Caju/Intermediários de Negócios consideram de “desastrosa” a presente campanha de comercialização
Bissau, 10 Ago 20 (ANG) – O Presidente de Associação Nacional dos Intermediários de Negócios da Guiné-Bissau (ANIN GB), Alassana Sambu, disse que a presente campanha de comercialização da castanha de caju é um desastre para os seus associados e para a economia do país devido à vários fatores internos e externos.
Em entrevista exclusiva à
ANG, Alassana Sambu acrescentou que os seus associados estão insatisfeitos
devido aos condicionantes que levaram ao fracasso da campanha, nomeadamente a
Pandemia do Covid-19 e a inflexibilidade
do Governo, que na sua opinião não criou as condições necessárias para a
comercialização da castanha.
Sambu criticou que os critérios impostos pelos bancos comerciais
para financiar os atores económicos com fundos disponibilizados pelo executivo para o
efeito são rígidos e burocráticos, e de difícil acesso para os intermediários
de negócios.
"Até o mês de Julho, o
grosso número de atores económicos não tinha acesso àquele fundo . Por isso, consideramos aquela operação de
inexistente e sem efeito esperado" afirmou o Presidente de Intermediários
de Negócios.
De acordo com Alassana Sambu, a sua organização reuniu uma
vez com os diretores dos bancos e estes se mostraram disponíveis em se abdicar
de certas exigências se o Governo autorizar.
Afirmou que não houve nenhuma reação do Governo em
relação à esta abertura dos bancos comerciais.
Ainda elencou as más condições
das estradas para escoamento da castanha que até então se encontra nas mãos dos
produtores nesta época chuvosa, acrescentando que os armazéns de estoques construídos
nas zonas húmidas na maior parte, estão a estragar o produto.
"Prevemos que 200 mil toneladas sejam exportadas este mas, com estas situações, duvido se vamos atingir 195 mil toneladas. Até então só exportamos 62 mil toneladas e as expetativas não são altas", lamentou Alassana Sambu.ANG/CP/ÂC//SG
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