"Não existe nenhuma
despesa não titulada neste momento"
Bissau, 26 Fev. 13 (ANG)- O
Ministro das Finanças desmentiu terça-feira a denuncia feitas pelo presidente
da Assembleia Nacional Popular, Ibraima Sori Djaló, segundo as quais, o governo,
durante a sua vigência, teria gasto 15 biliões de francos Cfa em despesas não
tituladas (DNT).
Em conferência
de imprensa, Abubacar Demba Dhaba afirmou que tais declarações “não
correspondem minimamente a verdade e servem apenas para desinformar a sociedade
e denegrir a imagem do executivo”.
Neste
momento não há nenhum valor de DNT, assumiu o Ministro das Finanças que
recordou que ao assumir as funções, teria descoberto um montante de 4 biliões de
Cfa em forma de DNT.
No
que tange ao FUNPI, fundo proveniente da exportação da castanha de caju
destinada a industrialização do sector, Abubacar Demba Dhaba revelou que, além
dos 2.5 biliões de francos Cfa que governo havia emprestado no inicio da
governação, com o aval do sector privado, para pagamento de salário, o executivo
nunca mais voltou a recorrer a este fundo, como tem afirmado os parlamentares.
"Com
excepção do apoio orçamental que a Nigéria, a CEDEAO e a UEMOA deram ao
Governo, todas as despesas correntes, incluindo o pagamento de salários durante
os nove meses foram executados através de esforços interno", informou,
tendo garantido que, se essa dinâmica manter, não haverá problemas de pagar
salários no futuro.
Contrariando
as denúncias feitas na ANP, Demba Dhaba disse que a partir da tomada de posse
do governo em Maio do ano passado, o executivo está a trabalhar com base num
roteiro e no duodécimo do Orçamento rectificativo de 2012 aprovado em Conselho
de Ministros e pelo Fórum dos Partidos Políticos signatários do Pacto Político
de Transição.
"
Neste momento, estamos a preparar o Orçamento Geral do Estado de 2013 que inclusive teve assistência
técnica do FMI e que vamos apresentar na ANP brevemente”, afiançou Abubacar
Demba Dhaba.
Quanto
a vaga de greve nos sectores da própria finança pública, educação e outros
sectores do país, o governante lamentou a situação e disse que é preciso muita
calma, ponderação, porque o país está bloqueado e o governo anda a procurar
soluções.
A título
de exemplo, lembrou que o Ministério da Educação é dos sectores mais privilegiados,
na qual decorre o processo de enquadramento e efectivação de contratados e
novos ingressos e pediu para que as pessoas tenham paciência e compreendam a
situação difícil por que passa a Guiné-Bissau.
ANG/AMS
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