Bissau 04 Jan 16
(ANG) – O ministro da Economia e Finanças convidou hoje os parceiros económicos
e financeiros do governo nomeadamente a Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura
e Serviços, Associação Nacional dos Agricultores da Guiné-Bissau, Bancos
Comerciais, Despachantes e o Comando da Guarda Nacional para um encontro de
troca de impressões sobre as reformas a adotar no sector.
Em declarações à
imprensa, João Aladje Mamadú Fadia disse que estão em concertação com os diferentes
intervenientes no sector, para lhes informar de algumas medidas imediatas que
pretende implementar para dinamizar e garantir, no mínimo, o funcionamento da
economia nacional.
O governante destacou
que as referidas instituições são as bases fundamentais de contribuição, quer
para as receitas de Estado, como para reservas cambias do país, economia familiar
guineense e a comercialização da castanha de caju.
“Vamos em conjunto
detectar com as referidas organizações as formas de garantir uma boa campanha de comercialização
de caju. Estamos a fazer tudo isso porque estamos numa fase em que a economia
do país está a enfrentar momentos boas e menos boas “ disse.
O ministro da
Economia e Finanças afirmou que a situação do país, em termos de balança de
pagamento, é boa, porque as reservas cambiais permitem garantir mais de 12 à 14
meses de importação, acrescentando que a parte da gestão da moeda encontra-se
igualmente de boa saúde e a inflação do ano passado está dentro dos parâmetros
ou seja abaixo dos 3 por centos da meta fixada pela UEMOA.
No que toca as
finanças públicas, o governante disse que a situação é muito preocupante e deve
constituir motivo de preocupação para todos os guineenses, indicando, a título
de exemplo, as greves nos sectores da educação, saúde, e as condições de
funcionamento dos hospitais, do abastecimento da eletricidade e água e as
condições péssimas das infraestruturas.
“Por isso é que
estamos a fazer esta concertação porque precisamos de mobilizar as receitas a
nível interno e não podemos estar a espera que os outros países venham dar-nos
de comer, e assegurar-nos a assistência sanitária e educacional”, disse,
frisando que, se houver uma boa utilização das receitas cobradas podemos fazer
o mínimo ou o essencial.
Mamadu Fadia informou
que em 2014 o Governo tinha de divida perante o Banco central dos Estados da África
Ocidental apenas 10 mil milhões de francos cfa, mas que agora o estado deve a esse
banco cerca de 50 mil milhões de francos cfa.
Fadia questiona o
paradeiro do acréscimo de 40 mil milhões de francos cfa.
ANG/MSC/ÃC/SG
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