quinta-feira, 2 de abril de 2015

Operação Páscoa


Direcção dos Serviços de Táctica Operativa garante segurança nas praias

  Bissau 02 Abr 15 (ANG) – Os Serviços de Protecção Civil e Bombeiros através da Direcção de Táctica Operativa vão disponibilizar 26 agentes para manter a segurança das pessoas em deferentes praias do país   durante as festas de Páscoa.

A revelação foi hoje feita  à ANG, pelo director desses serviços, Luís da Silva, que disse  que em termos de prevenção tudo está pronto para “Operação Páscoa” com planos de asseguramento em diferentes praias existentes na Guiné-Bissau, a semelhança do que tem sido feito  todos os anos neste período.

De acordo com Da Silva, as praias identificadas para o efeito são as de Bubaque, Bolama, Varela, Quinhamel, Suru e Luco, devendo cada dispor de quatro agentes dos Bombeiros. 

 “ Não temos o nosso barco  para fazer deslocar os nossos agentes para as praias das ilhas por isso pedimos a colaboração dos serviços da capitania e penso que com o apoio do nosso Ministério, os agentes vão chegar a estas zonas de difícil acesso para poder garantir a segurança às pessoas “ disse Luís da Silva.

O Director dos Serviços da Táctica Operativa dos Bombeiros de Bissau, considerou bebidas alcoólicas o inimigo número um dos banhistas por isso aconselha as pessoas para não fizerem o mergulho quando estiverem em estado anormal.

 “ Vamos manter ordens nas praias porque há regras para tal . Há zonas onde se deve nadar e há outras consideradas de risco principalmente para as crianças. Não é aconselhável entrar na água logo depois de acabar de comer. Deve-se a guardar durante  pelo menos   três horas de tempo para estar em condições de voltar a nadar. Quem não acatar as ordens  vai responder conforme a lei através dos serviços competentes “, avisa. 

Luís da Silva pede aos que vão as praias para colaborem com as autoridades no sentido de facilitarem os trabalhos dos agentes.



ANG/MSC / PFC/SG

Câmara de Comércio


Direcçäo cessante reage às críticas de associados

Bissau, 02 Abr 15 (ANG) - O Presidente da Assembleia-geral da Câmara de Comércio, Industria, Agricultura e Serviços (CCIAS) disse que congratula-se  com a decisão do Governo de mandar efectuar uma auditoria sobre a utilização do Fundo de  Promoção à Industrialização de Produtos Agrícolas (FUMPI).

Em declarações à imprensa, Armando Correia Dias disse que a Direcção da CCIAS está disposta a colaborar no apuramento das contas do referido fundo, para melhor esclarecimento de sua gestäo.

Segundo Correia Dias, o fundo em causa é gerido pelos Ministérios da Economia e Finanças e do Comércio e Artesanato, com o aval da Câmara de Comércio.

O Presidente da Assembleia-geral da CCIAS disse que em 2013, o governo de transição levou emprestado deste fundo mais de sete biliões de francos CFA para o pagamento de salário na Função Pública, e acrescentou que no inicio das suas funções, o actual executivo liderado por Domingos Simões Pereira teria contraído também uma divida no valor de mais de 4 biliões de francos CFA.

Instado a pronunciar sobre a realização da Assembleia-geral da CCIAS marcada para  04 de Abril do ano em curso, Armando Correia Dias exortou aos sócios no sentido de regularizarem as suas quotas com vista a legalizarem a participarem no evento.

Questionado sobre a não realização de nenhuma assembleia-geral pela direcção cessante, que segundo o estatuto devia reunir-se duas vezes por ano, o Presidente da Assembleia-geral da CCIAS respondeu que isto tem a ver com a inexistência de um motivo  que justifique a sua realização, assim como da falta de número suficiente de sócios que possam solicitar a convocação de uma assembleia-geral.      

“Os estatutos da CCIAS determinam que 51 sócios com quotas em dia podem solicitar a realização da assembleia-geral extraordinária para prestação de contas, mas isso poderá funcionar se estiver a maioria dos requerentes”, explicou.

