Novo Governo/Reacções
Líder do MDG disse não
esperar grande coisa do executivo de Carlos Correia
Bissau,
13 Out. 15 (ANG) – O líder do partido, Movimento Demográfico Guineense (MDG), disse
hoje que não espera grande coisa do novo
governo de Carlos Correia cujo elenco foi anunciado na segunda-feira pelo Presidente
da República, José Mário Vaz.
Silvestre Alves |
Em
entrevista exclusiva à ANG, Silvestre Alves sublinhou que o novo executivo não tem nada de especial na sua composição
porque as pessoas nomeadas são pouco recomendáveis e de competências duvidosas.
Adiantou
que o PAIGC, em vez de dar exemplo, continuou a bater-se no mesmo teclado colocando
no executivo pessoas pouco recomendáveis que ostentam riquezas, bem-estar e
efectuam as obras que os seus rendimentos não justificam e deixam dúvidas sobre
a proveniência dos fundos e sobre aproveitamento ou não dos cargos que vão
ocupar.
“É
fundamental que PAIGC pudesse dar o exemplo fazendo uma composição diferente do
executivo o que não foi o caso. Isso não é bom porque pode alimentar os
assaltos ao poder “ avisou o líder do MDG.
Aquele
politico disse ainda que quem quer criar riquezas que trabalhe como particular,
“porque não se pode continuar a misturar a função pública com empreendimentos particulares”,
salientando que isso vale tanto para a parte da Presidência da Republica bem
como do governo.
Para
Silvestre Alves é chegado a hora de dar força ao Ministério Público e aos Tribunais
para fazerem os seus trabalhos.
Alves
acrescenta que estas instituições foram os maiores protagonistas pela positiva
da crise vivida no país nos últimos dois meses e segundo ele devem continuar
nessa senda.
“Da
minha parte penso que não se pode esperar grande coisa desse governo, porque
não tem nada de especial na sua formação vamos continuar na mesma situação. Então
devemos ter o cuidado com as privatizações, com os negócios públicos e por isso
o Ministério Público como fiscalizador da coisa pública deve fazer o seu
trabalho e o governo deve conceder os meios ao Ministério e a Policia
Judiciaria", disse.
Falando
sobre a não entrada do Partido da Renovação Social (PRS), no governo, Silvestre
Alves disse que os renovadores não tinham que fazer parte do executivo de
Carlos Correia porque têm o seu programa e um projecto político diferente do PAIGC.
"Se o PRS entender que devia fazer parte
do Governo na minha opinião é para dividir as vantagens ou para tranquilizar a
sociedade através das divisões de vantagens isso seria profundamente
incorrecto", disse.
O
Movimento Democrático Guineense é um dos partidos sem representação
parlamentar. ANG/MSC/SG
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