Sector
marítimo tem sido maior quebra-cabeças, diz SETCNTI
Bissau, 19 Fev 13 (ANG)- O Secretário de
Estado dos Transportes Comunicações e Novas Tecnologias de Informação (SETCNTI), Carlos
Nhaté afirmou hoje que o sector marítimo
representa a área em que tem enfrentado maiores dificuldades desde que exerce o
cargo há oito meses.
“Deparei
com séries problemas em fazer funcionar o Instituto Marítimo Portuário (IMP),
como uma entidade importante para o desenvolvimento do sector do transporte
marítimo e que devido as circunstâncias diversas, estamos ainda a lutar no
sentido de fazê-lo funcionar a cem por cento”, explicou Nhate em entrevista a
Agência de Notícias da Guiné-ANG.
O Secretário de Estado dos Transportes
revelou que no domínio das telecomunicções, os estrangulamentos chamam-se Guiné-Telecom
e Guiné-Tel , empresas que actualmente
dispõem de um volume de rendimento muito baixo.
“Estamos a estudar as possibilidades para
continuar a reestruturação das mesmas para que possam estar no mesmo nível que outras operadoras de comunicação de forma a
funcionarem com mais eficiência os telefones fixos.”, frisou.
Questionado sobre o que estão a fazer para que
a Empresa Sotramar ultrapasse as dificuldades com que se depara, Nhate disse
tratar-se de uma instituição criada pelo
Governo e que dispõe actualmente de três navios em estado de degradação.
“Os referidos navios, na nossa perspectiva,
são sobredimensionados para a necessidade dos transportes de passageiros e carga,
pois os seus tamanhos são enormes e nas suas operações para as ilhas, raras
vezes conseguem recuperar as despesas em combustíveis, entre outras”, disse.
Carlos Nhaté afirmou que, nestas situações,
os navios se tornam apenas meios de facilitar o desencravamento das ilhas mais
com muitos prejuízos.
“Para além dos navios serem de tamanho muito
grande, são igualmente velhos. Fora de uso e nas condições normais, precisam de
serem lavados à Doca para uma revisão geral”, explicou.
O Secretário de Estado dos Transportes e
Novas tecnologias de Informação, sublinhou que já se está a fazer diligências
junto de diversas empresas para se encontrar alternativas.
Disse que, um navio de 250 toneladas podia
ser mais ideal para cobrir o fluxo dos viajantes para às ilhas.
“Estamos igualmente empenhados na procura de
fundos para os trabalhos da dragagem, limpeza de canais e sinalização dos rios
para permitir a circulação dos navios para as zonas do sul do país”, revelou.
Por isso, prosseguiu o governante, estão a
pensar adquirir navios de pequenas dimensões de forma a iniciar as ligações
para outras ilhas do país.
Para a rentabilização do Porto de Bissau,
considerado um dos mais caros da Sub-Região, Carlos Nhaté salientou que, um dos
maiores desafios que tem em carteira, é fazer com que o Porto de Bissau passasse
a receber navios de grande porte.
“Precisamos, primeiramente, de fazer a sua
dragagem. Durante a nossa vigência, conseguimos junto ao Banco Oeste Africano
de Desenvolvimento (BOAD), um crédito no montante de 15 biliões de Francos CFA e
que na primeira fase será desembolsado uma verba de 8 biliões de francos CFA
para equipar o Porto em termos de máquinas de descarga, reparação do Cais de
acostagem, recuperação dos faróis de iluminação costeira entre outras”,
informou.
ANG/AC
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