Quanto à redução da quota solicitada por alguns sócios explicou que a quantia de 20,15 e 10 mil francos CFA foi fixada numa assembleia-geral em que o falecido Sané era vice-presidente da CCIAS, e que a sua diminuição é da exclusiva competência da assembleia-geral, não do seu presidente  nem tão pouco da direcção.

Armando Correia Dias disse que os problemas da CCIAS devem ser debatidos nos seus órgãos sociais, não na comunicação social como tem vindo a acontecer, e  numa altura em que foram reunidas todas as condições para a realização da assembleia-geral para prestação de contas.

O presidente da assembleia-geral desta organização informa que os sócios com quota em atraso podem ainda regularizar as suas situações até sexta-feira dia 3, para poderem participar na reunião magna da CCIAS, e levantarem todas as questões que acharem pertinente “em vez de estarem a falar nos órgãos da comunicação social”.

Em relação ao  pagamento da dívida interna criticada por alguns sócios , Armando Correia Dias disse  que a referida dívida foi pago na base de uma lista fornecida pelo Ministério das Finanças.

Quanto a alegada distribuição indevida de cartões de sócios, o Presidente rejeitou estas informações tal como da sua renovação.

Actualmente a CCIAS conta com cerca de 3 mil sócios mas apenas  500 dos quais reúnem condições ou seja têm as quotas em dia, para participar na assembleia-geral.

A CCIAS enfrenta actualmente um período de turbulência devido a aproximação de mais uma eleição de nova direcçäo.

Nos últimos dias  têm aparecido muitas criticas contra a actual direccäo chefiada por Braima Camará, que tenta o seu segundo mandato numa corrida contra pelo menos dois outros candidatos já declarados.

ANG/LPG/SG




     



     

quarta-feira, 1 de abril de 2015


Caju

Ministério do Comércio capacita fiscais para combater venda ilegal

 

Bissau,01 Abr 15(ANG) – O Inspector-geral do Comércio disse hoje em entrevista à ANG que os seus serviços estão empenhados na capacitação dos seus agentes para impedir  a fuga da castanha de caju via fronteiras terrestres.

Inspector Geral do Comercio
Carlos Manuel Biagué referia-se à formação no domínio de fiscalização em curso desde terça-feira, em Bissau, envolvendo 10 formadores.

Segundo Biagué apos o curso que termina hoje, os 10 formados vindos das diferentes regiões do pais darão formação à cerca de 150 fiscais que serão recrutados para assegurar a fiscalização durante a campanha de comercialização da castanha de caju do corrente ano.

A Inspecção Geral do Comércio visa com a medida combater a venda ilegal do caju aos países vizinhos à semelhança do ocorrido  em campanhas precedentes.

"Se dispormos de uma estrutura de fiscalização é garantia de que vamos diminuir drasticamente a fuga de castanha de caju. Um outro aspecto tem a ver com diligências junto do Governo para afectar aos fiscais  meios de transportes de forma a que possam cumprir as suas funções no terreno", disse.

Manuel Biagué quer bicicletas, motos e viaturas para equipar os fiscais da campanha.

“Em alguns pontos como São-Domingos, os agentes terão que ter viaturas.  O posto de São-Domingos é  muito estratégico para a fuga da castanha de caju para o Senegal, e para tal, os nossos fiscais devem ter uma viatura para cobrir aquela localidade", considerou.

Na campanha de comercialização de caju do ano passado, segundo Carlos Biagué foram exportadas 136 mil toneladas de castanha, tendo  20 mil toneladas sido  vendidas ilegalmente via terrestre .

“É preciso redobrar esforços e adoptar medidas para estancar essa prática para que se possa atingir o volume de exportação  de 200 mil toneladas de castanha no presente ano”, sublinhou.

ANG/AC/SG  

 

 

 

    

 

VIH-SIDA

Ateliê sub-regional recomenda reforço de parcerias
Bissau 01 Abr. 15 (ANG) – Os participantes no Atelier sub-regional sobre  “Melhoria dos Serviços de Atendimentos e Seguimento Clínico e dos Grupos Alvos”, que vinha decorrendo em Bissau, prometeram harmonizar as ferramentas de recolha de informações das Clínicas Móveis.
Aspecto da mesa que presidiu o Ateliê

Trata-se de uma das recomendações saídas do encontro organizado pela ONG Enda entre os dias 30 e 31 de Março.

