MNSCG
condena criação da CMST e fala em golpe de Estado contra ANP
Bissau 19. Fev. 13 (ANG) - O
Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento
(MNSCPDD) condenou a iniciativa de criação da Comissão Multipartidária de
Transição, pretendida por um grupo de partidos políticos e considera que tal
seria um golpe de Estado contra a ANP.
Em comunicado dirigida a imprensa,
o MNSCPDD denunciou que tal iniciativa “inconstitucional” é capaz de fragilizar
ainda mais a situação Politica, Económica e Social com que o Pais depara.
Diversos partidos e organizações da sociedade civil propuseram no
passado dia 13, a criação de uma Comissão Multipartidária e Social de Transição
para, a partir do dia 16, data do fim do actual período de transição, conduzir um
novo calendário transitório, uma vez que até aquela data o país, tecnicamente,
não estará em condições de organizar as eleições gerais como havia sido fixado.
De acordo com o mesmo o
Movimento manifesta sua posição de recusar em bloco a participar em qualquer
órgão ou iniciativa que fere os princípios Constitucionais que conduzem o Pais.
“Igualmente, esta iniciativa
visa, de forma camuflada, ressuscitar a velha intenção de criar o Conselho
Nacional de Transição rejeitada pela esmagadora maioria dos actores nacionais e
da comunidade internacional”, qualifica o documento subscrito por mais duma
dezena de organizações membros do MNSCPDD.
De acordo ainda com a organização, estas
cruzadas contra os valores democráticos e princípios estruturantes do estado de
direito, enquadram nas estratégias de perpetuar no poder através de vias
inconstitucionais, consequentemente criar condições para a delapidação dos
recursos financeiros e naturais da Guiné-Bissau.
Por outro lado, o MNSCPDD
responsabilizará as Autoridades de Transição e a CEDEAO, pelo “desmaio” do
processo de Transição decorrente do incumprimento das metas traçadas e dos
parâmetros constitucionais e democráticos.
O mesmo documento acusou
ainda a falta de empenho das Autoridades de Transição na adopção de medidas
conducentes ao retorno à ordem Constitucional nomeadamente a conclusão da
cartografia Nacional, a definição clara de quadro de Transição e do calendário
eleitoral.
O MNSCPDD rejeita com veemência
“o silêncio” das Autoridades, perante a exploração desgovernada dos recursos
Naturais, tais como abate ilegal de árvores de grande porte para fins de
madeira, a extracção abusiva das areias, inclusive em zonas protegidas, para
interesses privados e exportação.
A organização manifestou
ainda sua preocupação face a consequência da ausência de iniciativas sólidas, eficazes
e coerentes conducentes ao melhor desenrolar da campanha de castanha de caju
que se avizinha, tendo em consideração dezenas de toneladas do mesmo produto do
ano passado ainda por exportar.
Para terminar a Sociedade
Civil guineense apelou para intervenção da Comunidade Internacional, em
especial as Nações Unidas, para posicionar-se contra as iniciativas e medidas politicas
em curso que contrastam com o espírito da transição, as metas, os propósitos e
os compromissos inicialmente assumidos pelos diferentes actores envolvidos no
mesmo processo.
ANG/LLA/JAM
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