SEPRH aposta
na recuperação das infra-estruturas de apoio à actividade de pesca artesanal
Bissau,
18 Fev.13 (ANG) – A Secretaria de Estado das Pescas e dos Recursos Haliêuticos
(SEPRH) definiu como prioridade para o ano em curso, a recuperação de infra-estruturas
de apoio às actividades da pesca artesanal.
A
revelação foi feita em exclusivo à Agência de Notícias da Guiné (ANG) pelo Director
de Serviços da Pesca Artesanal (SPA) que apontou duas destas infra-estruturas,
nomeadamente a da produção de gelo e a de conservação do pescado, este último nas
localidades de Bafatá, Gabú e Canchungo.
Nesta
ordem de ideia, alguns Centros de Pesca Artesanal, de com Gualdino Afonso Té,
já estariam em obras de recuperação de nomeadamente, o de Sidja na região de
Biombo, que desde a sua inauguração em 2009 nunca chegou de funcionar, mais que
estará pronto o mais tardar até finais de Março.
“Um
outro aspecto importante em carteira, tem a ver com a recuperação do edifício
principal do centro de formação pesqueira em Bolama, assim como o de Uracan,
bem como a conclusão das obras do Centro de Pesca Artesanal de Cacine”, estimou.
Este
responsável anunciou a construção de uma rede de frio para a conservação e
comercialização do pescado na cidade de Canchungo. “Portanto, isso nos vai permitir
resolver o grave problemas de conservação de pescado e de abastecimento dos
mercados com pescado fresco”, disse.
“A
criação daquela rede vai permite-nos ter boas condições de conservação dos
produtos. Neste momento temos um contentor instalado em Canchungo com a
capacidade para 30 toneladas e temos um outro colocado no mercado de Bafatá com
a mesma capacidade”, informou.
Se
a mesma iniciativa for levada a cabo nos principais mercados do país, tal significa
que as próprias mulheres que actuam na comercialização do pescado, podem passar
a transportar e conservar por muitos dias os seus produtos nas regiões.
“A
incapacidade de stokcagem ao nível das regiões, não encoraja as pessoas
interessadas em operar no sector, porque alegam que se transportarem uma
determinada quantia do pescado para o interior, depois não conseguem mantê-la
conservada por muito tempo”, salientou.
Quanto
as dificuldades com que depara a sua instituição, o Director dos SPA apontou a
falta de meios financeiros, facto que relacionou com a actual conjuntura do
país e, sobretudo, devido a suspensão de fundos de apoio sectorial no quadro do
acordo de pesca entre o Governo da Guiné-Bissau e a União Europeia.
“Estamos
actualmente a executar o nosso programa mínimo, até quando forem criadas as
condições para o país voltar a normalidade e penso que a partir daí, muitos
parceiros vão retomar a cooperação permitindo assim mais investimentos”, desejou.
Sobre
acções em curso com vista a imprimir maior dinâmica no abastecimento de pescado
em todo o território nacional, Gualdino Afonso Té afirmou reconheceu que tal
constitui um problema devido a factores como condições do mercado e falta de infra-estruturas
para conservação e transporte do produto.
“Quando
falamos da questão do mercado, sabemos que, mais de 80 por cento do pescado
consumido no país, é de segunda qualidade e os preços variam entre 250 aos 500
francos”, elucidou.
Disse
que os mercados do país não possuem capacidade de absorção e de stock de
pescado, e por outro lado a demando deste produto no mercado internacional é
cada vez maior porque lá se praticam preços mais atractivos.
“Ainda
temos a questão da logística, nomeadamente o transporte do pescado para os
diferentes cantos do país, que acarreta elevados custos. As empresas que actuam
na comercialização do pescado não dispõe daquelas condições”, enumerou Gualdino
Afonso Té.
ANG/ÂC
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