 Os participantes deste encontro ainda recomendaram a instituição de  encontros anuais rotativos entre os países membros, a uniformização de bancos de dados respeitando a diferença transfronteiriça, e o reforço de parceria transfronteiriça entre os Ministérios de Saúde dos países para colmatar a rotura de stocks  de medicamentos.

Ao discursar na cerimónia de encerramento do referido ateliê, o Coordenador do Programa Nacional de Luta Contra Sida, do Ministério de Saúde, Agostinho Ndumba disse que, hoje em dia, ninguém deve morrer de SIDA porque já existem tecnologias modernas e medicamentos para a doença, tendo acrescentado que o essencial é seguir as orientações dos técnicos que estão a prestar assistência.
Aquele responsável de saúde encorajou a ONG ENDA  e pediu o alargamento da iniciativa à todo o país para poder diminuir a taxa de infecção do VIH/SIDA.

 Agostinho Ndumba acrescentou que o número de infecção da doença entre as mulheres grávidas que era 5,8% passou para 5% a nível nacional em 2010, salientando que apesar de tudo ainda há muito por fazer no que concerne a erradicação da enfermidade.
O Atelier organizado  no âmbito da implementação do projecto Fronteiras e Vulnerabilidades ao VIH/SIDA na África Ocidental (FEVE), visa  a melhoria dos serviços de atendimento e seguimento clínico aos grupos vulneráveis e partilha  de experiencias entre os respectivos países ou seja entre os responsáveis das clínicas móveis de Cabo Verde, Senegal, Guiné-Conacry e  Guiné-Bissau.

ANG /MSC/SG

      

 

 

 

Segurança



Registo de armas fora de aquartelamento prolongado para mais dois meses

Bissau, 01 Abr 15 (ANG) - O Governo da Guiné-Bissau prorrogou para mais dois meses, o registo de armas de guerra que, alegadamente, se encontram fora do controlo das autoridades da Defesa e Segurança.

Em declarações à RFI, o Chefe da Divisão de Armamento e Técnica, do Ministério da Defesa, Leonardo de Carvalho adverte que, até 31 de Maio, quem for encontrado na posse ilegal de armas, sem registar ou entregá-la, irá prestar as constas com a justiça criminal.

Carvalho acrescenta que, para o efeito, os Ministérios da Defesa e do Interior levarão a cabo uma rusga conjunta de identificação e apreensão de armamento que presumivelmente se encontra ilegalmente na posse das pessoas.

 Ouvido pela ANG, o antigo militar e jornalista guineense, Fulgêncio Borges, elogiou a medida do governo mas considera que o executivo “pecou por atacar o assunto tardiamente.

 “Logo depois da guerra civil de sete de Junho de 1998 no país, as autoridades competentes deviam recuperar todo o armamento, sobretudo nas mãos dos civis que aderiram ao conflito”, considerou.

Este ex-militar das forças especiais de intervenção rápida aconselha ao executivo a alargar a sua dimensão aos fardamentos dos militares e paramilitares, de forma a “dignificar” as forças da Defesa e Segurança da Guiné-Bissau.

A acção de controlo de material bélico, por parte do executivo, teve início no mês passado e se prevê a recolha de um número considerável de armas nas mãos das populações.

As autoridades judiciais e populações vítimas têm denunciado casos de roubos com fardamento e utilização de armamento militar em diferentes localidades do país.  

ANG/QC/SG

ANP




Mário Sami eleito Presidente da Rede Parlamentar do Ambiente e Desenvolvimento Durável

Bissau, 01 Abr 15 (ANG) - O Deputado da bancada do PAIGC, Mário Dias Sami foi eleito terça-feira presidente da Rede Parlamentar do Ambienta e Desenvolvimento Durável, com 54 votos contra os 35 do seu rival Daniel Suleimane Embalo, do PRS.

