Cimeira das Américas/ Biden pede pacto para
conter imigração ilegal
Bissau, 09 Jun 22 (ANG) - O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apelou, na abertura da IX Cimeira das Américas, a um pacto migratório regional para controlar a actual vaga de imigração ilegal.
"A imigração segura
e ordenada é boa para as nossas economias, inclusive a dos Estados Unidos, onde
pode ser um catalisador para o crescimento sustentável. Mas a imigração ilegal
é inaceitável", declarou o presidente, em Los Angeles.
O objectivo da cimeira é
selar um pacto regional que responda às pessoas que fogem dos seus países e que
contenha uma "nova abordagem", na qual todas as nações do continente
assumam a sua responsabilidade, acrescentou Biden.
O líder norte-americano
defendeu a inclusão de "medidas contundentes contra traficantes que se
aproveitam das pessoas".
"A declaração
representará um compromisso de todos para encontrar uma solução razoável e
melhorar a estabilidade", acrescentou.
A chamada
"Declaração de Los Angeles sobre Migração", que deverá incluir
compromissos concretos para gerir os fluxos migratórios, envolvendo países da
região e também Espanha, será assinada na sexta-feira.
Na terça-feira, a vice-presidente
norte-americana, Kamala Harris, tinha anunciado na cimeira apoios de 1,9 mil
milhões de dólares (1,77 mil milhões de euros) para criar emprego na América
Central e diminuir o êxodo migratório para os Estados Unidos.
A medida pretende
"dar esperança ao povo da região para construir vidas prósperas e seguras
nos seus países", detalhou a Casa Branca em comunicado.
Este apoio, vindo de
empresas privadas, junta-se aos 1,2 mil milhões de dólares (1,12 mil milhões de
euros) prometidos no ano passado para El Salvador, Guatemala e Honduras, os
chamados países do Triângulo Norte de onde partem regularmente caravanas de
migrantes para os EUA.
A Cimeira das Américas
começou sem o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que decidiu não
participar no evento devido à exclusão da Venezuela, da Nicarágua e de Cuba,
por reservas dos EUA quanto à "falta de espaço democrático" e do
"respeito pelos direitos humanos".
Sem se referir
directamente às ausências, Biden disse na quarta-feira que a democracia é
"um elemento essencial para o futuro das Américas".
"A nossa região é
grande e diversificada. Nem sempre concordamos em tudo. Mas porque somos
democracias, abordamos as nossas diferenças com respeito mútuo e diálogo",
sublinhou.
"Nesta cimeira,
temos a oportunidade de nos reunir em torno de ideias ousadas, acções
ambiciosas e de demonstrar ao nosso povo o incrível poder das democracias para
oferecer benefícios concretos e tornar a vida melhor para todos",
acrescentou Biden. ANG/Angop
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