CEDEAO/Militares reunidos em Bissau para criação de “Força de Alerta”
Bissau, 10 Mar 23 (ANG) - Peritos e chefes militares da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) estão reunidos em Bissau, com o objectivo de criar uma Força de Alerta que teria como missão combater o terrorismo e golpes de Estado na sub-região.
Em Dezembro de 2022, os chefes militares
da CEDEAO já se tinham reunido em Bissau. Esta quinta-feira, voltaram a
reunir-se para criar e colocar em marcha a Força de Alerta da CEDEAO.
A missão desta força seria o combate ao
terrorismo, que ameaça os países da comunidade, e ainda a reposição da ordem
constitucional, um fenómeno que fustiga a zona constituída por 15 países, entre
os quais dois lusófonos, Cabo Verde e a Guiné-Bissau.
Esta nova reunião de Bissau, prevista para
durar quatro dias, junta, numa primeira fase, os chefes das operações e os da
logística dos Estados Maiores de países da CEDEAO. Na segunda-feira, dia 13,
será a vez de os chefes das forças armadas se reunirem para aprovar o documento
final, a ser submetido à próxima cimeira de líderes políticos da CEDEAO.
No seu discurso de boas-vindas, o chefe
das forças armadas guineenses, o general Biague Na Ntan, exortou sobre a
urgência de se criar um plano concreto que dê corpo à Força de Alerta da
CEDEAO.
"Às personalidades, aos oficiais de
operações e da logística das forças armadas de países da CEDEAO presentes nesta
importante reunião, aproveito a ocasião para salientar que os trabalhos que vão
ser feitos neste fórum, durante quatro dias, vão constituir uma base sólida
para o combate aos grupos e as acções terroristas, bem como para o
restabelecimento da ordem constitucional na nossa sub-região, principais
factores de ameaça à paz e segurança na África Ocidental", afirmou.
Actualmente suspensos da CEDEAO, depois de
serem palcos de golpes militares, o Burkina Faso, a Guiné-Conacri e o Mali
foram convidados a estarem presentes na reunião militar em Bissau, mas não
compareceram. ANG/RFI
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