáveis deve concentrar-se exclusivamente no trabalho que a constituição e as leis lhes atribuem.

Segundo o Chefe de Estado de transição, só exercendo desta forma é que se pode evitar as controvérsias sobre casos concretos que apenas servem de degradação da imagem do sistema judicial perante a sociedade.

Para o Ministro da tutela, Mamadú Saido Baldé, ao longo de muitos anos, no concerto dos poderes representativos do Estado, apenas o poder judicial é que não tem sido tratado com a consideração que merece.

A título de precisão afirmou que o combate à impunidade de que tanto se fala será uma utopia, se que os tribunais não estiverem devidamente apetrechados de meios humanos e materiais,.

“A cultura da impunidade deve ser combatida, pois ela é tanto mais visível quanto mais frágil for a capacidade de intervenção do Estado”, advogou o Ministro da Justiça.

O governante considerou que a nobreza da função jurisdicional exige que as magistraturas sejam dignificadas e prestigiadas, pois, segundo sublinhou, trata-se de uma imposição que interpela não só os políticos, mas também os próprios magistrados e os operadores judiciários em geral, no quadro de uma cultura de responsabilidade e elevação, avessa à ambições pessoais de protagonismo ou exposição pública.

Por sua vez, O presidente do STJ recordou que nenhuma reforma pode ser empreendida com sucesso e eficácia, sem uma verdadeira mudança de mentalidades e sem participação de todos os actores judiciários.

Paulo Sanhá sustenta ser imperioso que o poder judicial seja forte e independente e aceda ao lugar que lhe é, efectivamente, reservado pela Constituição da República enquanto órgão de soberania.

O novo responsável do court supremo reconhece os desafios enormes e os problemas incomensuráveis que tem pela frente e promete no limite das suas competências não poupar esforços para corrigir o que de tal carece, para melhorar a performance, o funcionamento e o desempenho dos tribunais.

Com efeito, prometeu trabalhar com profissionalismo, devoção e empenho no exercício da função ora empossado.

AMS/ANG

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