sexta-feira, 9 de outubro de 2015



Crise política


Bissau,09 Out 15(ANG) - A Alta Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e  Segurança, Federica Mogherini, considerou quinta-feira que o Presidente da República da Guiné-Bissau está a colocar em risco os esforços para ultrapassar a crise política no país, informou a Lusa.

Bandeira da Uniao Europeia
"A rejeição de um novo Governo pelo Presidente da Guiné-Bissau está a reavivar a tensão política no país e a pôr em risco os esforços para ultrapassar a crise política", disse Mogherini num comunicado conjunto com o comissário europeu para a Cooperação Internacional e o Desenvolvimento, Neven Mimica.

Na declaração, os dois dirigentes europeus consideram "urgente" que a Guiné-Bissau tenha "um governo estável, que lhe permita prosseguir o processo de reforma e reconstrução".

"Isso também é crucial para a implementação do apoio internacional anunciado na Mesa Redonda de Doadores realizada em Bruxelas no início deste ano", acrescentam.

A UE declara apoio aos esforços em curso da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) "para ajudar o país a alcançar uma solução duradoura para os actuais desafios políticos e institucionais".

"Todos os atores políticos e instituições na Guiné-Bissau precisam de assumir as suas responsabilidades para conduzir o país de volta ao caminho da estabilidade e do  reforço ao Estado de Direito", acrescentam.

De acordo com o comunicado, a UE "continuará a acompanhar de perto a situação na Guiné-Bissau, juntamente com outros parceiros internacionais, incluindo a ONU,  União Africana,  CEDEAO e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa".

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, pediu na terça-feira ao Primeiro-ministro que reformule a proposta de Governo entregue na sexta, por integrar o ex- Primeiro-Ministro, Domingos Simões Pereira, e vários membros do anterior governo, que Vaz demitiu por considerá-los, entre outras razões, suspeitos de ilegalidades.

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), partido maioritário do Parlamento guineense, lamentou a atitude do chefe de Estado, e pediu "provas das acusações" de ilegalidade.  
ANG/Lusa

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