quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


"Não existe nenhuma despesa não titulada neste momento"

Bissau, 26 Fev. 13 (ANG)- O Ministro das Finanças desmentiu terça-feira a denuncia feitas pelo presidente da Assembleia Nacional Popular, Ibraima Sori Djaló, segundo as quais, o governo, durante a sua vigência, teria gasto 15 biliões de francos Cfa em despesas não tituladas (DNT).

Em conferência de imprensa, Abubacar Demba Dhaba afirmou que tais declarações “não correspondem minimamente a verdade e servem apenas para desinformar a sociedade e denegrir a imagem do executivo”.

Neste momento não há nenhum valor de DNT, assumiu o Ministro das Finanças que recordou que ao assumir as funções, teria descoberto um montante de 4 biliões de Cfa em forma de DNT.

No que tange ao FUNPI, fundo proveniente da exportação da castanha de caju destinada a industrialização do sector, Abubacar Demba Dhaba revelou que, além dos 2.5 biliões de francos Cfa que governo havia emprestado no inicio da governação, com o aval do sector privado, para pagamento de salário, o executivo nunca mais voltou a recorrer a este fundo, como tem afirmado os parlamentares.

"Com excepção do apoio orçamental que a Nigéria, a CEDEAO e a UEMOA deram ao Governo, todas as despesas correntes, incluindo o pagamento de salários durante os nove meses foram executados através de esforços interno", informou, tendo garantido que, se essa dinâmica manter, não haverá problemas de pagar salários no futuro.

Contrariando as denúncias feitas na ANP, Demba Dhaba disse que a partir da tomada de posse do governo em Maio do ano passado, o executivo está a trabalhar com base num roteiro e no duodécimo do Orçamento rectificativo de 2012 aprovado em Conselho de Ministros e pelo Fórum dos Partidos Políticos signatários do Pacto Político de Transição.

" Neste momento, estamos a preparar o Orçamento Geral do Estado de 2013 que inclusive teve assistência técnica do FMI e que vamos apresentar na ANP brevemente”, afiançou Abubacar Demba Dhaba.

Quanto a vaga de greve nos sectores da própria finança pública, educação e outros sectores do país, o governante lamentou a situação e disse que é preciso muita calma, ponderação, porque o país está bloqueado e o governo anda a procurar soluções.

A título de exemplo, lembrou que o Ministério da Educação é dos sectores mais privilegiados, na qual decorre o processo de enquadramento e efectivação de contratados e novos ingressos e pediu para que as pessoas tenham paciência e compreendam a situação difícil por que passa a Guiné-Bissau.


ANG/AMS


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