Mais um
candidato na corrida presidencial
Bissau, 26 Out 15
(ANG) – O francês Jérôme Champagne, antigo secretário-geral adjunto da FIFA é o
quarto candidato à presidência do organismo que tutela o futebol mundial e
entregou as cinco cartas de apoio necessárias, anunciou a AFP.
Com a FIFA mergulhada num escândalo de corrupção desde
maio, Champagne é o quarto candidato às eleições de 26 de fevereiro, que irão
determinar o sucessor do suíço Joseph Blatter, que de demitiu pouco depois de,
em maio, ter sido reeleito para um quinto mandato.
Jérôme Champagne, que trabalhou na FIFA entre 1999 e
2010, considerou, em entrevista à AFP, que o facto de ter integrado o organismo
é uma vantagem.
“Para a realização de reformas é preciso alguém que
conheça a instituição por dentro, como é o meu caso” disse, considerando que a
FIFA precisa de grandes mudanças.
“A reforma por si só não é suficiente, por isso não vou
propor reformas, mas sim compromissos”, disse, enumerando as suas prioridades:
“adaptar a FIFA às realidades atuais, com elevados padrões de transparência e
ética, e modernizar a administração e investir no futebol feminino”.
Jérôme Champagne, de 57 anos, colaborou como jornalista
freelancer com a revista France Football, e trabalhou na comissão organizadora
do Mundial de 1998, realizado em França, antes de entrar na FIFA.
No organismo que gere o futebol mundial foi assessor do
presidente Joseph Blatter, secretário-geral adjunto, vice-presidente e diretor
de relações internacionais.
O presidente da UEFA, Michel Platini, foi dos primeiros e
entrar na corrida à sucessão de Blatter, mas a suspensão, por 90 dias imposta
pelo Comité de Ética da FIFA, pode complicar a sua candidatura.
Os outros candidatos à presidência da FIFA são o príncipe
jordano Ali bin Al Hussein, que se apresentou a votos no último ato eleitoral,
mas acabou por abandonar a corrida depois de perder na primeira volta para
Blatter, e o antigo futebolista e capitão de Trindade e Tobago David Nakhid.
Além de Michel Platini, o Comité de Ética suspendeu
provisoriamente, também por 90 dias e por alegada implicação em atos de
corrupção, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, e o secretário-geral da FIFA,
o francês Jérôme Valcke.
Também suspenso, mas por um período de seis anos, foi o
sul-coreano Chung Mong-Joon, antigo vice-presidente da FIFA, que também tinha
manifestado intenção de se candidatar à presidência.
A FIFA foi abalada por um escândalo de corrupção em maio,
a dois dias da reeleição de Blatter, num processo aberto pela justiça dos
Estados Unidos e que levou a acusações a 14 dirigentes e ex-dirigentes.
No início de junho, Blatter apresentou a demissão,
abrindo o caminho para novas eleições, marcadas para 26 de fevereiro e para as
quais as candidaturas devem ser formalizadas até 26 de outubro.
ANG/Lusa
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