Segundo o Presidente da Comissão had-hoc para essa eleição, Domingos Alexandre de Almeida foram registados 91 votantes, um voto nulo e uma abstenção e o escrutínio sucedeu-se ao acto da apresentação da moção dos dois candidatos, num ambiente democrático e de civismo.

Após o anúncio do resultado, o candidato Daniel Suleimane Embalo da bancada do PRS reconheceu a vitória do seu rival, Mário Dias Sami, mas considerou que o jogo político entre as duas bancadas contribuiu para a sua derrota, uma vez que, segundo ele, a sua candidatura reuniu melhores requisitos para presidir a rede.

O candidato vencedor prometeu que vai fazer tudo para responder as expectativas dos deputados que votaram nele, em defesa do ambiente e desenvolvimento durável no país.

Em nome dos parceiros, o representante residente da UICN (União Internacional da Conservação da Natureza), Nelson Dias disse ser um acontecimento democrático e de tamanha importância para o ambiente guineense.

Nelson dias afirmou que a Guiné-Bissau ocupa os dois primeiros lugares no domínio do ambiente, na sub-região, na África central e ao nível mundial.

“Isso demonstra que o país tem potencialidades, pelo que a Biodiversidade deve merecer uma atenção especial”, disse.

Nelson Dias disse que uma boa gestão dos recursos do país pode contribuir para a redução da dependência externa relativamente a vários problemas, nomeadamente, a importação dos produtos alimentares e outros. 

ANG/AI /SG

Nigéria



General Buhari volta à presidência da república

Bissau, 01 Abr 15(ANG)- Os nigerianos festejam a vitória do candidato da oposição e ex-ditador Muhammadu Buhari à presidência da Nigéria. 

De acordo com resultados oficiais confirmados na manhã desta quarta-feira (1), Buhari, de 72 anos, elegeu-se com 53,9% dos votos, contra 45% do atual presidente, Goodluck Jonathan. 

Muçulmano, nascido no norte na Nigéria, o presidente eleito fez campanha defendendo a democracia e determinado a pôr um fim à corrupção e às atrocidades praticadas pelos extremistas do Boko Haram.

Muhammadu Buhari conquistou uma ampla vitória, com 2,5 milhões de votos a mais que o adversário. Em seu primeiro pronunciamento como presidente eleito, ele saudou as qualidades de "homem de Estado" de Goodluck Jonathan e o fato de o rival ter reconhecido a derrota.

 A Nigéria tem um histórico de distúrbios pós-eleitorais e, numa atitude sem precedente, Jonathan publicou um comunicado na noite de terça-feira (31) pedindo calma aos seus simpatizantes e que eles aceitassem a vitória de Buhari.

O presidente eleito concorreu pelo partido Congresso de Todos os Progressistas (APC). Buhari já dirigiu o país, mas como ditador, à frente de uma junta militar, entre 1983 e 1985. Buhari conta com a simpatia da imprensa e é visto como um homem com uma autoridade natural, capaz de combater as enormes desigualdades na primeira economia da África.

A eleição de Buhari representa uma grande esperança, principalmente no norte da Nigéria. Nos últimos anos, os habitantes da região se sentiram marginalizados durante o governo Jonathan, principalmente por causa da ação do Boko Haram. Eles esperam que com sua experiência como general, o presidente eleito vá acabar com as atrocidades cometidas há seis anos pelos extremistas islâmicos. A insurreição já deixou mais de 13 mil mortos no norte de Nigéria.

Os partidários de Buhari também têm grandes expectativas com a resolução da falta crônica de energia elétrica em várias áreas do país e com a construção de novas escolas e hospitais.

Muhammadu Buhari toma posse em Maio, marcando a primeira alternância democrática no país mais populoso da África e primeira economia do continente. Em seu primeiro discurso como presidente eleito, Buhari diz que a Nigéria entrou para o grupo de nações que realizou uma votação livre e honesta, um fato histórico, segundo ele.

A União Europeia “felicitou calorosamente” a vitória de Buhari. O presidente francês, François Hollande, “saudou a determinação do povo nigeriano” e o “sentimento de responsabilidade do atual presidente, que reconheceu sua derrota”.

ANG/RFI