Luta contra raiva/ Direcção
Geral de Veterinária apela a população para vacinar seus animais de estimação
Bissau, 29 set 20
(ANG) – A Director Geral dos Serviços de Veterinária apela a população para se aproveitar da
campanha para vacinação gratuita de seus animais de estimação
contra a
raiva porque depois desse período o preço sobe para 5 mil francos cfas por cada
dose.
Bernardo Cassamá fez
o apelo hoje no âmbito do lançamento de
uma campanha nacional de vacinação de animais de estimação, para combater a
raiva no país, depois de, em 2019, terem conseguido vacinar 8 mil animais a nível
nacional.
Segundo o Diretor
geral dos serviços da Veterinária, a campanha terá a duração de um mês ou seja
de 28 de setembro à 28 de outubro 2020 e é gratuita.
Depois deste período,
segundo Cassamá, o preço de vacinação passa a ser de 05 mil fcfa por cada dose.
“A raiva é uma doença
que não tem cura, tanto para os animais e assim como para pessoa. Quando uma
pessoa é mordida por um cão e infectada pelo vírus da raiva deve, imediatamente,
recorrer ao centro de saúde ou os serviços veterinários mais próximos para
receber orientações para salvar a sua vida”, disse Bernardo Cassama.
Por isso, adiantou
que a única forma de se prevenir é vacinar os animais domésticos de estimação.
A Organização Mundial
da Saúde (OMS), Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
(FAO) e Organização Mundial para Saúde Animal lançaram uma iniciativa, que prevê que até
2030, não morra pessoas devido aos vírus da raiva ou seja zero caso de raiva.
Segundo dados destas
organizações anualmente morrem cerca de 80 mil pessoas no planeta por causa da
raiva.
A Guiné-Bissau
organiza todos os anos a campanha de vacinação de animais de estimação contra a
raiva.
Para este ano,
conforme o Director-geral dos Serviços Veterinários, estão disponíveis mais de cinco mil doses de vacinas e o Ministério da Agricultura
está a deligenciar junto do Ministério das Finanças para adquirir mais cinco
mil doses em falta. A campanha prevê a vacinação de 10 mil animais .
Por outro lado, revelou
estar em curso os trabalhos para elaboração de um plano estratégico nacional de
luta contra a raiva, de forma a reduzir
os pedidos de vacinas feitos até aqui à comunidade internacional.
“O plano prevê, não
só aquisição de um número significativo de doses de vacinas, bem como a formação
e sensibilização das instituições que devem ser incluídas no Programa de Luta
contra raiva", referiu.
Bernardo Cassamá
afirmou que a morte por raiva leva no máximo
três meses, e é mais rápida se a pessoa for mordida nas zonas do pescoço em
relação aos membros inferiores do corpo.
Em relação as regiões,
o Director-geral dos serviços de Veterinários disse que as vacinas para as
regiões serão disponibilizadas em função das necessidades de cada.
De acordo com o chefe
da brigada da campanha de vacinação, Carlos Mendes Silva se o cão for vacinado,
mesmo que venha a morder uma pessoa não é preciso vacinar essa pessoa contra a raiva,
mas a pessoa deve receber a vacina contra o tétano.
Acrescentou que a
raiva é uma doença que mata tanto os animais assim como a pessoa humana, por
isso apelou a população a cuidarem da saúde dos seus animais, vacinando
anualmente os animais domésticos.
A inciativa está a
ser bem acolhida pela população.
Em declarações a ANG,
um cidadão de nome Germano Nancassa Cabral disse que vacinar um cão é vantajoso, porque em primeiro lugar vai
proteger o animal de doenças e as pessoas que vivem com o animal.
“Uma vez que seu
animal é vacinado, você sente mais
seguro, porque caso venha a morder uma pessoa a primeira coisa que as pessoas
querem saber é se tem vacina ou não em dia. Se sim os danos morais serão menos assim como as despesas financeiras de assistência
médica e medicamentosa para o dono da cão”, afirmou Germano Cabral.
Aldinha Alberto Gomes exorta, por seu lado, aos donos dos animais a aproveitarem
a campanha para vacinar os animais, protegendo as famílias e vizinhos de possível
mordidela de cães.
Sidi Indjai ,dono de
dois cães, que consegue comunicar com os animais através de palavras e gestos,
sublinhou que é como uma criança, quando ela nasce não sabe nada, mas mesmo
assim as pessoas falam com ele e por via das palavras pronunciadas pelos adultos
acaba por falar.
“É o mesmo que faço
com os meus cães. Falo com eles e me respondem as vezes com acção e outras
vezes com gesto”, explicou Sidi Indjai.
Disse que comprou os
dois cães para lhe servir de guarda de
outros animais domésticos que tem em casa e para combater os assaltos que sofria frequentemente.ANG/LPG/ÂC//SG