Covid-19/”Terceira vaga desacelerou
apesar da greve na saúde”, diz Alta Comissária
Bissau,05 out 21(ANG) - A
terceira vaga da pandemia está em fase
descendente na Guiné-Bissau, mas a greve no setor da saúde diminui a testagem e
o registo de novos casos, disse segunda-feira a alta comissária para a
covid-19, Magda Robalo.
"Nós já vimos a descer
desde a semana depois das restrições severas à circulação das pessoas. Já a
partir dessa altura, nós começamos a descer. Conseguimos de facto controlar
vários focos de infeção e transmissão ao mesmo tempo", disse a médica
guineense, quando questionada sobre a diminuição dos novos casos e mortes por
covid-19 no país.
Para a alta comissária, as
"medidas foram muito duras, mas necessárias", devido à elevada
mortalidade e transmissão acelerada, que se registou em julho e agosto, quando
o Governo guineense chegou a impor o recolher obrigatório.
"É verdade também que
quantos menos testes se fazem, menos casos se apanham e com a greve que está a
lavrar no setor da saúde temos feito menos testes, porque a maior parte dos
testes são feitos nas unidades de saúde, contrariamente ao que as pessoas
pensam", afirmou.
A Guiné-Bissau registou na
última semana, entre 27 de setembro e 02 de outubro, nove novos casos de
infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 e não registou vítimas mortais.
Os últimos dados do Alto
Comissariado contra a Covid-19 indicam que a Guiné-Bissau regista um total
acumulado de 6.112 casos e 135 vítimas mortais.
Questionado sobre o processo
de vacinação em curso no país, Magda Robalo disse que os guineenses aderiram
"imenso" à vacinação durante a fase forte da terceira vaga.
"Houve uma associação
clara entre a doença e a morte. As pessoas afluíram bastante, mas diminuiu
agora", disse.
O Alto Comissariado vai
lançar brevemente uma campanha de vacinação contra a covid-19, que vai ter a
duração de 10 dias, e que pretende atingir todos os guineenses com 18 ou mais
anos.
"A campanha vai levar a
vacina até ao último reduto da Guiné-Bissau, ao guineense mais distante.
Estamos a finalizar os detalhes e a mobilizar os financiamentos necessários. É
uma operação que vai custar um milhão de euros e tem de ser bem planeada para
ser bem executada", explicou.
A pandemia de covid-19
matou, até segunda-feira, pelo menos 4.798.207 pessoas em todo o mundo desde o
final de dezembro de 2019, segundo um balanço realizado pela agência de
notícias francesa AFP com base em fontes oficiais.
Mais de 234.850.860 casos de
infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia.ANG/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário