quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Crise migratória



Itália quer acordos com Níger, Tunísia e Líbia para repatriação de migrantes 

Bissau, 04 Jan 17 (ANG) - O ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália anunciou hoje estar a trabalhar em acordos com o Níger, a Tunísia e a Líbia para acelerar as repatriações de migrantes indocumentados que chegam à costa italiana.

"Temos salvado muitas vidas, mas não podemos aceitar de ninguém violações das regras. Por isso devemos acelerar as expulsões e repatriações: estamos a trabalhar para concluir acordos que diminuam as entradas impedindo as saídas", afirmou Alfano, numa entrevista publicada hoje pelo diário italiano "La Stampa".

O ministro explicou que o país está a trabalhar com o Níger, país com o qual "se está perto de chegar a acordo", e também com a Tunísia e a Líbia.

Para Alfano, a crise migratória é um dos desafios mais importantes que a Europa enfrenta há meses.
"Que ninguém pense que a questão migratória se resolveu com o acordo assinado com a Turquia", disse.

O ministro manifestou solidariedade com a Turquia, após o recente atentado em Istambul, que causou 39 mortos, e defendeu a necessidade de uma maior troca de informação entre a "polícia e os serviços de informação" dos países europeus que permita "garantir a segurança" e prevenir ataques.
"Devemos relançar a ideia de um sistema de defesa comum", disse Alfano.

A União Europeia, acrescentou, deve criar medidas que aumentem a segurança no continente face a possíveis ameaças terroristas e também acordar uma estratégia comum na questão da gestão do drama dos refugiados.

"Devemos enfrentar o problema dos grandes fluxos migratórios desde a raiz: são os conflitos em países como a Síria ou o Iraque as causas dos fluxos de milhões de refugiados", concluiu.  
 ANG/Lusa/Inforpress

Finanças Pública

       Governo e parceiros económicos debatem sobre reformas no sector

Bissau 04 Jan 16 (ANG) – O ministro da Economia e Finanças convidou hoje os parceiros económicos e financeiros do governo nomeadamente a Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços, Associação Nacional dos Agricultores da Guiné-Bissau, Bancos Comerciais, Despachantes e o Comando da Guarda Nacional para um encontro de troca de impressões sobre as reformas a adotar no sector.
 
Em declarações à imprensa, João Aladje Mamadú Fadia disse que estão em concertação com os diferentes intervenientes no sector, para lhes informar de algumas medidas imediatas que pretende implementar para dinamizar e garantir, no mínimo, o funcionamento da economia nacional.

O governante destacou que as referidas instituições são as bases fundamentais de contribuição, quer para as receitas de Estado, como para  reservas cambias do país, economia familiar guineense e a comercialização da castanha de caju.

“Vamos em conjunto detectar com as referidas organizações as formas de  garantir uma boa campanha de comercialização de caju. Estamos a fazer tudo isso porque estamos numa fase em que a economia do país está a enfrentar momentos boas e menos boas “ disse.

O ministro da Economia e Finanças afirmou que a situação do país, em termos de balança de pagamento, é boa, porque as reservas cambiais permitem garantir mais de 12 à 14 meses de importação, acrescentando que a parte da gestão da moeda encontra-se igualmente de boa saúde e a inflação do ano passado está dentro dos parâmetros ou seja abaixo dos 3 por centos da meta fixada pela UEMOA.

No que toca as finanças públicas, o governante disse que a situação é muito preocupante e deve constituir motivo de preocupação para todos os guineenses, indicando, a título de exemplo, as greves nos sectores da educação, saúde, e as condições de funcionamento dos hospitais, do abastecimento da eletricidade e água e as condições péssimas das infraestruturas.

“Por isso é que estamos a fazer esta concertação porque precisamos de mobilizar as receitas a nível interno e não podemos estar a espera que os outros países venham dar-nos de comer, e assegurar-nos a assistência sanitária e educacional”, disse, frisando que, se houver uma boa utilização das receitas cobradas podemos fazer o mínimo ou o essencial.

Mamadu Fadia informou que em 2014 o Governo tinha de divida perante o Banco central dos Estados da África Ocidental apenas 10 mil milhões de francos cfa, mas que agora o estado deve a esse banco cerca de 50 mil milhões de francos cfa.

Fadia questiona o paradeiro do acréscimo de 40 mil milhões de francos cfa.
ANG/MSC/ÃC/SG

Política


   Lançado Movimento para Instauração da Disciplina e Ordem no PAIGC  

Bissau, 04 Jan 17 (ANG) - O Movimento para Instauração da Disciplina e Ordem no PAIGC qualificou esta terça-feira de “obscuras e duvidosas” as acções do actual Primeiro-ministro da Guiné-Bissau.
 
Em conferência de imprensa na qual o grupo anunciou  a criação do movimento, Pedro de Carvalho, criticou que, actualmente no país, as funções de Primeiro-ministro são comercializadas, o que coloca em perigo a democracia guineense.

Acusou o Presidente   José Mário Vaz de ser o promotor da crise política na Guiné-Bissau, por criar e apadrinhar o grupo dos 15 para se aliar com o Partido da Renovação Social(PRS).

Por sua vez, o Presidente do Movimento, Serifo Sane defendeu que a Ordem e a disciplina partidária são instrumentos que guiam os ideais do PAIGC.

Referiu que o Presidente da República demitiu o Governo de Simões Pereira  com alegações de ter governantes indiciados na justiça, mas que deu posse ao governo liderado por Umaro Sissoco Embalo que integra dirigentes com os mesmos problemas.

“A nossa organização não irá compactuar com a tirania.Assim sendo, a nossa tolerância é  zero aos que remam de má-fé contra a vontade popular”, afirmou Sané. 
 ANG/AALS/SG

CAN2017


Djurtus despedem-se dos guineenses amanhã num jogo-treino com a seleção local

Bissau, 04 Jan 17 (ANG) – A Seleção Nacional de Futebol (Djurtus) despede-se quinta-feira dos guineenses, num jogo treino a ser realizado no Estádio Nacional “24 de Setembro” frente a Selecão Local.
 
Segundo informações avançadas à ANG por um dos membros do Comité Executivo da Federação Nacional de Futebol, a deslocação da equipa nacional para Gabão pode acontecer dentro de dias.

Aquele responsável federativo informou que o governo ainda não disponibilizou as verbas orçadas para a participação no Campeonato Africano das Nações.

Acrescentou  que todos os jogadores convocados pelo técnico nacional Baciro Candé, já se encontram no país, a fim de partirem juntos com a comitiva para o Campeonato Africano das Nações (CAN) a realizar-se em Gabão.

Entretanto, os Djurtus estão  a preparar o jogo de amanhã contra a Selecão Local, no Estádio Nacional 24 de Setembro. 
ANG/LLA/SG

Justiça


    Procuradoria Geral da República convoca líder da APU-PDGB para audição

Bissau, 04 Jan 17(ANG) - A Procuradoria-Geral da República convocou o líder do partido Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) para uma audição na quinta-feira, no âmbito de uma denúncia que este fez recentemente.
Nuno Gomes Nabiam

Segundo a agência Lusa que cita uma fonte deste partido,, Nuno Gomes Nabiam deverá comparecer no Ministério Público a partir das 10h00 desse dia.

Nabian será ouvido no âmbito de um processo de inquérito aberto pela Procuradoria para que esclareça as denúncias que fez segundo as quais estaria em marcha um alegado plano para prender e destituir de funções o líder do Parlamento guineense, Cipriano Cassamá.

Numa reunião do seu partido, Nuno Nabian afirmou estar na posse de informações que apontavam pela iminência da execução do alegado plano que segundo disse teria como objetivo levar o Parlamento - sem Cipriano Cassamá- a aprovar o programa do Governo de Umaro Sissoco Embaló.

Em reação à denúncia do líder da APU-PDGB, o Parlamento responsabilizou o Presidente guineense, José Mário Vaz, pelo alegado plano e disse estar na posse de "sinais evidentes" que apontam para a execução da iniciativa.

O Parlamento da Guiné-Bissau tem estado bloqueado através de votos maioritários de elementos do PAIGC, partido vencedor das últimas eleições legislativas mas arredado de governação, em sinal de protesto daquela formação política em relação às decisões do chefe do Estado.

O facto tem impedido a que programas de três governos e propostas de Orçamento Geral do Estado não sejam aprovados desde 2015.

O PAIGC já anunciou a sua intenção de voltar a impedir o funcionamento do Parlamento para que o programa do Governo do primeiro-ministro Umaro Sissoco Embaló não seja aprovado.
ANG/Lusa

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

CAN2017



Prazo de entrega das listas definitivas dos jogadores termina quarta-feira

Bissau, 03 Jan 17 (ANG) - A entrega das listas definitivas dos atletas das selecções qualificadas para a 31.ª edição da Taça de África das Nações (CAN), a ter lugar de 14 deste mês a 5 de Fevereiro no Gabão, termina amanhã, quarta-feira na sede da Confederação Africana de Futebol (CAF).

Segundo O Jornal de Angola que cita o sítio electrónico da CAF, em caso de  incumprimento do prazo as seleções vão pagar uma multa no valor de 19 mil dólares e a redução de 23 para 21 jogadores. 

Com esta medida, a CAF coloca uma certa pressão para as equipas que marcaram alguns jogos amistosos para depois de amanhã. 

De acordo com o sítio electrónico da FAF, o campeão do CAN no Gabão vai receber quatro milhões de dólares.

As seleções apuradas para os quartas-de-final vão receber cada uma 800 mil dólares, ao contrário dos 600 mil anteriores. 

As equipa nacionais qualificadas nas meias-finais vão ter direito a um milhão e 500 mil dólares cada uma, enquanto a finalista derrotada recebe dois milhões de dólares.

Na ronda de abertura da fase final do CAN, mas para o Grupo A, as Panteras do Gabão medem forças diante dos 3*Djurtus* da Guiné-Bissau no dia 14 deste mês, às 17h00, no estádio de Libreville.

Para a conclusão da primeira jornada do grupo, os Cavalos do Burkina Faso defrontam os Leões indomáveis dos Camarões, às 20h00, também na mesma data e estádio de Libreville.

Na fase final do CAN'2017 estão apuradas as Raposas do Deserto da Argélia, os Guerreiros do Zimbabwe, as Águias do Cartago da Tunísia e os Leões da Teranga do Senegal no Grupo B. 

Os Elefantes da Costa do Marfim estão no Grupo B, ao lado os Gaviões do Togo, os Simbas da República Democrática do Congo (RDC) e os Leões do Atlas, enquanto no D integram as Estrelas Pretas do Ghana, os Esquilos do Uganda, as Águias do Mali e os Faraós do Egipto.  

ANG/JA  


Natal e Ano novo


Polícia da Ordem Pública regista oito mortos em 11 acidentes de viação  

Bissau 03 Jan. 16 (ANG) – A Policia de Ordem Publica registou oito mortes em 11 acidentes de viação ocorridos durante a quadra festiva de Natal e Ano Novo, revelou hoje em conferência de imprensa, o Comissário Nacional Adjunto da POP.

Celso e Carvalho acrescentou ter sido registado nesse periodo 5 assaltos a mão armada, 14 furtos, 5 roubos e 60 casos de agressão física.

Carvalho que procedia ao balanço da campanha lançada por esa ocasião com o objetivo de garantir maior segurança aos cidadãos disse que a POP cumpriu na íntegra as directivas tracadas para assegurar que a população passe as festas em tranquilidade.

O responsável precisou que  seis óbitos foram causados por acidentes de viação, e que dois ocorreram numa das discotecas da capital e num dos bairros de Bissau.

“A passagem do ano decorreu num clima de total tranquilidade", disse tendo no entanto manifestado a sua preocupação em relação ao aumento "anormal" de assaltos à mão armada que ocorreram nesta quadra, comparativamente ao ano transato. 

ANG/MSC/SG


Função Pública


DG da Reforma se congratula com apelo do Chefe de Estado 

Bissau,03 Jan 17 (ANG) – O Director-geral da Reforma na Função Pública congratulou-se com o apelo do Chefe de Estado da Guiné-Bissau, para  que 2017 seja  o ano de implementação de  reformas na administração pública, para torná-la mais eficiente e eficaz em termos de atendimento aos cidadãos. 

Em declarações  à Agência de Notícias da Guiné (ANG), Augusto Alberto considerou que é uma mensagem de apoio político para o processo que ao longo dos anos tem vindo a ser obstaculizado pelos guineenses e sobretudo pelos políticos, e que o presidente se tornou no primeiro dirigente a falar da reforma de uma forma séria, sem menosprezar outros.  

Disse acreditar que o Presidente da República vai exercer a sua influência para que o processo possa ser financiado, porque normalmente a reforma é suportada pelos parceiros internacionais e que nenhum Governo da Guiné-Bissau chegou de assumi-la ou seja nunca a custeou.

Augusto  disse estar não só satisfeito com a declaração do Presidente da República mas também espera que Orçamento Geral de Estado deste ano reflita essa preocupação.

Preferiu não revelar os custos das referidas reformas dizendo que depende da percentagem que o executivo vai disponibilizar para o efeito,

“Um processo de reformas sem apoio político não tem pernas para avançar. Já fizeram muita coisa há mais de cinco anos, com o recenseamento biométrico entre outros, mas o processo  ficou parado devido à situações de instabilidade que o país enfrenta desde 2012”, referiu.

Aquele responsável sustentou que a reforma não foi concretizada devido a inexistência de uma posição dos políticos que poderia permitir a conclusão do processo, mas que desta vez o Presidente da República decidiu e espera-se que o seu posicionamento seja  respeitado por todos. 

Informou que está-se na fase de conclusão de um documento que define a qualidade e quantidade do pessoal necessário para a Administração pública, mas que também reflecte preocupações sobre a  formação e capacitação dos servidores públicos para garantir um serviço de qualidade, aspecto que considera de fundamental para o processo.

 Augusto Alberto afirmou que a implementação da reforma na administração pública é importante, porque ela não presta serviço de qualidade ao público, exemplificou com atendimento no próprio Ministério da Função, no Hospital Nacional Simão Mendes e no Ministério da Educação, pelo que é  preciso ter  coragem para levar avante o processo de que tanto se falou.

Em termos de actividades realizadas, o Director-geral da Reforma Administrativa indicou, entre outros, o recenseamento dos militares e da polícia que ainda está a decorrer e que as dificuldades agora é na Assembleia Nacional Popular porque estão a trabalhar para recuperação de base de dados dos funcionários do hemiciclo e de seguida reunir todos os dados.

Augusto Alberto apontou a informatização dos serviços do Estado, como o maior desafio do processo, principalmente no que se refere a Identificação Civíl.

O desejo é facilitar a  cidadãos que vivem por exemplo em Bolama ou  em qualquer outra  regiao longínqua o acesso ao documento de que precisa sem se deslocar para Bissau, o que   normalmente aumenta os custos. 

ANG/LPG/ÂC




EUA


Diplomatas russos expulsos já em Moscovo

Bissau, 03 Jan 17(ANG) - Os 35 diplomatas russos expulsos dos Estados Unidos devido à alegada interferência da Rússia na eleição presidencial norte-americana chegaram domingo a Moscovo num voo que deixou Washington no mesmo dia, informaram as agências de notícias russas.

“O avião descolou, todos estavam a bordo”, disse a Embaixada da Rússia em Washington, citada pela agência estatal RIA Novosti. Os familiares dos diplomatas també
m embarcaram no avião, que saiu de Washington com 96 passageiros a bordo.

Os diplomatas russos foram acusados na quinta-feira pelo Presidente cessante dos Estados Unidos, Barack Obama, de terem participado numa alegada campanha de ataques informáticos orquestradas pelo Kremlin para influenciar a eleição presidencial dos Estados Unidos com o objectivo de favorecer o candidato republicano, Donald Trump, que venceu as eleições de 8 de Novembro de 2016. 

Obama argumentou que os diplomatas eram na verdade agentes dos serviços secretos. Os Estados Unidos têm acusado o Governo russo de estar por trás de ataques informáticos ao Partido Democrata durante a campanha para as presidenciais norte-americanas de Novembro. 

O Presidente norte-americano, que será no dia 20 substituído por Donald Trump, tinha dado 72 horas aos diplomatas russos para abandonarem os Estados Unidos e também decretou o encerramento de duas instalações russas em Maryland e em Nova Iorque. Obama anunciou ainda, na quinta-feira da semana passada, sanções económicas à Rússia por causa da alegada tentativa de ingerência nas eleições de Novembro.

Na sexta-feira, contrariando a expectativa de muitos, o Presidente russo, Vladimir Putin, informou que não adoptaria a mesma postura, de expulsar diplomatas americanos da Rússia, uma vez que as medidas do governo Obama seriam apenas uma provocação com o objectivo de minar as relações entre Washington e Moscovo. 

Donald Trump, que no dia 20 deste mês é empossado como Presidente dos Estados Unidos, também reagiu às sanções contra a Rússia anunciadas pelo ainda Presidente Barack Obama.

O próximo residente da Casa Branca comunicou que vai reunir-se esta semana com responsáveis dos serviços de inteligência norte-americanos para com eles debater a conclusão a que chegaram: a de que a Rússia pirateou os emails do Partido Democrata para “provocar ruído” nas eleições presidenciais de 8 de Novembro.

No seu comunicado, Trump disse que está na altura de cuidarmos das nossas vidas e de centrar as atenções em coisas maiores e melhores. 

“No entanto”, prosseguiu, “no interesse do nosso país e do seu grande povo, reunir-me-ei com os líderes da comunidade dos serviços de inteligência, na próxima semana, para ser actualizado sobre os factos em torno desta situação”. 

ANG/JA


Ano Novo


Guineenses aspiram entendimento entre  políticos 

Bissau, 03 Jan 17 (ANG) – Alguns citadinos guineenses manifestaram hoje o desejo de  2017 ser portador de novas ideias e visão, e para que, finalmente, a classe politica do pais se entenda.

Em declaracões a Agência de Notícias da Guiné (ANG), o funcionário público João Carlos Tavares, disse que  2016 deixou uma desordem e  falta de compreensão na classe política guineense.

Disse esperar que 2017 seja um ano de total mudança de mentalidade na classe s política, a fim de poder corresponder com as espectativas do povo.

“O nosso país é bastante pequeno em termos de superfície com uma população humilde e muito compreensivo. por isso, não custa nada as pessoas se sentarem a mesma mesa e procurarem se entender para que juntos possamos empurrar o pais para um rumo certo”, condierou Tavares.

Para a estudante universitária Marisa Pereira,  2017 será o ano de arranque em todos os sectores da vida nacional.

“Brevemente vamos deixar de pensar somente na política, porque vamos poder acompanhar a nossa Seleção Nacional de Futebol no Campeonato Africano das Nações (CAN), e isso já é um bom começo do ano ”, disse Marisa Pereira.

A estudante universitária apela ao Presidente da República, José Mário Vaz como sendo o primeiro magistrado da Nação, a usar toda a sua influência assim como poder de negociar com o PAIGC e grupo dos “Quinze” e todas as partes envolvidos na crise, a fim de encontrarem uma saída para o bem do povo guineense.

Por seu turno, a comerciante Rozita Pinto
Indequi realçou que os guineenses vão poder aprender e corrigir os erros comeido no ano transato.

Disse acreditar que 2017 será o ano de muito suor, trabalho, empenho, entendimento e união de ideias para, juntos os guineenses construírem um futuro próspero.

Entretanto o veterano motorista Armando Camara, disse que esperar que Deus abençoe a Guiné-Bissau neste recente ano, para que os homens saibam cultivar o clima da paz dentro do território guineense porque acredita que são mesmo capazes de fazer isso.

ANG/LLA-sg 

Mensagem de ano novo


“Façamos de 2017 o ano da Reforma na Administração Pública e Trabalho”, diz Presidente da República

Bissau,03 Jan. 17(ANG) – O Presidente da República afirmou que as prioridades do novo Governo em 2017 devem centrar-se nas reformas sobretudo na administração pública.

