Deputados
aprovam lei do Código de Minas e Pedreiras
Bissau, 21 Fev. 13 (ANG) - A
lei do Código de Minas e Pedreiras foi aprovada por unanimidade pela Assembleia
Nacional Popular (ANP) dia 20 com 73 votos dos deputados presentes na sessão.
O documento aprovado com
emendas mereceu mais esclarecimentos por parte do presidente da Comissão Especializada
da ANP para a Área de Recursos Mineiros, depois de ter suscitado várias
questões dos deputados para uma melhor compreensão.
Cipriano Cassamá manifestou
sua satisfação por este acto justificando que há muito tempo que o país precisava
de uma lei do género para pôr cobro a situações de delapidação e desorganização
na exploração dos recursos de tamanha importância para a economia nacional.
“A presente Lei vai regular
e disciplinar todo o comportamento na exploração de Minas no país”, indicou.
Igualmente, em declarações a
imprensa, o Director Geral dos Recursos Mineiros, Seco Buia Djaló disse que aprovação
deste documento constitui um passo importante uma vez que o país já dispõe deste
importante documento que o vai orientar na política de assinatura de contratos
de gestão e exploração.
Entretanto, a sessão ficou
marcada no período antes da ordem do dia pela denuncia efectuada pelo deputado
Baltazar Alves Cardoso do PRS sobre alegada existência de um fundo de 40
milhões de francos CFA, que estaria sendo gerido pela presidência da República
e algumas instituições, fora dos respectivos orçamentos.
O deputado da bancada do PRS
pediu ao Presidente do parlamento no sentido de interpelar o Ministro das
Finanças para um melhor esclarecimento sobre o assunto e advertiu o executivo para
se preparar porque o período do seu mandato termina em Maio próximo.
O Deputado evocou ainda um
caso ocorrido em Gabú, onde o Governador não acatou a lei que proíbe a excisão
feminina, supostamente por ter mandado soltar um alegado infractor desta lei e
que se encontrava detido na esquadra local a aguardar instrução do respectivo
processo. Perante esta situação, questionou se existe agentes de ordem para
fazer cumprir as leis.
O deputado da bancada do
PAIGC, Basílio Djalo lembrou que se esta nas vésperas de uma nova época
agrícola, nomeadamente da castanha de caju, no entanto nenhum sinal ou movimentação
ainda se verificaram junto dos camponeses.
“Ao invés de estarem preocupados
com o prolongamento do período de transição para três, deviam era preocupar-se
com o interesse do povo e do país”, criticou referindo-se ao debate nacional
sobre a nova agenda de transição.
Em relação aos processos
pendentes no Ministério Público, os quais o ex-Procurador Geral da República
havia anunciado terem concluído mais de 90 porcento dos trabalhos, o deputado Basílio
Djaló lembrou que o actual PGR foi advogado de alguns desses processos, pelo
que questiona o porquê de até agora os mesmos não conseguiram ser concluídos.
Dionísio Cabi e Daniel
Suleimane Embalo do PRS solicitaram a comparência do Ministro da Educação para
dar esclarecimento sobre a vigente situação do ensino, com mais uma paralisação
no sector do ensino público.
ANG/AI/JAM
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