José Mário Vaz, na tradicional mensagem à nação por ocasião da passagem do ano, disse que o actual executivo deve dar respostas concretas aos problemas que afectam aos guineenses.

“A reforma na administração pública nunca foi fácil. Muitas vezes focamo-nos demasiadamente em questões muito teóricas com o risco de ficarmos presos em grandes conceitos. Tudo isso, o cidadão comum não encontra utilidade e não sente qualquer benefício no seu dia-a-dia”, sublinhou o chefe de Estado.

José Mário Vaz referiu que em 2008, no quadro do Programa de Apoio à Reforma da Administração Pública, foi feito um diagnóstico em que se concluiu haver  cerca de 12 mil efetivos na  administração pública  e um grande desfasamento face as receitas previstas no Orçamento Geral de Estado.

Declarou que a despesa pública cresce a um ritmo assustador essencialmente devido ao peso da massa salarial que ultrapassa as receitas fiscais, situação que considera de insustentável.

“Uma administração pública opaca, de difícil acesso, distante, centralizada desestruturada, não qualificada, não credível, ineficaz, não responsável e nem presta contas”, criticou o chefe de Estado.

José Mário Vaz sublinhou que o próprio Estado também não cumpria com as suas obrigações, o que permitia aos funcionários públicos invocassem esse incumprimento para justificarem a sua inércia.

“Em 2011, o então ministro da Função Pública, Trabalho e Modernização do Estado também dizia que o maior handicap da nossa administração pública é que não se apura responsabilidades, não se faz avaliação para saber quem trabalha e quem não trabalha, as promoções são feitas de forma discriminatória ao prazer das amizades, do clientelismo, de favores políticos entre outros”, destacou.

O Presidente da República disse que isso tem de acabar na nossa administração pública, acrescentando que deve-se  abrir espaço só para os mais competentes, mais capazes para darem a sua contribuição nesta fase de  desenvolvimento do pais.

Salientou que o país não pode continuar a desaproveitar os seus quadros jovens que todos os anos são diplomados, formados em escolas e faculdades guineenses e no estrangeiro devido ao facto da reforma na função pública ainda não ter avançado.

“No futuro, a nossa administração pública tem que se regenerar. Isso passa necessariamente pela absorção dos nossos quadros, porque são jovens com competências e valências que o mundo globalizado hoje demanda”, sublinhou.

José Mário Vaz frisou que reconhece que em 2016, consegui-se  obter pequenos sinais de mudanças, mas o facto de dois governos sucessivos não terem conseguido aprovação do programa  e consequente o Orçamento Geral de Estado não permitiu alcançar os objectivos inicilamente traçados.

“Devemos fazer um balanço da actual situação política e responsabilizar os actores políticos por essa crise que têm feito o país refém. Onde não se aprovaram os programas do governo que é o instrumento fundamental da governação”, disse.

O chefe de Estado sublinhou que o novo governo é a derradeira esperança para resgatarmos a confiança do cidadão guineense no homem político responsável pela coisa pública. Adiantou que muitas soluções de governo foram já ensaiadas, quase todas não deram os resultados almejados por todos.

“Não podemos perder  a esperança nos nossos políticos, mas também não podemos continuar a dar cheque em branco aos nossos governantes sem que se dignem resolver os nossos problemas mais prementes. É chegada a hora de os políticos atenderem as demandas da população”, exortou, salientando que sabe que a vida dos guineenses não está fácil nos dias de hoje.

“Um Estado com dificuldades como  o nosso, não pode persistir no erro crasso de continuar a gastar sempre e de forma abusiva e a viver sempre acima das suas possibilidades”, avisou.

Disse  que o combate à corrupção é um trabalho de todos os cidadãos, em particular das forças de segurança nacional. 

“A máquina de combate a corrupção desta vez está montada e quem arriscar sofrerá consequências”, advertiu.

José Mário Vaz reafirmou o seu apoio incondicional à Selecção Nacional de futebol, prometendo fazer tudo para estar presente no Gabão no jogo da abertura do CAN-2017.

ANG/ÂC/SG